Michael no Brasil em 1993
Em alguns brinquedos, ele foi duas vezes, como na montanha russa. No Barco Vicking, pedimos para ele tirar o chapéu porque iria voar com certeza. Ele nos ouviu e, pela primeira vez naquela noite, tirou o chapéu.
Para mim, a parte mais emocionante da visita foi quando entramos numa atração chamada Casa das Sombras. Havia um funcionário que colocava as músicas no ambiente e inesperadamente acionava um flash de grande potência e, por alguns segundos, sombras e gestos das pessoas ficavam fixados na parede.
O Michael ficou encantado e sempre repetia aquela pose dele famosa, segurando a ponta do chapéu com o joelho dobrado. Eu não acreditava que estava lá diante dele, e ainda de forma descontraída, brincando no parque.
Claro que fui aos shows dele e ainda em lugar privilegiado, ou seja no camarote da família dele. Lembro que estava o pai Sr Josef e mais algumas pessoas que viajaram com o Michael e que também estavam no parque.
Eu estou muito triste com a morte de Michael. Tinha esperança de vê-lo novamente caso ele fizesse algum show no Brasil. Jamais vou esquecer essa experiência.
*****************
Lembranças da Diretoria do Playcenter:
Milhares de pessoas do mundo inteiro gostariam de estar no Playcenter naquele dia 13 de outubro, às 20:00 horas. É que naquele exato momento chegava ao parque um dos visitantes mais ilustres que o Playcenter poderia receber na época, o megastar Michael Jackson.
No Playcenter a informação que ele viria tinha chego por volta das 14:00 horas daquela quarta-feira. Michael Jackson que adorava parque de diversões, em sua turnê pelo o Brasil na época, queria ir brincar no Playcenter, mas sem a presença dos visitantes.
Após acertos com a diretoria do parque, quatro seguranças estiveram minutos antes para verificar se estava tudo Ok no parque e deram o sinal verde para Michael Jackson. Em poucos minutos, o astro chegou ao parque, vestindo um jaleco militar, chapéu preto e óculos espelhados, acompanhado de 15 pessoas de sua equipe e mais três crianças. Na época como a notícia havia vazado, muitos jornalistas e curiosos se aglomeraram na entrada principal do parque, que ficava onde hoje temos a Boomerang e o Cataclisma, com isso eles tiveram que entrar pela a entrada que ficava na Rua Rubens Meirelles, próxima a Montanha Encantada.
A direção do Playcenter convocou apenas 12 colaboradores para acompanhar o ídolo e operar os equipamentos. O Enterprise foi o primeiro a ser escolhido por Michael Jackson, onde ele tirou o chapéu e os óculos pela a primeira e única vez durante a visita. Sempre falando pouco e com a voz baixa, ia escolhendo os brinquedos juntamente com as crianças que o acompanhavam. O segundo foi o La Bamba, e na seqüência a Casa dos Monstros, Ciclone, Tornado, Barca Viking, Trabant, Alpen Blitz, Gigantona, Labirinto, Montanha Encantada e Sombras Mágicas.
Segundo funcionários da época que o acompanharam, Michael Jackson foi bem discreto e educado, agradecendo ao operador cada vez que saía dos equipamentos, e demonstrou grande satisfação pela a Montanha Encantada, atração em que ele saiu aplaudindo.
Durante sua visita pediu música dos Beatles e foi prontamente atendido. Depois sua própria música tocou a pedido de uma das crianças.
Já próximo das 22:30 horas, antes de sair do parque, Michael pediu algumas das frutas do antigo stand de caramelados, que foram encaminhadas no dia seguinte ao hotel em que estava hospedado. Michael Jackson permaneceu no Playcenter durante duas horas e meia e o fato foi noticiado em todos os meios de comunicação do país.
Em toda a sua história, o Playcenter sempre recebeu de braços abertos os visitantes ilustres, mas lembra que os verdadeiros e mais importantes astros são os milhares de anônimos que freqüentam o parque e mantêm o nome do Playcenter cada vez mais vivo.