Michael Jackson Forever
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Histórias Contadas do Livro My Friend Michael (Partes 10, 11, 12)

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joanajackson

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MensagemAssunto: Histórias Contadas do Livro My Friend Michael (Partes 10, 11, 12) Histórias Contadas do Livro My Friend Michael (Partes 10, 11, 12) Icon_minitimeSex Jun 22, 2012 10:09 am


Parte - 10

Histórias Contadas do Livro My Friend Michael (Partes 10, 11, 12) Triump15

'O amor de Michael pelas crianças era inocente e foi profundamente incompreendido.'

'Em um certo momento, meu pai teve
que voltar para casa, para seu restaurante e para minha mãe. De
primeira, Michael aceitou isso, mas quando chegou a hora de irmos, ele
foi para meu pai e rompeu-se a chorar.

'Eu sei que você tem que voltar ao trabalho' disse ele em meio às
lágrimas 'mas eu estou perguntando se Frank e Eddie pode ficar aqui
comigo. Eu realmente adoraria que eles ficassem. Você não tem ideia,
basta ter todos vocês aqui por este curto período de tempo - tem me
ajudado muito. Eu prometo a você, Dominic, eu vou cuidar deles e olhar
por eles como se fossem meus.'

Já tínhamos perdido uma semana de escola. Se continuássemos a estadia
com Michael, estaríamos viajando com ele de país em país, terminando o
segmento europeu da turnê e depois seguindo para o Norte e Sul da
América. Nós não estaríamos em casa até dezembro.

Faltar à escola por causa de uma turnê de rock era um grande
negócio, e meus pais não eram cavalheiros sobre a decisão. Mas meu pai
viu que Michael estava sozinho. Ele não tinha família ou amigos perto
dele em turnê, apenas a equipe, e ele estava lidando com praticamente o
pior tipo de acusações que um homem inocente poderia imaginar estar
enfrentando, internacionalmente famoso ou não.

Uma coisa que não foi um fator na decisão dos meus pais eram as
alegações que haviam sido feitas contra Michael. As pessoas podem
questionar o julgamento de meus pais no envio de dois jovens para passar
fora o tempo a sós com um homem que tinha sido acusado de molestar um
outro menino.

Mas para nós, a sugestão de que estávamos em perigo era completamente
absurda. Meus pais sabiam que Michael era inocente. Eles o conheceram
bem, durante anos, e para eles ele era da família. Embora eles estavam
cientes de quão estranho ele parecia ao mundo exterior, eles entenderam
as idiossincrasias de Michael de sua perspectiva, e por esse ângulo
entraram em um foco que lhes dava um sentido.

Quando ele usava uma máscara cirúrgica, as pessoas pensavam que ele
estava escondendo alguma nova cirurgia plástica. Na realidade, ele
estava, em primeiro lugar, protegendo-se de ficar doente antes das
performances e, depois, ele descobriu que usar a máscara o fazia
sentir-se como se ele estivesse disfarçado. (quando, na verdade, chamava
mais atenção sobre ele)

Finalmente, isto se transformou em um tipo de moda, tendo suas máscaras
cirúrgicas de seda feitas sob medida. Quando ele foi fotografado em uma
câmara hiperbárica, os boatos começaram a voar de que dormia nela. Na
realidade, ele a doou a um hospital local para ser usada no tratamento
de vítimas de queimaduras.

Claro que, às vezes, Michael estava apenas sendo um personagem,
brincando, mas o impulso para o seu comportamento nunca foi tão estranho
como as pessoas sempre foram tão rápidos a assumir. Para nós, Michael
foi o amigo mais engraçado, mais agradável e mais alegre que se possa
imaginar. Com meus pais, seu comportamento era o de um tipo humilde e um
adulto maduro, um brilhante e letrado homem com opiniões interessantes
e atenciosas.

Meus pais passaram noites inteiras conversando com ele, aprendendo com
ele. Eles o viam como uma boa influência sobre seus filhos. Acima de
tudo, meus pais conheciam o verdadeiro coração de Michael. Eles estavam
bem cientes de como Michael era responsável e amoroso, e eles tinham
absoluta confiança nele, no seu pessoal e em seus homens de segurança.

Meu pai já tinha gasto uma quantidade substancial de tempo com a gente
em turnê, então ele conhecia a equipe pessoalmente e conhecia os seus
horários. Ele também tinha um relacionamento muito próximo com Bill
Bray, responsável pela segurança. Houve um longo tempo, um elevado nível
de confiança que já estava firmado no lugar. Nós estaríamos seguros.

Meu pai é extremamente protetor de sua família. Nós significamos tudo
para ele, e ele nunca nos colocou no caminho do perigo. Na cartilha do
meu pai, não importa a prisão, os pedófilos devem ser jogados aos lobos.
(Ele é da Sicília, afinal...) Se ele e minha mãe tivessem dúvidas sobre
a inocência de Michael, não importa quão fosse pequena, acredite em
mim, meu irmão e eu não estaríamos lá, não ficaríamos por muito menos.

Eu quero ser preciso e claro sobre o registro, para que todos possam ler
e compreender: o amor de Michael pelas crianças era inocente, e foi
profundamente incompreendido. As pessoas pareciam ter dificuldade em
aceitar todas as boas qualidades deste homem incrível, e estavam sempre a
perguntar como poderia ser que ele fosse o maior artista do mundo, o
maior dançarino e ainda desfrutar de passear com crianças o dia todo?

Como ele poderia escrever músicas complexas e dançar de forma
explosivamente sexual músicas complexas e depois não haver nada além de
interações inofensivas com as crianças com as quais ele cercava-se? Como
ele poderia ter tantas idiossincrasias que pareciam estranhas ao
observador do lado de fora - as cirurgias plásticas, as compras
exóticas, os segredos - e depois não ser 'estranho' em outras formas
mais ofensivas?

Sim, Michael teve personas diferentes. Da mesma forma que eu me tornei
uma pessoa diferente, dependendo se eu estivesse em casa com minha
família, viajando com Michael, ou de volta à escola em Nova Jersey. Da
mesma forma que todos nós colocamos rostos diferentes para lidar com
diferentes partes de nossas vidas.

Se as imagens diferentes de Michael pareciam extremas, foi apenas porque
sua vida era mais extrema do que qualquer outra pessoa. Por todo o
trabalho duro que ele teve durante a sua própria infância, por todo o
perfeccionismo que conduzia a sua música, Michael desejava a
simplicidade e a inocência da juventude, ele nunca a tinha experimentado
plenamente.

Ele a reverenciava, ele a guardava como um tesouro e, especialmente através de Neverland,
ele tentou oferecê-la aos outros. As pessoas tinham dificuldade para
entender tudo isso, e muitos acreditavam no pior. Este equívoco foi a
maior tristeza da vida de Michael. Ele o levou consigo até o fim. Estou
aqui para dizer que eu conheci o verdadeiro Michael Jackson. Eu o
conheci em toda minha infância.

Em todo esse tempo, ele nunca se mostrou nada além de um amigo perfeito.
Nunca avançou de forma questionável nem fez uma observação sexual. Meus
pais eram mais velhos e mais sábios do que eu ou meu irmão. Sua
perspectiva era mais ampla e mais abrangente do que a nossa.

E eles confiaram Michael implicitamente. Quando meu pai falou com Bill
Bray sobre a possibilidade de Eddie e eu ficarmos durante o restante da
turnê, Bill disse: 'Sim, Michael tem estado 'para baixo'. Essas crianças
o mantém 'para cima'.
Meus
pais sabiam que seríamos uma grande fonte de conforto para Michael.
Eles checaram com a nossa escola para ver se poderíamos fazer o nosso
trabalho da classe com um tutor. Então, finalmente, meu pai disse as
palavras mágicas: 'Vocês podem ficar.'

Parte - 11

Histórias Contadas do Livro My Friend Michael (Partes 10, 11, 12) Gstaad1
Gstaad, a charmosa vila que acolheu Michael durante a Dangerous Tour
'E assim, meu irmão e eu estávamos em turnê com Michael Jackson. Meus
pais voaram ao nosso encontro em várias cidades no roteiro, mas através
de tudo isso, viajamos, assistimos a concertos e passamos o tempo com
Michael.

Eu já o tinha como uma figura paterna e um amigo. No momento em que tudo acabasse, eu iria conhecê-lo como um entertainer.
Eu também presenciaria e sentiria profunda compaixão pelas lutas que se
iniciaram para Michael no dia em que ele foi acusado de inocente e
continuaram a persegui-lo pelo resto de sua vida.

Antes de ir para a América do Sul, a turnê teve uma pausa de uma semana
na Suíça. Papai nos deixou em Gstaad, onde a amiga de Michael -
Elizabeth Taylor - lhe tinha oferecido o uso de seu chalé. Gstaad era
uma bonita aldeia nas montanhas, onde você poderia ver vacas andando
pelas ruas entre as pessoas, balançando suas cabeças pesadas e soando
seus chocalhos.

A primeira noite no chalé teve sopa de creme de frango em um hotel chamado Palace, logo abaixo da rua. Era tão gostosa que a pedimos novamente a cada noite. No chalé, havia uma doce vovó que cuidava de nós.

Ela era pequena e um pouco trêmula, e nos divertíamos lhe respondendo
calorosamente, com um entusiasmo exagerado. Nós a abraçávamos e
beijávamos até que ela desse uma risadinha, envergonhada. Fosse a sopa
ou a velha senhora, achávamos que era engraçado estar 'por cima'.

Gstaad foi uma fuga perfeita dos rigores da turnê. Era uma cidade tão
pequena e tão distante do resto do mundo que, no início, pelo menos,
Michael podia andar livremente pelas ruas, sem disfarces, sem ser
incomodado.

Esta foi uma rara alegria para ele. Em nosso primeiro dia, entrávamos e
saíamos juntos das lojas pitorescas, admirando e comentando sobre tudo o
que Gstaad que tinha para oferecer. Em algum ponto, eu decidi que iria
começar a colecionar canivetes e isqueiros artesanais. Eu acho que eu
tinha ouvido falar dos canivetes suíços, mas eu não tenho ideia porque
eu pensei que precisava de mais de um.

De qualquer forma, uma vez que eu tomei esta decisão, nós três estávamos
totalmente comprometidos com ela. Assim, no curso de nossa estadia,
encontramos (e Michael comprou para a minha coleção) quase todos os
canivetes em toda a cidade. Quanto aos isqueiros, gostava de usá-los
para deixar pedaços de papel em chamas (Não, eu não era um piromaníaco,
apenas um garoto adolescente).

Mais tarde, quando estávamos saindo da Suíça, Bill Bray me pediu para
entregar meus isqueiros. Ele não os queria no avião por razões de
segurança, então ele disse que os guardaria para mim. Depois de
partirmos, eu nunca mais os vi. Infelizmente, Bill Bray faleceu há
vários anos. Para onde os meus isqueiros foram é um mistério que ele
levou para o túmulo, com ele.

Uma coisa que eu sempre vou lembrar sobre o nosso tempo em Gstaad, foi
Michael me apresentando à nova música. Nós sempre ouvíamos música
juntos, e sempre que estávamos em uma loja de discos, eu ficava em pé ,
ao lado de Michael, para ver quais os álbuns que lhe chamavam a atenção.

Eu também ouvia as canções que eram populares no rádio, mantendo-me a par dos hits
atuais. Ele tinha um empregado cujo único trabalho era preparar fitas
cassete de músicas de topo de cada semana, de todo o mundo, e enviá-las
para Michael.

Enfim, de volta ao chalé, sentamo-nos extasiados, ouvindo por horas, com
Michael atuando como DJ, dizendo: 'Você tem que ouvir essa canção.
Agora você tem que ouvir este grupo.' Ouvimos Stevie Wonder e todas as
estrelas da Motown. Ele nos fez ouvir a música de James Brown - Papa Don't Take No Mess - todos os quatorze minutos da mesma.

Ouvimos a música dos Bee Gees, How Deep Is Your Love? (Eu
ainda acredito que é uma das maiores canções de todos os tempos.)
Michael passou por Aaron Copland, a quem ele considerava o maior
compositor do século XX.

Ele me apresentou a todos os tipos de música country-folk, clássica, funk, rock. Ele até me aproximou de Barbra Streisand. Eu me apaixonei pela canção People. Michael gostava de ir dormir ouvindo música clássica, especialmente as obras de Claude Debussy.

Eu me lembro dele colocando um grupo chamado Bread. Eu não prestei muita atenção à música porque eu estava muito ocupado tirando sarro do nome. 'Bread? (Pão?) Que tipo de nome é esse? Quer um pouco de pão com manteiga? E esse tipo de bobagem.

Mas quando me acomodei por um minuto e realmente ouvi em vez de fazer
comentários sarcásticos, ele se tornou um dos meus grupos favoritos. Eu
queria saber tudo o que havia sobre Bread. Sim, era o meu pão doce (trocadilho ruim...).

Michael muitas vezes falou sobre a universalidade da música. Ele queria
escrever uma música que qualquer pessoa em qualquer país pudesse cantar,
e como nós viajávamos, eu ouvia as pessoas que não falam Inglês cantar Man in the Mirror, Heal the World e, mais tarde, Stranger in Moscow.

Ele sempre disse que as letras das suas canções escreviam-se por si
mesmas. Era tudo sobre a melodia. Um músico - Brad Buxer - estava
conosco na turnê, e como eles compunham juntos, Michael dizia a ele:
'Toque o piano como uma criança de cinco anos de idade, Brad. Se você
puder tocá-lo como uma criança, ela (a música) vai durar para sempre.'

Durante o nosso segundo dia em Gstaad, nevou, mas naquela noite, ao
anoitecer, o céu clareou. Michael disse: 'Vamos fazer pedidos às
estrelas.' Nós saímos para o quintal e olhávamos para o céu daquela
noite incrível. Michael disse, com um toque de misticismo em sua voz:
'Cuidado com o que você deseja.. irá tornar-se realidade.'

De repente houve um movimento nas proximidades. Um homem apareceu ao
lado do jardim. Ninguém estava hospedado na casa conosco, e essa
aparição inesperada definitivamente não era algo que qualquer um de nós
tivesse desejado. Em um flash, Michael deu um pulo e começou a
gritar para tentar assustar o cara, mandá-lo embora. Michael jogou uma
luva para ele. (Se o cara tivesse alguma noção, teria fugido com com
aquela luva e a guardaria para seus netos.)

O cara levantou seus braços no ar, dizendo: 'Não, não, está tudo bem.'
Enfim, ele era um trabalhador inofensivo que tinha vindo para verificar
algo na casa, e naquele nós pudemos ver que, com todo o seu amor pelas
coisas infantis e a absorção infantil que encontrava nelas, Michael
absolutamente viu-se responsável por nós. Ele era o nosso protetor, e
nesta posição, ele não tinha medo de nada nem de ninguém.

No dia seguinte, espalhou-se a notícia sobre o ilustre visitante que
estava hospedado no chalé de Elizabeth Taylor, e alguns fãs apareceram.
Tarde da noite, eles se reuniram fora do chalé e começaram a cantar
algumas das músicas de Michael. Fomos à janela e passamos algum tempo
conversando com eles.

Isso não era incomum: onde quer que fôssemos, Michael iniciava conversas
com seus fãs. Ele queria saber de onde vinham, o que gostavam de fazer.
Ele os amava, e não importa o quão grande fosse o seu número, ele nunca
deixava de ver e respeitar cada um, como indivíduo.

Nos enxames de fãs que se encontravam onde quer que ele fosse, poderia
ter alguém que prezasse sua solidão como Michael fazia, mas ele sempre
encontrava uma maneira para mostrar sua apreciação, dando ainda mais de
si mesmo para seus fãs. Ele era tão aberto às pessoas como o era às
experiências, e esta, também, foi uma lição que eu aprendi com ele.

Um dos caras da equipe de segurança de Bill Bray, Wayne Nagin, foi a
cada parada da turnê um dia antes de nós, para coordenar o transporte,
hotéis e segurança. A segurança era importante. Dangerous foi a maior turnê de Michael. Os fãs sempre sabiam, de antemão, que ele estava vindo para a cidade.

Nós não poderíamos viajar sem escolta policial. Quando chegamos, a rota
entre o jato particular e o hotel estaria cercada pelos fãs, como se
toda a cidade tivesse sido fechada a fim de dedicar-se para receber a
Michael Jackson.

Em Buenos Aires, a intensidade dos fãs parecia maior do que nunca.
Enquanto nos dirigíamos para o aeroporto, centenas de pessoas perseguiam
o carro, batendo nas janelas, querendo ver MJ por dois segundos,
tentando tocá-lo. As pessoas nas calçadas acenavam para nós por todo o
caminho para o hotel, como se Michael fosse o papa.

O carro se movia lentamente através das multidões. Às vezes, Michael
colocava uma mão para fora da janela e as pessoas iam à loucura,
gritando, até mesmo, desmaiavam, ao saber que ele estava tão perto. Eu
provocava Michael, dizendo: 'Essas pessoas não desmaiam por você, você
sabe. É por mim. Elas estão desmaiando por minha causa. Você não pode
ouvi-las gritando? 'Fraaaank, Fraaaank!'

Ele sorria e brincava junto: 'Por favor, vocês não sabem quem eu sou?'

Michael queria ir às compras, mas era claramente impossível para ele
aparecer em público sem ser assediado. Ele amava seus fãs, mas
obviamente ele não podia se conectar com eles, em todos os momentos. A
ironia é que todo esse amor, esse desejo de fazer contato, servia apenas
para forçá-lo mais em isolamento.

Esta tinha sido a realidade de Michael durante tanto tempo que ele nunca
pareceu incomodado com isso, e eu segui o seu exemplo. Nós nos
divertíamos trabalhando em torno das restrições. Muitas vezes, um
disfarce estava em ordem, mas nenhum óculos escuros do planeta iria
camuflar a identidade de Michael. Nesta ocasião, em Buenos Aires, meu
irmão e eu nos vestimos como nerds, usando chapéus engraçados,
óculos e mochilas. Michael, para não ficar atrás, se disfarçava como se
fosse fora um sacerdote em cadeira de rodas.

Em nossa expedição às compras, ficou inexplicavelmente apaixonado por
uma estátua de Napoleão a cavalo e entrou em negociações vigorosas com o
negociante de arte, para conseguir o melhor preço por ela. Como Michael
gastava dinheiro de forma extravagante, ele ainda saboreava um bom
negócio. Vê-lo disfarçar-se como um sacerdote, ou comprar uma enorme
estátua por seis dígitos... bem, eu amei essa loucura.

De volta ao hotel, Eddie e eu tivemos que fazer o trabalho escolar que
tinha sido enviado. Era para completar as tarefas e devolvê-las à
escola. Os professores imaginavam que tínhamos recebido um tutor, e nós,
de fato, tínhamos um... mas que mantinha sua identidade em segredo.
Tínhamos quase certeza que a escola não iria aceitar a ideia de (termos) Michael Jackson como um tutor para viagem.

Certo, nós não tínhamos exatamente as horas regulares iguais à escola.
As aulas aconteciam no meio da noite, às vezes, mas era Michael quem
regularmente se sentava comigo e meu irmão e passava por nossas
atribuições com a gente.

Quando tínhamos que ler livros, (Michael) lia capítulos em voz
alta para nós, então, nós recapitulávamos o que tínhamos ouvido,
perguntando: 'Então, quem eram os personagens principais? O que eles
queriam? O que significa?' Da mesma forma que ele abriu as nossas mentes
com os filmes que ele nos fez assistir, ele também encorajou-nos a
pensar sobre a nossa lição de casa de forma diferente diferente da qual
estávamos acostumados, e levá-las a sério.

Além das atribuições que a nossa escola tinha nos dado, Michael insistiu que mantivéssemos diários de nossa viagem.

'Documente esta viagem' ele costumava nos dizer... 'porque um dia você
vai adorar olhar para trás e revê-la.' Em cada país, tínhamos que
fotografar o que víamos, fazer alguma pesquisa sobre os costumes, e
colocar o que tínhamos visto e experimentado em nossos diários.

Nós exploramos as diferentes culturas. Visitamos orfanatos e escolas.
Eddie e eu começamos a ter uma maior consciência do nosso lugar neste
grande, largo mundo. Só mais tarde fui sábio o suficiente para ser grato
a meus pais por nos permitir ter essa experiência.

Eles reconheceram que a educação não se tratava apenas de leitura,
escrita e aritmética. Eles entenderam que nós aprendíamos vivendo.'

NOTA DO BLOG: Gstaad é uma vila de 3.600 habitantes, no
interior do cantão de Berna. A tí"""""""" estação alpina é conhecida pelos
torneios de tênis, beach-volley e golfe. Desde a década de 60, é
proibida a construção de prédios em Gstaad, por isso a maioria das casas
possui o tamanho de um chalé.

Parte - 12
Histórias Contadas do Livro My Friend Michael (Partes 10, 11, 12) Triump16

'Michael pode ter sido o nosso tutor, nossa figura paterna e nosso
amigo, mas no palco, ele se tornava outra pessoa. Fomos a cada show, em
cada cidade. Às vezes eu usava pijama, eu estava em uma fase onde eu
gostava de usar pijama em todos os lugares.

Como Michael aquecia a sua voz, o que poderia levar até duas horas,
Eddie e eu brincávamos com jogos, assistíamos desenhos animados e
comíamos doces no camarim, que sempre era abastecido do chão ao teto,
com distrações açucaradas.

Quando chegava a hora dele se apresentar, geralmente assistíamos das
cadeiras ao lado do palco. Às vezes, tínhamos que caminhar de volta para
assistir ao show em um monitor ou conversar com a maquiadora Karen, e o
estilista Michael Bush, mas na maior parte, noite após noite, eu
observava atentamente.

O show nunca envelhecia. Estudei Michael, eu assisti os dançarinos, que
estavam sob sua observação, eu via a reação do público, que sempre era
fascinante para mim. Em todas as cidades, os shows de Michael geravam um
entusiasmo incrível.

Ter essa energia em volta de mim era uma experiência nova para um menino
de New Jersey. Era um sentimento no qual as pessoas poderiam unir-se,
partilhando pensamentos e emoções, mesmo sem falar. Havia poder em
Michael e em sua música, o poder de mover as pessoas e conectar-se a
estranhos. Durante os shows, ele fazia o mundo sentir-se como um lugar
menor, mais caloroso e harmonioso.

Eu adorava assistir os fãs do lado do palco, um mar de pessoas gritando,
chorando, os desmaios, pendurados em seu ídolo a cada movimento. Eu
sentava lá e pensava... Este ser divino que eles adoram é o cara que
está me ajudando com a minha lição de casa. Muitas vezes, eu me
perguntava como era possível ver as mesmas pessoas na primeira fila para
o show, show após show, cidade após cidade.

Como eles poderiam se dar ao luxo de deixar seus empregos e suas vidas e seguir um entertainer
de um lugar para outro? Aqueles de nós que fizeram parte da turnê
tiveram o luxo de voar em jatos particulares, mas como é que esses fãs
se deslocavam para cada cidade, a tempo para o show?

Havia um fã, Justin, a quem chamávamos de Waldo, em associação ao personagem do livro Where’s Waldo? - porque, se procurássemos o suficiente, poderíamos encontrá-lo em cada apresentação.

Como em sua última música no show, Michael cantava Heal the World,
a cada execução um grupo de garotos se juntaram a ele no palco, em
trajes de países de todo o mundo. Meu irmão e eu encontrávamos
vestimentas de outras culturas e, em seguida, entrávamos no palco com o
restante das crianças.

Tivemos uma dança engraçada que nós chamado A Casa, inspirada por Scott Schaffer, um funcionário de Michael, cujo apelido era House (Casa).
Nós adorava mexer com House. Nós batíamos na porta de seu quarto de
hotel, dizendo: 'House, nós temos algo para você.' Quando ele abria a
porta, nós o 'surrávamos' com uma guerra de almofadas. Confie em mim,
seria engraçado se você tivesse 13 anos.

Depois da dança House, criamos uma dança totalmente original, inspirado em sua técnica. Antes do show, nós diríamos: 'House, nós vamos fazer A Casa para você no palco, esta noite.' E logo ali estaríamos, Michael, Eddie e eu, fazendo A Casa, que envolvia... bem, era muito bonito ver os pés balançando de um lado para outro.

Ver um par de crianças dançando desajeitadamente no palco era uma coisa,
mas o que eu amava era ver Michael, o maior dançarino do mundo,
deixando de lado, naquele momento, todas as suas horas de coreografia e
prática para realizar tal movimento bobo no palco, na frente de um
estádio lotado com dezenas de milhares de pessoas. Tudo apenas para
fazer um garoto dar risada.

Como essas piadas eram divertidas e memoráveis, nada no show poderia comparar com o momento em que Michael cantava Billie Jean. Michael era meu amigo. Ele me ajudava com o meu trabalho escolar. Tínhamos lutas de almofadas. Mas quando ele cantava Billie Jean,
sua transformação era inspiradora. Assim que eu ouvia o início da
batida, eu praticamente entrava em transe, meus olhos fixos em cada
movimento seu.

Parte do brilhantismo de sua performance de Billie Jean era o
fato de que, de alguma forma, parecia simples e fácil. Mas por trás da
simplicidade, eu podia ver a profundidade da compreensão de Michael
sobre composição e narrativa.

Para cada canção que ele executava, Michael sabia exatamente o que ele
queria que a multidão visse, o que ele queria projetar, o que ele
pretendia dar. Quando ele se apresentava, sua ambição era filtrada em
todos os aspectos do seu ser, ele se tornava a canção. Você pode ver
isso mais claramente em Billie Jean, mas estava lá em Thriller também.

Além da música, dança, vocais e do estádio em si, havia uma sensação de
energia e magia que transcendia os elementos individuais do desempenho. A
soma era maior que suas partes, algo maior e mais original do que
qualquer um, inclusive eu, poderia ter esperado.

O público sentia a magnitude do brilho que Michael colocava em seu desempenho. Cada momento de criação de Billie Jean
tinha sido líder até este momento, como se toda vez que ele cantasse a
canção, antes tivesse sido apenas um ensaio para o seu lançamento nesta
noite especial. Ele era UM com sua Arte.

Esta transformação era uma arte que Michael praticava e dominava. Ele me
disse: 'Qualquer coisa que você diga ou faça, ou queira que o mundo
veja, mentalize e ela acontecerá.' Michael pregava sobre canalizar o
Poder do Universo muito antes de livros espirituais como O Segredo serem publicados.

Ele me disse que eu poderia conseguir qualquer coisa, se eu acreditasse
nela. Eu tento aplicar essa filosofia a todos os aspectos da minha vida.
Quando eu sei o que quero, estou imagino plenamente o resultado final.
Dessa forma, toda a energia que eu coloquei ao longo do caminho me focam
na direção certa: o produto final.

Billie Jean era originalmente intitulada Not My Lover (Não é minha amante). Quincy Jones, co-produtor de Michael em Thriller,
na verdade, não a queria no álbum, mas Michael insistiu e ele estava
certo. Tudo o que Michael fez foi incrível, mas se eu tivesse que
escolher um desempenho de sua obra como a quintessência e culminação,
seria Billie Jean. Toda vez que eu o vi desempenhar foi um momento impecável, cativante no tempo. Ele sempre me deu arrepios.

Como a turnê avançava, eu passei a conhecer alguns outros amigos e
associados de Michael. Em Santiago, Chile, o dermatologista de Michael
pagou-lhe uma visita. Michael tinha uma doença de pele chamada vitiligo.
Ele havia me contado sobre ela no início daquele ano, em Neverland, explicando o que causava manchas na sua pele e tirar a sua pigmentação.

Ele me mostrou algumas fotos de pessoas que tiveram casos avançados,
aqueles cuja cor de pele era escura. tinham manchas dramáticas e
desfigurantes de branco por todo o corpo. Michael me disse o quanto ele
odiava a doença, mas como ele se sentia feliz de ser capaz de pagar o
tratamento, que envolvia clarear o restante de sua pele para uniformizar
a cor. Michael disse que o seu dermatologista, Dr. Arnold Klein, era o
melhor no negócio, todo mundo o procurava, mesmo Elizabeth Taylor.

Uma mulher chamada Debbie Rowe, que trabalhou para o Dr. Klein como uma
enfermeira, acompanhou-o a Santiago para tratar a pele de Michael e para
ver alguns de seus shows. (...) Na turnê eu testemunhei Michael
trabalhar com Brad Buxer, o músico, na canção Stranger in Moscow.

Moscou tinha sido uma parada antes da turnê, antes de Eddie e eu termos
chegado. Durante a sua estada na cidade russa, Michael estava se
sentindo profundamente triste e sozinho por causa das alegações que ele
estava enfrentando. Ele estava sentado no chão do closet em seu quarto
de hotel, chorando, quando a música chegou até ele.

Brad foi diretor musical Michael musical e produtor musical pessoal de
Michael, na época, e havia uma proximidade única com a sua colaboração.
Michael contou a Brad a ideia para a música, dando-lhe uma melodia.
Brad, que tinha montado um estúdio de gravação em seu quarto de hotel,
criou a música em torno dessa melodia.

Eles trabalharam na música constantemente, Michael cantando elementos e
dando batidas para Brad, e Brad os transformava em música. Ao
assistí-los compondo, eu vi como uma canção começa com uma ideia, com
acordes simples, e aumenta à medida que o tempo passa.

Michael dizia que ele gostava de deixar uma música se criar por si
mesma. Ela lhe diria o que precisava. Ele espontaneamente começar a
cantar e dançar em volta do hotel, enquanto a música evoluia em seu
coração e mente.

Stranger in Moscow sairia no álbum HIStory. Será sempre
uma das minhas músicas favoritas porque eu assisti Michael criar e
produzi-la do início ao fim. Eu estava mesmo no set, quando gravou o
vídeo, cerca de três anos mais tarde. Foi a música que me fez cair no
amor com a arte de fazer música.

Michael foi me apresentando para um mundo extraordinário. Além de
experimentar os concertos e a música, eu estava viajando, vendo novos
lugares, conhecendo fãs e dignitários. Meu mundo inteiro ampliou
dramaticamente e de forma permanente. Eu vi que o mundo era muito maior
do que toda a escola secundária.

Eu aprendi a apreciar e respeitar as diferentes culturas. Mas a minha
maior revelação pessoal foi descobrir a emoção de fazer arte
significativa e ter as pessoas reagindo a ela. Michael, como meu mentor,
reconheceu esse impulso e o alimentou em mim.

Quanto a Eddie, Michael viu os seus interesses e talentos e o orientou
em outra direção. Eddie sempre foi um músico fantástico. Quando ficou
mais velho, ele iria expandir seu conhecimento aprendendo os aspectos
técnicos da produção de gravações. Michael sempre disse para Eddie:
'Seja um mestre nisso. Sua hora vai chegar. Seja paciente. Continue
escrevendo. Mantenha o foco.'

Eu mal vi que sob a tutela de Michael, Eddie e eu estávamos tendo algo
como experiências paralelas. Próximos como estávamos, nós não falamos
muito sobre o que estava acontecendo na turnê, com Michael, e dentro de
nós mesmos. Estávamos muito ocupados vivendo.

O que era quase impossível para nós compreendermos foi que, ao mesmo
tempo que Michael nos uma experiência de mudança de vida, ele estava
enfrentando um dos momentos mais difíceis de sua própria vida.'

by Frank Cascio (em seu livro My Friend Michael)

Histórias Contadas do Livro My Friend Michael (Partes 10, 11, 12) Cascio_myfriendmichael

fonte: cartas para michael

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