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Entrevista Elizabeth Taylor falando sobre Michael - Talk Outubro 1999

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*Mari*

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MensagemAssunto: Entrevista Elizabeth Taylor falando sobre Michael - Talk Outubro 1999 Entrevista Elizabeth Taylor falando sobre Michael - Talk Outubro 1999 Icon_minitimeTer Mar 29, 2011 3:41 pm

Entrevista Elizabeth Taylor falando sobre Michael - Talk Outubro 1999 Elisab10
Por Paul Theroux

Srta. Taylor irá recebê-lo agora.

Eu podia ouvir claramente a muito criticada voz de
Elizabeth Taylor em meio a barulheira do helicóptero durante o nosso vôo
ao pôr do sol no rancho de Michael Jackson, Neverland. Menina,
implorando e gritando, ela segurava o seu cachorro, um maltês chamado
Sugar, e dizia: “Paul, diga ao piloto para voar em círculos, assim
podemos ver o rancho inteiro!”Neverland, a cidade de parques de
diversões, casas de boneca, animais de zoológico e imensos jardins
estava caindo abaixo de nós enquanto Elizabeth, caracteristicamente,
pedia para subirmos mais.


Mesmo com os ouvidos abafados pelos fones, o piloto ouviu. Ele
subiu o helicóptero o suficiente para vermos o brilho rosa-ouro que faz
Neverland parecer ainda mais como um brinquedo – muitas luzes piscando
em vão porque, com exceção do pessoal da segurança, não havia seres
humanos a vista, apenas girafas ariscas; e sapos em formato de frisbee e
gordas cobras na casa dos répteis, onde uma cobra e uma cascavael
batiam seus dentes contra o vidro da jaula tentando me morder; “A.J.”, o
grande, eriçado chimpanzé no santuário dos macacos, que cuspiu na minha
cara, e Patrick, o orangotango que tentou torcer a minha mão; as lhamas
e os cisnes agressivos no lago; Gypsy, o elefante mal-humorado de cinco
toneladas que Elizabeth havia dado a Michael; os brinquedos do parque
vazios – o Dragão do Mar, os carrinhos de bate-bate, o carrossel tocando
a canção Childhood de Michael (“Have you seen my
childhood…?”); a enorme e bem iluminada estação de trem, os gramados e
canteiros de flores onde auto-falantes disfarçados como grandes pedras
cinzentas tocavam músicas de parque, abafando o barulho das aves
selvagens. No meio delas, um JumboTron exibia um desenho, duas criaturas
de caras estranhas grasnando miseravelmente uma para a outra – tudo
muito brilhante na escuridão sem nuvens.


“Este é o mirante, onde Larry e eu nos casamos,” disse Elizabeth,
movendo a cabeça e sendo irônica. Sugar brilhava com sua bela e bem
penteada pelagem branca, que se assemelhava um pouco ao belo cabelo
branco da própria Elizabeth. “A estação ferroviária não é uma graça?
Michael e eu fazemos piqueniques ali,” ela disse, apontando para uma
touceira de mato em um precipício. “Podemos dar a volta mais uma vez?”
Elizabeth está em sua forma mais elisabetana ao fazer o pedido ao
piloto. Mais uma vez, o vale de Neverland, todos os seus 2,700 acres,
girava lentamente abaixo de nós, as sombras alongando.
“O cinema de Neverland… flores… Michael adora flores,” disse Elizabeth. “Olhe para os cisnes no lago! Whee!”


Com cisnes assim você dificilmente vai precisar de rottweilers, eu
pensei. Os acres de gramado regados por aspersores subterrâneos eram
verde-escuro. Aqui e ali, como soldados de brinquedo, estava a equipe de
segurança uniformizada, alguns a pé, outros em carrinhos de golfe,
alguns de sentinela – porque Neverland também é uma fortaleza.


“Por favor, podemos dar apenas mais uma volta?” implorou Elizabeth.
“Para quê serve aquela estação de trem?” eu perguntei.
“Para as crianças doentes.”
“E todos esses brinquedos?”
“Para as crianças doentes.”
“Olhe para todas essas tendas.” Foi o meu primeiro vislumbre da coleção de tendas altas, escondidas na floresta.
“A aldeia indígena. As crianças doentes adoram aquele lugar”.
Mesmo a esta altura, lembrei-me de que este rancho da infância está
repleto de estátuas, que formam a estrada para os carrinhos de golfe:
tocadores de flauta pouco cativantes, crianças sorrindo, aglomerados de
crianças dando as mãos, algumas com banjos, algumas com varas de pesca.
Há estátuas de bronze de porte grande, também, como a peça central do
disco circular na frente da casa principal de Neverland, com a sua zona
escura e janelas quadriculadas, uma estátua de Mercúrio (deus das
mercadorias e comerciantes), com cerca de 30 pés de altura equilibrado
na ponta do pé, seu traseiro como um bolinho com manteiga apontado para o
último pôr do sol.
“Diga ao piloto que queremos descer um pouco! Descer!”


Era uma voz diferente novamente, ainda mais jovem. O piloto ouviu.
Ele nos trouxe para o vale seguinte, repleto de vacas, então passando ao
centro de Santa Bárbara e ao longo da costa, até quase o nível das
ondas quebrando.
Elizabeth começou a gritar com voz esganiçada, “Whee! Que pressa! Whee!”
Nossa proximidade com o oceano amplifica o barulho do motor, mas
Elizabeth ainda está faladeira. Ela inclinou-se e gritou no meu ouvido:
“Você já fez isso antes?”
“No Vietnã!” Eu gritei. “Não, aqui!” Ela parecia irritada, como se
eu a contradissesse deliberadamente. “Algumas vezes voamos tão baixo que
nos molhamos! Whee!”
O helicóptero retornou para os campos de morango e árvores de
fruto, e então voou para o leste, sob um céu escuro, em direção ao
aeroporto Van Nuys com uma limusine à espera.
Mas Elizabeth estava olhando para o céu e sua luz duradoura.


“É como uma Whistler Nocturne”, ela disse calmamente. A voz da
menina tinha ido embora. Este era um tom diferente: pensativo, adulto,
um pouco triste. E o que me impressionou foi a sua caracterização
precisa do céu, perfeitamente Whistlerish, com luzes redondas e sombras
pairando sobre Neverland.
“Então você é Wendy e Michael é Peter?” Eu havia perguntado um mês antes, em sua casa em Bel-Air.
“Sim. Sim. Há uma espécie de magia entre nós.


“Magia” tinha um som estranho neste cenário. Sentada ereta, sua
face lisa em seu pequeno corpo frágil, ela parecia uma peça perdida de
um tabuleiro de xadrez. Ela tem pouco mais que 1,50m. Um problema nas
costas, três operações no quadril, um tumor cerebral, uma lesão no
tornozelo (“Eu caí 17 vezes. Eu era como a Noviça Voadora!”). Em meados
de agosto, ela esteve no hospital Cedars-Sinai em Los Angeles por conta
de um dente impactado. Uma semana depois, em casa, ela tropeçou, sofreu
uma fratura em uma vértebra torácica e teve de voltar para o
Cedars-Sinai para um mês de recuperação (Seu relações públicas informou
que ela estava em “ótimo espírito”).


Elizabeth estava bebendo água encostada em almofadas, para
descansar as costas. Seus pés, em finos chinelos, descansavam sobre uma
mesa de centro na qual havia uma massa de pedaços de meteoritos – ou
eram geodos? – 40 ou mais deles, cristais roxos brilhantes em seu
interior. Atrás dela havia uma parede de obras de arte lado a lado: Van
Gogh prensado contra Monet, Rouault contra Cassatt, Matisse em cima de
Modigliani, três Utrillos lado a lado – e, depois do abajur da Tiffanny e
da mesa de vidro e cristal, o que parecia ser um diamante do tamanho de
um côco. “De Michael,”

Elizabeth explicou depois. “Ele disse que queria
me dar o maior diamante do mundo. É um cristal – não é divertido? Vá e
frente, levante-o.” Devia pessar uns 9 kilos, e seu brilho chegava até o
Frans Hals pendurado sobre a lareira. Havia prateleiras de cavalos de
bronze esculpidos por sua filha Liza Todd, uma dos seus quatro filhos. O
quadro do Picasso estava sobre o aquário de peixes. O tapete era
branco, da mesma brancura do pêlo de Sugar, assim como o cabelo de
Elizabeth, seus chinelos e a maioria dos móveis. A sala de troféus era
na porta ao lado, o quadro de Michael Jackson no salão (“Para o meu
verdadeiro amor, Elizabeth, eu te amarei para sempre, Michael”), um
quadro de Hockney e três Warhols (um ícone de uma serigrafia de
Elizabeth) na biblioteca, e quatro obras de Augustus John no banheiro.


Era fim de tarde. Elizabeth, uma coruja da noite e uma famosa
insone, não havia saído da cama há muito tempo, onde ela estava
escutando o álbum Romanza do cantor italiano Andrea Bocelli.
Seria um dia normal em ascensão ao meio da tarde, com muita música,
alguns programas de TV; uma volta ao redor da casa. Um encontro estava
planejado para mais tarde, mas nada especial. Rod Steiger era esperado.
Durante o último ano e meio, ele levava Elizabeth em sua pequena Honda
para comer hambúrgueres e frango frito.
“Eu fui agorafóbica por cerca de dois anos, ela disse.
“Não saía de casa, mal saía da cama. Rod Steiger me tirou daqui. Ele disse que eu estava deprimida. Então, nós namoramos.


“Namorar” é uma palavra extremamente opaca. Além de Steiger, que
nega que haja qualquer romance envolvido, ela também está saindo com
outro homem, Cary Schwartz, um dentista de Beverly Hills com pouco mais
de cinquenta anos, que a acompanhou ao seu aniversário no Bellagio Hotel
em Las Vegas (para assistir a Bocelli) com seus filhos adultos; José
Eber, seu cabelereiro; Dr. Arnie Klein, dermatologista de Michael
Jackson; e o próprio Jackson.
Tanto Klein como Eber haviam me mostrado a foto comemorativa do
aniversário – todos eles sorrindo à mesa do restaurante, Michael de
forma bem distinta ao presentear Elizabeth: uma bolsa com um elefante do
tamanho de uma bola de futebol coberto de jóias, inspirado em Gypsy.
“Já aconteceram algumas coisas na minha vida que as pessoas não
acreditariam,” conta Elizabeth, a propósito de me dizer que ela não
suportava olhar para o passado e por isso nunca contemplaria uma
autobiografia séria. “Porque alguns momentos da minha vida foram muito
dolorosos, eu não poderia revivê-los. É um dos motivos pelos quais eu
evito a psicologia. Eu não poderia voltar a alguns desses lugares e
revivê-los. Eu acho que ficaria louca.”


Mas Elizabeth Taylor, a imaginação que se fez carne, foi além de
seus desejos em uma série de vidas sobrepostas com um elenco de
milhares. Ela alega até mesmo que já morreu.
“Eu passei por aquele túnel,” ela conta, falando da traqueotomia
que fez em 1961, durante a qual ela disse ter sido declarada morta. “Eu
vi a luz branca e ela dizia, ‘Você tem de voltar’. Isso realmente
aconteceu. Eu não falei sobre isso porque eu pensei: isto é loucura!”
Ela admite que é o oposto de reflexiva. Talvez seja essa falta de vontade de olhar para o passado que explica o seu otimismo.


Ela reconheceu que, como Sra. Larry Fortensky, ela teve de ranger
os dentes para ir a um conselheiro matrimonial. “Mas eu pensei, por que
não? Eu vou tentar qualquer coisa.
Como Larry havia frequentado o conselheiro antes no decurso de um
ou de ambos os seus casamentos anteriores, Elizabeth disse: “Eles
tiveram uma conversa que se tornou uma espécie de código. Senti-me
deixada de fora. Mas fizemos isso. Entrávamos no carro e íamos para o
conselheiro. E então não nós falávamos até a próxima sessão.


Ela ria, com um tipo peculiar de alegria zombeteira que a torna
simpática. Esta risada fatalista a custa de si mesma vem depois da
menção de qualquer coisa absurdamente catastrófica – desastres conjugais
ou hospitalização ou acidente, ou sobre voltar dos mortos. Ela te deixa
à vontade – o seu subtexto é “Eu devo ser louca.” É também uma
atividade de deslocamento, porque a possibilidade de perceber pena ou
arrependimento em alguém, ela diz, pode reduzi-la à lágrimas indefesas.
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Entrevista Elizabeth Taylor falando sobre Michael - Talk Outubro 1999

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