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Histórias Contadas do Livro My Friends Michael (Partes 16, 17, 18)

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joanajackson

joanajackson
Moderador

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MensagemAssunto: Histórias Contadas do Livro My Friends Michael (Partes 16, 17, 18) Histórias Contadas do Livro My Friends Michael (Partes 16, 17, 18)   Icon_minitimeQua Jun 27, 2012 8:29 pm


Parte 16

Histórias Contadas do Livro My Friends Michael (Partes 16, 17, 18)   Supersmilechildmjjart


'Michael tentou o seu melhor para não colocar o peso de seus problemas
em nós. Houve momentos em que eu poderia dizer que sua mente estava em
outro lugar, e ele se escusava de fazer um telefonema. Mas ele não
queria a mim e a Eddie lidando com assuntos de adultos, e nós
permanecemos, na maior parte, alegremente ignorantes, dando ênfase no
'alegremente'.


Enquanto Eddie e eu estávamos em turnê com Michael, tínhamos desenhado o projeto para os carrinhos de golfe, para usar em Neverland. Michael tinha ordenado a realização (do projeto) e eles estavam esperando por nós. Meu próprio carro de golfe!

Era praticamente tão grande negócio como conseguir meu primeiro carro, e era um sinal de que eu tinha um convite aberto para Neverland.
Macaulay Culkin, a quem eu tinha encontrado um par de vezes em Nova
York, por causa de Michael, era, juntamente com seus irmãos, um
convidado freqüente em Neverland. Ele e Michael eram amigos desde que Mac atuou em Home Alone (nota do blog: 'Esqueceram de Mim' na versão brasileira).

Mac já tinha o seu próprio carrinho de golfe, o seu era roxo e preto. O
meu era verde claro e preto. O de Eddie era preto com uma imagem de Peter Pan na
frente. Os carros eram equipados com leitores de CD com um sistema de
som soberbo. Nós pulávamos naqueles carrinhos e dirigíamos por toda
parte, em grande velocidade.

Eu era mais aventureiro do que sou agora, e eu ia tão rápido quanto eu
podia pelas íngremes estradas estreitas de terra, que se estendiam a
partir do rancho para as montanhas, com quedas abruptas de ambos os
lados.

À noite, como de costume, Michael, Eddie e eu fazíamos as camas,
levávamos os cobertores e travesseiros para o chão do quarto de Michael.
Como resultado das denúncias e da ação da Justiça, as inocentes
qualidades infantis de Michael foram deturpadas como algo patológico e
assustador, na percepção do público, mas nenhuma destas conversas tinha
influenciado os nossos acordos de dormir, e nenhum de nós interrompeu
este costume.

Todo mundo sabia que não deveria pensar em tomar o espaço ao lado da
lareira. Esse era meu. Chamávamos essas camas improvisadas de 'gaiolas',
e se alguém chegasse perto da minha, eu diria: 'Ei. Essa é a minha
gaiola. Não pense em roubar minha gaiola!!' Eu colocava música clássica e
adormecia ouvindo belas melodias junto ao calor acolhedor do fogo.

No entanto, porque eu, muitas vezes, tinha problemas para dormir, quando
a casa estava escura e silenciosa, muitas vezes eu ia ao banheiro de
Michael para ouvir música. Isso pode soar estranho, mas o banheiro tinha
um incrível sistema de som com qualidade de estúdio, com alto-falantes Tannoy e tudo mais.

Michael tinha os alto-falantes instalados porque ele gostava de ouvir
música enquanto ele se vestia e se preparava para o dia, e ele fazia
bastante deles: Michael levava um longo, longo tempo para ficar pronto.
Michael achava divertido que eu raramente dormia. Ele gostava de sugerir
que eu mudasse a minha cama direto para o banheiro. Mas, às vezes, no
meio da noite, ele perdia o sono e vinha ouvir (música) comigo.

Naquele banheiro, Michael mantinha uma porção de sua própria música:
demos de coisas que ele queria gravar ou músicas nas quais ele estava
trabalhando,ainda inacabadas. Então, era à noite, sozinho, que é
principalmente quando eu mais as tocava, músicas que Michael nunca tinha
liberado ou ainda em desenvolvimento. Às vezes, eu me sentava naquele
quarto durante horas, ouvindo algumas músicas repetidas vezes. Era como
se fosse meu próprio concerto particular.

Uma das músicas inéditas que eu mais amava era Saturday Woman,
sobre uma garota que quer atenção e vai para festas em vez de utilizar o
seu tempo em seu relacionamento. O primeiro verso era: 'Eu não quero
dizer que eu não te amo. Eu não quero dizer que eu discordo ... ', então
Michael murmurava o resto das linhas, porque ele não tinha certeza
ainda.

O coro era: Ela é uma mulher de sábado. Eu não quero viver minha vida
sozinho. Ela é uma mulher de Sábado.. eu não quero viver a minha vida
toda sozinho. Ela é uma mulher de Sábado. Eu gostava de Turning Me Off', uma canção up-time que não tinha feito para o álbum Dangerous.

Uma canção chamada Chicago 1945, sobre uma menina que estava desaparecida; uma bonita canção chamada Michael McKellar, e uma canção que, eventualmente, saiu em Blood on the Dance Floor chamada Superfly Sister. Eu escutei essa música repetidamente por anos, antes de ser lançada.

Durante a gravação de uma canção chamada Monkey Business, Michael tinha esguichado seu chimpanzé Bubbles com
água e gravou ele gritando em resposta, você ouve isso no início da
canção. Essa música só estava disponível em uma edição especial do álbum Dangerous. Outra canção que eu amei foi chamada de Scared of the Moon, que sairia em Michael Jackson: The Ultimate Collection.

Michael me disse que escreveu essa faixa depois de ter um jantar com
Brooke Shields, durante o qual ela lhe disse que uma de suas meia-irmãs
tinha medo da lua. Ele disse: 'Você pode imaginar? Estar com medo da
lua?'

Algumas das músicas que eu ouvia eram tão ásperas que elas eram apenas
acordes com notas de melodias, mas eu penso comigo mesmo que ásperas e
sem forma como elas eram, provavelmente poderiam ser hits. Eu
conhecia aquelas canções inéditas tão bem que eu comecei a tocá-las no
piano. Michael brincava: 'Veja, agora você está roubando minhas músicas.
Você não tem mais permissão para ouvi-las!'

Ele dizia isso brincando e realmente meu jeito de tocar piano era ruim o
suficiente que só ele era capaz de obscurecer o valor das canções, mas
ele deixou claro que ele não queria me ver tocando sua música para
qualquer um fora de nossa família.

Ele tinha a desconfiança que alguém pudesse roubar suas ideias, uma
desconfiança que parecia inofensiva, no momento, era acerca da posse de
um artista sobre a sua visão. Eventualmente, porém, diante dos nossos
olhos, veríamos essa desconfiança se expandir muito além de sua música
para se tornar uma parte dominante de sua personalidade.

Uma vez, no Beverly Hilton na Universal Studios, eu estava
fazendo tudo o que foi que eu fazia no piano, e eu vim com alguns
acordes. Toquei-os por um tempo, e antes que eu percebesse, eu juro que
Michael estava tocando os mesmos acordes da canção em The Way You Love Me.

Eu lhe disse: 'Onde está a minha parte (nos direitos) da
publicação?' Brincando, é claro, mas ele me levou a sério e insistiu
que os acordes que ele estava usando eram diferentes. Michael e eu
lutamos o tempo todo sobre quem estava pegando de quem.

Estar naquele banheiro era uma das minhas coisas favoritas sobre Neverland.
Eu estava lá quase todas as noites. Tocava principalmente música suave:
mesmo a música que ouço hoje tende para tristes e deprimentes. Mas,
sentado ali, sozinho com os incríveis Tannoy e as inéditas canções de Michael Jackson, eu estava feliz.

Novamente, eu gosto de pensar que essa descontração jovial que Eddie e
eu oferecemos a Michael o ajudou a suportar as tensões de sua vida. Eu
permanecia em sua companhia, e eu o mantinha positivo. No entanto, havia
rachaduras na fachada, momentos em que os olhos, de repente, escureciam
e ele parecia flutuar para muito longe.

Eu sei que o argumento para a resolução por fora do tribunal com a
família Chandler fazia um certo sentido, mas eu tenho que dizer que por
mais incrível que o advogado Johnnie Cochran fosse, eu não acho que ele
deveria ter assumido esse caso. Michael nunca mais foi o mesmo depois
disso. Não lutar pela verdade custou um alto preço para ele. Ele foi o
maior astro do mundo inteiro. As acusações não resolvidas lançaram uma
sombra sobre seu caráter.

Elas danificaram sua reputação. Elas ameaçaram o seu Legado. E elas
feriram a sua alma. A partir de então, as pessoas não souberam no que
acreditar sobre Michael Jackson. Acima de tudo, eles desconfiaram sobre o
seu Amor pelas crianças, algo que foi fundamental para o seu ser e que
feriu muito mais do que o circo que a mídia havia armado sobre as
acusações.

Durante a turnê Dangerous, Michael visitava orfanatos e
hospitais. Em cada cidade que visitávamos, nós levávamos brinquedos para
essas crianças, e ficou claro que Michael desejava poder adotar todos
eles. Ele não podia ver uma criança sofrendo.

Houve momentos, durante as visitas, em que Michael desandava a chorar
porque ele não aguentava ver uma criança com dor. Ele era movido e
inspirado pela inocência e a pureza da juventude, e sempre dizia que, de
todas as criaturas do mundo, as crianças eram as mais próximas de Deus.

Depois que a pureza e a genuinidade do amor de Michael pelas crianças
foi posta em questão, ele se tornou um homem diferente. Inevitavelmente,
suas relações com as crianças mudaram para sempre. Os dias da liberdade
inocente com a qual ele brincava com as crianças estavam perdidos para
sempre.
Além
disso, agora ele podia ver o alvo que ele havia se tornado para as
pessoas que estavam à procura de explorar suas excentricidades, para
fins cruéis e egoístas.'


Parte 17

Histórias Contadas do Livro My Friends Michael (Partes 16, 17, 18)   Triump18

'Excluindo a família, Michael parou de sair com garotos da mesma forma
como havia feito antes. Não valia a pena o risco. Além disso, se eu
tivesse que resumir a mudança que eu vi, eu diria que Michael perdeu a
confiança.

Não apenas em si mesmo, do jeito que ele faria com ousadia e fazer sem
pensar duas vezes o que ele tinha vontade de fazer, não importa o quão
não-convencional ou imaturo que poderia ter parecido, mas nos outros
também.

Ele perdeu sua fé na decência fundamental dos seres humanos. Onde uma
vez ele via apenas o lado bom das pessoas, agora estava preocupado com
as intenções daqueles que o cercavam. Ele questionava as suas
motivações.

Ele achava que todos ao seu redor estava tentando tirar vantagem dele, para manipulá-lo. Esse detalhe da desconfiança (que ele expressou sobre outras pessoas tentarem roubar suas ideias musicais) começou a se espalhar para outras áreas de sua vida.

Às vezes, mesmo que ele encontrasse alguém cujas intenções eram boas e
sinceras, ele procurava razões para duvidar dessa pessoa. Ele criava
cenários em sua cabeça que não existiam na realidade, como uma forma de
garantir que ele nunca mais seria pego de surpresa. Minha família, no
entanto, ficou isenta desta desconfiança crescente de Michael. Eddie e
eu éramos crianças inocentes, e sua fé em nossos pais nunca vacilou.

Quanto à sua própria família, permanecia com ele, com a notável exceção
de sua irmã La Toya. Ela emitiu um comunicado afirmando que ela pensava
que as alegações poderiam ser verdadeiras. Mais tarde, ela disse que fez
isso sob coação de seu marido abusivo. Michael finalmente a perdoou,
mas ele realmente não a queria muito (por perto) depois disso.

Quanto ao resto de sua família, eu não vi Michael ter muito contato real
com eles, mas eles lhe deram apoio em público, e Michael sempre disse
que os amava e sabia que eles estavam do seu lado. Minha sensação era de
que eles teriam feito mais para mostrar seu apoio, mas Michael os
mantinha à distância, enquanto ele continuava mantendo outras tantas
pessoas à distância.

Ele nunca explicou por que os membros de sua família foram excluídos da
sua pequena esfera de intimidade, mas com o tempo, eu vi ele fazer tudo o
que poderia para se proteger de inimigos reais e imaginários. A única
coisa que eu nunca imaginei foi que um dia ele gostaria de acrescentar
meu nome à lista.

Eddie e eu voltamos à escola, mas logo estávamos de volta a Neverland. Naquele Natal, o Natal de 1993, foi o primeiro Natal que minha família passou com Michael. Michael foi criado como Testemunha de Jeová, o que significava que, á medida que havia crescido, sua família nunca havia comemorado aniversários ou feriados.

Ele gostou da experiência do Natal, pelo menos uma vez com Elizabeth
Taylor, mas como convidado de alguém da família, não como um membro da
sua própria. Foi uma de suas fantasias ter uma grande família com quem
pudesse partilhar a tradição de Natal. Então, desta vez toda a minha
família viajou para Neverland, que foi rapidamente se tornando a minha casa longe de casa.

A casa foi decorada por fora com luzes brancas de Natal, grinaldas na
porta, e guirlandas circundando os corrimões. No hall de entrada, havia
um chapéu de Papai Noel na estátua do mordomo. Uma árvore grande e
bonita dominava a sala de estar.

Na véspera de Natal, uma mulher vestida como Mamãe Gansa* apareceu na casa.

*Nota do blog: um personagem dos contos de fadas. é sobre uma mulher que reúne a família para ler e contar estórias.

Nós todos nos sentávamos ao redor do fogo, até mesmo meus pais, tomando chá e comendo biscoitos enquanto Mamãe Gansa nos lia rimas e cantava para nós. Eu sei. Mamãe Gansa não é exatamente uma personagem do Natal. Mas ela se encaixava perfeitamente em Neverland.

Na manhã seguinte era dia de Natal. Foi a pressa habitual para abrir os
presentes. Michael preparou o momento de forma clássica, escolhendo
presentes debaixo da árvore e entregando-os. Michael compartilhava o meu
sentido de humor invulgar: como eu já disse, estávamos sempre fazendo
piadas uns sobre os outros.

Assim, para o Natal daquele ano, ele me comprou dez presentes. Dez! O
que poderia haver neles? De um cara que você recebe o seu próprio carro
de golfe personalizado sem nenhuma razão, o que poderia haver,
eventualmente, em dez presentes de Natal? Abri um, por primeiro.

Era... um canivete. Ok, essa foi uma piada muito boa, pois afinal de
contas, em sua companhia eu já tinha comprado todos os canivetes na
cidade de Gstaad. Todos nós tínhamos dado boas risadas sobre isso, e, em
seguida, Michael, que neste momento estava falhando miseravelmente em
esconder um sorriso maroto, disse-me para continuar.

Então, abri o segundo: outro canivete. E outro. Até o momento eu estava
feito, eu tinha dez canivetes idênticos. Nós rimos do início ao fim.
Para não ficar atrás, tive um presente muito especial pronto
para Michael.

O que você pode dar para um cara que pode comprar o mundo? Eu tinha
preparado uma pilha de rolos de papel de toalha de banheiro, sacos
plásticos, embalagens vazias e doces, envolvendo cada item com cuidado e
colocando-os em uma caixa.

Sim, eu dei a Michael uma caixa de lixo para o Natal. Quando ele abriu,
ele disse, imitando perfeitamente a imagem da sinceridade: 'Oh, muito
obrigado. Você não deveria ter se incomodado. Você realmente não deveria
ter.'

A partir de então, Michael sempre passou o Natal com minha família, em Neverland ou em Nova Jersey. Ele sempre aparecia em Nova Jersey, com um balde gigante de chiclete Bazooka.
Michael constantemente mastigava grandes quantidades, fazendo bolhas
enormes. Mascar chicletes como ele mastigava era perfeitamente aceitável
para ele, mas sempre que eu fazia isto, ele dizia: 'Você pode, por
favor, fechar a boca? Você parece uma vaca.'

Bazooka era seu chiclete favorito. Ele sempre dizia: 'É o melhor chiclete do mundo, mas você tem que manter gomas novas em sua boca.'

Na véspera de Natal, não haveria um peru enorme no jantar. Se estivéssemos em Neverland, poderíamos esperar uma aparição da boa senhora Mamãe Gansa, às vezes um mágico, e os presentes inusitados que você jamais poderia imaginar o que seriam:
Um
ano de fornecimento de tampões, um pacote apetitoso de restos de comida
do nosso jantar de véspera de Natal, uma coleção de anti-sépticos
bucais e pastas de dente (uma referência a nossa antiga piada sobre um
acusar ao outro de mau hálito).

Era histérico. Era estranho. Era tradição. Em suma, era Michael.'


Parte 18

Histórias Contadas do Livro My Friends Michael (Partes 16, 17, 18)   Triump20

'Aquele ano de 1993, com as acusações por parte da família Chandler,
havia sido o mais difícil da vida de Michael. Mas agora que o caso tinha
sido resolvido, ele voltava sua atenção para um novo álbum: HIStory. Ele estava trabalhando nele no Hit Factory, estúdio de gravação em Nova York, que fica no Midtown, no Trump Tower.

Eu estava, é claro, ainda na oitava série, era um estudante corriqueiro,
mas um jogador de futebol decente. Fiz alguns amigos e me estabeleci em
uma vida bastante banal suburbana.

Mas quando Michael chegava à cidade, eu tinha uma outra vida. Depois da
escola, meu irmão Eddie, eu e às vezes, o nosso irmão mais novo -
Dominic - íamos para a cidade, passar a noite com Michael, então
acordávamos cedo para sermos levados de volta a Nova Jersey, no carro de
Michael.

Nos fins de semana nós queríamos visitá-lo ou ele vinha para ver toda a
família, em Nova Jersey. Passávamos tanto tempo com ele quanto podíamos.
Eu sei que não é encarado como normal um jovem largar tudo e correr
para passar o tempo com um amigo adulto mundialmente famoso, mas parecia
completamente normal e divertido para mim.


O apartamento de Michael no Trump era na parte de cima, com vista
espetacular e acessórios em ouro nos banheiros. No segundo andar, havia
três quartos. Ele transformou um deles em um mini-estúdio de dança,
retirando os móveis e os recolocando em outro lugar.


Michael fazia uma versão disto em quase todos os lugares em
que ia. No estúdio estavam os maiores oradores que já vi em toda minha
vida: eles deviam ter cerca de cinco metros de altura. Michael também
tinha uma câmera de vídeo na sala de dança, que ele usava enquanto
estava trabalhando na coreografia para seus vídeos ou shows.


Quando ele estava dançando, deixava a música guiá-lo, e como
resultado, após isto, ele não poderia sempre lembrar a seqüência exata
de seus movimentos. Assim, ele revia as fitas para ver o que ele gostava
e queria relembrar e reutilizar.

Nos fins de semana na cidade, muitas vezes íamos ao cinema ou livrarias,
mas o que mais me lembro com carinho sobre essas visitas, era que
Michael me apresentou às alegrias dos livros. Eu tinha dislexia, e a
leitura sempre foi difícil para mim, mas quando eu reclamava que eu não
gostava de ler, ele dizia:

'Bem, então você vai ser burro e ignorante para o resto de sua vida.
Frank, você pode fazer o que quiser neste mundo, mas se você não tem
conhecimento, você não é nada. Se eu lhe desse um milhão de dólares
agora, você aceitaria? Ou você gostaria de ter o conhecimento de como
fazer seus próprios milhões?'


Eu sabia que a resposta correta a esta pergunta era: 'Vou levar o conhecimento.'


'É isso mesmo. Porque com o conhecimento você pode dobrar o primeiro milhão em dois.'


O primeiro livro que Michael me fez ler foi O Poder do Pensamento Positivo. Eu
vi como as ideias que o livro citava se ligavam a algumas das coisas
que Michael tinha estado a falar. Fiquei intrigado, e foi assim que a
barreira entre mim e a leitura foi interrompida.

Assim como eu segui o exemplo de Michael nas lojas de discos, curioso
sobre o que ele estava interessado em ouvir, comecei a ler os livros
recomendados e ele acompanhava tudo o que acontecia, pela leitura.

Durante esse período, eu conheci os sobrinhos de Michael -Tito, Taj, TJ e Taryll -pela primeira vez. 3T,
como o grupo musical que se formou foi chamado, ainda tinha que lançar
seu primeiro álbum. Mas eu tinha ouvido as músicas e era um grande fã.

Desde o início, eu amei Taj, TJ e Taryll, que eram apenas alguns anos
mais velho do que eu. Nós costumávamos dizer que eu estava indo para se
tornar o quarto membro do 3T, e o grupo seria chamado 3TF.

Os sobrinhos de Michael também eram realmente ligados nos livros, e
neste aspecto, eles foram uma inspiração a mais para ler. Na livraria,
Michael dizia: 'Peguem o que vocês quiserem. É um investimento.'

Então, nós todos comprávamos um monte de livros, voltávamos para o Trump,
onde cada um de nós iria encontrar um lugar para se espalhar com seus
livros, canetas e cadernos. Nós chamávamos isto de nosso 'treinamento'.
Nós dizíamos um ao outro: 'Hora de treinar!' - encontrar um lugar
confortável e ler por horas.

Michael nos disse que devíamos amar nossos livros. Ele nos trouxe o
hábito de beijar cada canto de um novo livro, como ele o fazia. Quando
ele lia algo incrível, ele começava a bater palmas, ria e beijava o
livro.

'O que você leu?' Todos nós perguntávamos... 'O que você aprendeu?'

'Não se preocupe' ele dizia. 'Só sei que acabou. É melhor vocês tomarem cuidado!! Eu vou dominar o mundo!'

Nós tentávamos agarrar o livro de suas mãos, mas ele provocava, deixando-o fora do alcance de nossas mãos.

'Não, não... Você não consegue ler isso ainda.'

Tenho certeza que se você tivesse perguntado a um típico americano como
seria passar uma noite num quarto de hotel com Michael Jackson, seus
três sobrinhos músicos e alguns amigos, eles nunca iriam imaginar essa
cena.

Quanto ao que minha família sabia, durante este período, Michael estava
dividindo todo o seu tempo entre trabalhar em seu novo álbum e sair com
nós, as crianças. Nós estávamos com ele o tempo todo. E não tínhamos
ideia de que ele estava se apaixonando. Ou, pelo menos, era a sua versão
sobre apaixonar-se.

Então, em uma noite de primavera em 1994, quando Eddie e eu éramos os
únicos a passar a noite com Michael, o telefone nos acordou a todos até
às quatro da manhã. Era Wayne Nagin. Depois de atendê-lo ao telefone,
ele nos contou que no dia seguinte sairia a notícia que ele tinha se
casado com Lisa Marie Presley.

Eu estava incrédulo. 'O quê? Você se casou?' Eu perguntei a ele. 'Nós nunca sequer soubemos que você estava namorando alguém!'

Eu conhecia o nome de Lisa a partir das histórias contadas por Michael. Ele nos disse que, no passado, quando o Jackson Five
se apresentava, às vezes, Elvis aparecia em seus shows, levando Lisa
com ele. Mesmo quando criança, parecia que eles tinham uma paquera e
Michael sempre teve um lugar especial para Lisa em seu coração. Mas eu
não tinha visto nada disso. Eu acho que ninguém o viu, também.

Mas era verdade. Antes que Michael chegasse a Nova York nesta viagem
mais recente, ele se casou com Lisa Marie. Mesmo os meus pais não tinham
conhecido a respeito. Eu suspeito que Michael não lhes contou, porque
quando lhe perguntariam o inevitável: 'Por quê?' ele não seria capaz de
responder.

Ele não saberia como. Essa era apenas a maneira de ser de Michael. Ele
manteve as várias partes de sua vida separadas uma da outra, e as suas
razões para fazê-lo eram suas.

Agora que sabíamos, nós aceitamos de bom grado o casamento de Michael
sem qualquer explicação em tudo, mas ele nos disse que ele tinha tomado a
decisão por razões comerciais. Na época, ele estava fazendo negócios
com o príncipe Al-Waleed bin Talal, que era conhecido como o Warren Buffett árabe.

Eles eram parceiros de negócios em uma empresa recém-formada chamada Reino Entertainment.
De acordo com Michael, o príncipe e seus colegas gostavam de fazer
negócios com os homens que tivessem família, e por isso ele queria
Michael casado, como seu parceiro. Especialmente após as alegações, em
1993.

O príncipe estava investindo muito dinheiro no Reino Entertainment e
acreditava que, ao se casar, Michael iria restaurar a sua imagem
maculada. Assim, Michael tinha casado com Lisa Marie Presley. Ou então,
era a história de Michael.

Meu pai, que tinha a perspectiva de um adulto em todo o caso, viu um
cenário mais simples. Ele acreditava que Michael queria ser pai e
esperava que ele tivesse filhos com Lisa Marie. Foi um namoro nada
convencional, com certeza, mas Michael não levava uma vida convencional.

Será que Michael amava Lisa? Eu me faço essa pergunta nesse momento. Mas
olhando para trás, tenho a dizer que se ele fosse se casar com alguém,
ela seria a única. Primeiro de tudo, ele pensou que era uma grande
história: o Rei do Pop casa com a filha do Rei do Rock. E, certamente, se alguém entendia o estilo de vida de Michael, esse alguém era Lisa.

Mas era mais pessoal do que isso: Michael confiava em Lisa. Depois do
que ele tinha acabado de passar com os Chandlers, o sentimento de
confiança era fundamental. Além disso, seu relacionamento anterior a
toda a loucura da última década... ele a adorava e aos seus jovens
filhos, Benji e Danielle.

Eles viajavam e visitavam orfanatos em conjunto. Tenho certeza que ele
abriu seu coração para ela. O que fica em questão é o quanto Michael
realmente queria ter um relacionamento adulto, e se ele era mesmo capaz
de sustentar um.

Michael me disse que, ao crescer, tinha um gosto ruim na boca sobre o
casamento. Assistindo seus irmãos suportar divórcios, ele resolveu nunca
estar na mesma posição. Ele estava preocupado em passar por um divórcio
e perder todo seu dinheiro.

Ele disse: 'Eu não posso sair e encontrar qualquer pessoa aleatória. Na minha situação, em quem posso confiar?'

A partir dessa perspectiva, era fácil entender por que Lisa foi uma escolha sábia.

Mas as questões que ele teve com as mulheres corriam mais profundo do
que os temores sobre o custo financeiro do divórcio. Como eu, ele teve
as paixões da juventude em que ele adorava as mulheres icônicas,
pendurando suas fotos em suas paredes.

Michael tinha 35. Devido a sua posição no mundo, alguns destas mulheres
foram Tatum O'Neal, Brooke Shields, Lisa Marie, que agora lhe eram
acessíveis, mas não tenho certeza dele ter preferido as imagens à
realidade.

No entanto, Michael estava se dando uma chance, fazendo o seu caminho, a
notícia estava prestes a vazar. No telefone, Wayne Nagin disse que iria
encontrar a mim e a Eddie no carro. Tivemos que deixar o hotel
imediatamente, antes que as hordas de repórteres buscassem a Michael.

Michael sempre protegeu a mim e à minha família da mídia o melhor que
pôde, como ele viria a proteger seus próprios filhos. Meia hora depois,
corremos para o carro com cobertores sobre as nossas cabeças. Nós
abaixamo-nos até que Wayne nos disse que ninguém estava nos seguindo.
Wayne nos levou para casa em Nova Jersey, e com certeza, em um par de
horas, a notícia do casamento de Michael e Lisa estava sendo transmitida
em todo o mundo.

Um mês ou dois depois, em agosto, ele e Lisa voltaram para Nova York.
Michael queria que a minha família a conhecesse. Então, todo o clã -
meus pais e todos os cinco filhos - partiu em um carro para o edifício Trump e, de lá, seguiu a van de Michael para o Hit Factory. Nós nos reunimos em uma sala privada que o estúdio tinha criado para Michael. Estava cheia de doces, bebidas e brinquedos.

'Lisa' - Michael disse - 'conheça os Cascio. Esta é a minha família de Nova Jersey. Todos vocês, conheçam a minha esposa, Lisa.'

Foi estranho ouvir Michael chamada Lisa de 'sua esposa'. Mas, para ser honesto, eu achava que ela era sexy.
Lisa foi muito boa para nós, embora um pouco quieta. Quem poderia
culpá-la por ser reticente? Éramos um grupo de sete ítalo-americanos e
havia um monte de personalidades diferentes na sala.
Eu
imagino que ela estava tentando achar seu lugar. Eventualmente, ela
entrava na conversa e claramente fazia um esforço e nós todos a
acolhemos em nossa família.'

by Frank Cascio (em seu livro My Friend Michael)


Histórias Contadas do Livro My Friends Michael (Partes 16, 17, 18)   Cascio_myfriendmichael

fonte: cartas para michael

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