Os advogados de AEG Live, na terça-feira (15), conseguiram que a data do início julgamento do processo aberto por Katherine Jackson, fosse adiado para 2013. A mãe do Rei do Pop, acusa o conglomerado do entretenimento de negligência na contratação de Conrad Murray para cuidar de seu filho, Michael Jackson.

A juíza da Corte Superior de Los Angeles, determinou que havia uma boa razão para adiar o julgamento de 10 de setembro para 2 de abril de 2013, por causa da dificudade que a AEG Live tem obter todas as informações que necessita a partir da acusação para preparar uma defesa adequada.

Os advogados da AEG Live entregaram documentos a Palazuelos semana passada, dizendo que o tamanho do litígio e uma série de questões processuais têm retardado o andamento do caso. Os documentos também afirmam que novos dados mostram que Michael Jackson tinha um histórico de abuso de drogas, que começou muito antes de o cantora conhecer Murray.

Advogados de Katherine Jackson declararam em seus documentos de tribunal que o processo está em uma lista de prioridades para julgamento porque um dos dois filhos do falecido cantor é menor de 14 anos.

“Aqui, é indiscutível que (Prince Michael Jackson II), nascido em 21 de fevereiro de 2002, e tendo sofrido a perda trágica de seu pai, atende a esses requisitos”, de acordo com documentos judiciais dos advogados de Jackson.

Após a audiência de terça-feira, o advogado da família Jackson, Kevin Boyle disse que vai pesar a opção de apresentação de uma proposta de data para o julgamento com prioridade por causa da idade do menino Jackson. Mas ele também disse que a data do novo julgamento pode realmente ajudar seus clientes.

“A maneira como continuamos a obter mais informações, pode ser benéfico,” disse ele.

O advogado da AEG Live, Marvin Putnam, disse ainda que o pedido de Boyle com uma proposta de data para pioridade do julgamento, o mais rápido que poderia ser definido é de seis meses a partir da data de 10 de setembro e em nove meses o mais tardar.

Em documentos adicionais arquivado no tribunal na segunda-feira (14), os advogado da AEG Live afirmam que o depoimento de de Katherine Jackson e dois de seus filhos revelam que Michael Jackson “tinha uma história de décadas de abuso sério de substâncias, incluindo um vício em analgésicos e intervenções repetidas.”

A informação contradiz as alegações da família Jackson de que a AEG Live “de alguma forma forçou Mr. Jackson a receber a medicação perigosa de seu médico,” de acordo com os papéis da AEG Live.

Quanto mais informações são obtidas a partir dos Jacksons aumenta a probabilidade de que ele vai “prejudicar ainda mais o seu caso,” diz a AEG Live no documento apresentando no tribunal.

Jackson iria fazer uma série de 50 shows em Londres para a AEG Live, mas ele morreu em 25 de junho de 2009, de intoxicação aguda de propofol em Los Angeles enquanto ensaiava para a série de concertos.

O processo de negligência foi aberto em setembro de 2010 por Katherine Jackson, em nome de si mesma e de seu filho três netos, Michael Jr., Paris-Michael Katherine e Prince Michael, alegando que a empresa foi negligente na contratação de Murray.

A queixa também alega que a AEG Live é responsável pelas decisões médicas feitas por Murray, que foi condenado por homicídio culposo na morte de Jackson e foi condenado em 29 de novembro a quatro anos de prisão.