Sabine Fritah-Lenze |
Concerto em Amsterdã em 1996 |
'A primeira vez que eu estive perto de Michael foi em 1996, em Amsterdã,
no corredor de um hotel. Fui com as minhas duas melhores amigas, na
época. Esperamos por horas por Michael, eu e um monte de gente. Nós
estávamos muito nervosos, não poderíamos imaginar que Michael realmente
iria passar pelo corredor.
Um tempo antes dele aparecer, nos disseram que nós permaneceríamos em
duas fileiras. Incrivelmente, havia muitas pessoas esperando. Todo mundo
conversava, nervosos com a expectativa. De repente, a atmosfera mudou
dramaticamente. Eu não tinha visto ainda, mas eu sabia que ele estava no
saguão, você podia sentir a sua presença.
Todas as conversas foram desaparecendo gradualmente. Então ele se virou
onde estavam os elevadores, tentei absorver tudo o que ele fazia. Na
linha da frente, havia uma criança em uma cadeira de rodas e Michael se
inclinou para lhe dar atenção. Havia tanta tranquilidade nele!!
Enquanto Michael caminhava, apertava as mãos, dava autógrafos, aceitava
presentes, posava para fotografias a serem tiradas (mas antes que ele
chegasse, fomos informados que nós não poderíamos usar o
flash).
Cada uma das pessoas que estava esperando, supostamente tinha desejos
que Michael tornaria realidade. E ele o fez. Oferecia o melhor de si
mesmo, tentando entender o que cada um esperava. Realmente eu não
esperava que Michael nos dispensasse tanto tempo, esforçando-se para não
decepcionar ninguém. Depois de uma eternidade, finalmente parou à minha
frente.
Eu não vi nada, exceto seus olhos. Esse foi o momento perfeito para
conseguir a sua fotografia autografada. Todos ao redor dele estavam
gritando, menos eu. Nunca consegui o autógrafo, nem em outro dia. Eu não
podia gritar. Seus olhos estavam arregalados, com as luzes das câmeras
disparando o tempo todo.
Pensei, naquele momento, que ele não poderia ver mais nada, além de
pontos vermelhos. E lá estava ele, com a minha fotografia sob seu braço,
apertando as mãos e dando autógrafos e tudo que eu podia fazer era
estender a minha mão e acariciar os dedos de sua mão esquerda, enquanto
ele autografava.
Ele não conseguia sequer percebê-lo. Para mim foi a coisa mais próxima a
ele. Eu o vi depois disso, mas eu nunca estive tão perto. Quando ele
saiu, eu percebi que usava seu chapéu e máscara preta, mas a única coisa
importante para mim era que não escondiam os seus olhos.
Treze anos se passaram desde então e é difícil lembrar de todos os
detalhes, mas eu ainda posso lembrar e sempre voltam à mente aqueles
olhos, o seu carisma e como outras pessoas reagiram a ele. O simples
fato de chegarmos tão próximo a ele foi um enriquecimento para mim e
para muitos outros, eu tenho a certeza.'
by Sabine Fritah-Lenze (da Alemanha, no livro
It's All About L.O.V.E.)
Fonte: http://mjhideout.com/forum/enciclopedia-mj/109158-libro-traducido-its-all-about-l-o-v-e-historias-de-fans-8.html
Fonte: cartas para michael