Ex-médico pessoal de Michael Jackson Dr. Conrad Murray – que foi condenado a
quatro anos por causar a morte do cantor pop em 2009 – quer ser liberado da
cadeia enquanto ele trabalha em seu recurso.
De
acordo com o advogado de Dr. Murray, há uma chance de que sua condenação poderia
ser objeto de recurso – porque Jackson foi responsável por sua própria
morte.
Em documentos judiciais arquivados quarta-feira (22) na Corte
Superior de Los Angeles, a equipe legal de Murray afirma que o médico deveria
ser liberado porque, contrariamente às afirmações da promotoria, ele não é um
risco de fuga e não representa um perigo para a comunidade.
Além disso,
de acordo com o documento, o recurso de Murray vai levantar uma “questão legal
substancial” que pode levar a reversão de sua condenação.
Enquanto a ação
menciona inúmeras questões legais que poderiam ser levantadas no recurso, a mais
interessante é uma seção intitulada “Situação Financeira de Michael Jackson.” Na
seção, os advogados de Murray apontam que Jackson “estava com um dívida em cerca
de 440 milhões de dólares e precisava desesperadamente cumprir um compromisso
contratual na Arena O2 em Londres.”
Dada a “enorme” pressão que Jackson
estava sofrendo, a ação argumenta, que “a motivação e desespero resultante de
Jackson foram relevantes para mostrar uma probabilidade ou razão para agir de
maneira incompatível com o bom senso.”
Durante o julgamento de Murray,
seus advogados argumentaram que Jackson auto-administrou a dose de propofol que
o matou – um argumento que não conseguiu convencer o júri e o público em
geral.
Acão de Murray também arguementa que sua equipe de defesa não foi
capaz de examinar o Dr. Arnold Klein ou a sua equipe, que também estava tratando
Jackson.
Os documentos ainda afirmam que Murray estava em desvantagem,
porque o júri não foi seqüestrado, e agências de notícias foram autorizados a
executar filmagens do julgamento e criar percepções negativas, que a equipe de
Murray não conseguia resolver, devido a uma ordem de mordaça.
“Dr. Murray
foi colocado na posição pior possível quando o júri não foi seqüestrado, as
câmeras foram autorizados no tribunal, e impressões negativas de mídia não
poderiam ser refutadas”, diz a ação.
Uma audiência sobre o assunto está
prevista para ocorrer nessa sexta-feira (24).
Reuters / MJJUNDERGROUND