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Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson

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joanajackson

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MensagemAssunto: Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson Icon_minitimeSáb Jul 05, 2014 2:23 pm


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Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson Pcin10

William B. Van Valin

*Médico e amigo de Michael Jackson*
Fonte: hideout


Prólogo 

''Esta é uma história sobre conversas entre amigos. Uma história sobre alguém que me é querido e de quem sinto saudades a cada dia. Sim, ele era um ícone global, um gênio musical e uma alma gentil. Ele era acima de tudo o meu amigo. Meu nome é Barney. O nome do meu amigo era Michael Jackson.

Meu objetivo ao escrever o que vão ler é partilhar que eu conheci Michael por cinco anos incríveis. Eu acho que na verdade, eu não sou ninguém especial por ter tido o privilégio de entrar no mundo do Michael e muito menos para escrever sobre ele.

Eu não posso mudar o que as pessoas querem escrever sobre Michael, mas o que eu posso fazer é contar as conversas que tive com ele além dos portões de Neverland e na minha própria casa.''

Quando Michael e eu nos conhecemos

''Conheci Michael em 01 de Outubro de 2001. [Ele] foi ao meu consultório à procura de um médico local que fazia visitas a domicílio, provavelmente me localizou através da lista telefônica. Naquele dia, estava vendo pacientes, como de costume, quando a minha enfermeira Sue me disse, baixinho, que o próximo paciente era Michael Jackson.

Pelo seu sorriso eu sabia que não teria que perguntar se era alguém que se chamava como ele. Quando entrei na sala de consulta, Michael sentou-se em uma cadeira à minha esquerda, vestindo uma jaqueta azul com escudo dourado no bolso de peito esquerdo, uma camiseta com gola em V, o que parecia ser um pijama em seda marrom, meias brancas e sapatos pretos. 

Embora não tivesse chovido, Michael tinha um guarda-chuva, o qual tinha deixado encostado na parede à esquerda de sua cadeira.

Eu me apresentei como Dr. Van Valin, mas eu disse que ele poderia me chamar de Barney. 

Michael se levantou e disse: "Olá Dr. Barney. Eu sou Michael.''

Enquanto ele falava, juntou as palmas das suas mãos como se em oração e se curvou um pouco para mim. Sentou-se e tal como eu notei depois que fazia sempre quando se sentava, colocou uma revista em seu colo.

Eu disse: "Prazer em conhecê-lo, Michael."

Ele me agradeceu e, em seguida perguntou: "Lhe conheço? Me parece familiar. Eu acho que já vimos antes."

Lhe disse: "Não, nós não nos vimos antes e eu tenho certeza que eu me lembraria se tivesse sido assim. Mas no ano passado eu te vi na videolocadora de Los Olivos, mas não nos falamos. Minha filha Bianca veio me dizer que estava do outro lado da loja. Eu queria te ver, mas eu disse a ela que seria melhor deixá-lo fazer as compras em paz."

Depois de falar brevemente sobre as questões de saúde, falamos de outras coisas e descobrimos que tínhamos muitos interesses em comum. Ambos gostávamos de antiguidades, nós gostávamos da música dos anos 60 e 70, éramos ambos pais de crianças pequenas e nós gostávamos das cidades de Los Olivos e Santa Ynez Valley. 

Começamos a conversar sobre antiguidades e era óbvio que tinha uma boa coleção. Eu disse a ele que meus pais tinham sido proprietários de uma loja de antiguidades em Solvang e eu tinha sido o principal fornecedor de 1971 até 1984, quando saí do México para viver em Chicago. 

Me perguntou: ''Que tipo de coisas comprava no México?"

Eu disse-lhe que os meus favoritos eram os carrosséis. Eles os chamam de tiovivo e não sabia por que lhes chamavam assim.

Eu disse-lhe que os meus favoritos eram os feitos em miniatura para as crianças, como o do Jardim Zoológico de Santa Barbara. Achei que meu entusiasmo poderia lhe aborrecer, mas disse: "Eu não me lembro de alguma vez ter visto um carrossel em miniatura, tem algum, todavia?"

Eu disse: "O último foi vendido há muito tempo e não sei para onde foi.. As lojas de antiguidades no México são muito diferentes das daqui, Michael. Não se faz publicidade e tinha que ir de um lado para outro da cidade, perguntando às pessoas se havia um lugar que vendesse antiguidades.

Percebi que muitas pessoas não conhecem o termo e que aqueles que conheciam, me disseram que eu teria melhor sorte se procurasse em sucatas. Me deram as direções de uma cidade sem placas, apenas um número indicando a direção. 

Lá, eles me disseram que eu iria encontrar sucatas em abundância. Bati à porta e fui para uma pequena cozinha, onde atrás de uma porta, entrei no que para mim era o País das Maravilhas em um mundo perdido.

Verdadeiras antiguidades com várias centenas de anos, incluindo pinturas muito antigas, não só em tela, mas em estanho e cobre. Havia madeira talhada desde a época colonial, os santos de catedrais antigas ao redor do México, baús, bancos, todos os tipos de móveis de madeira entalhada, animais de carrossel, castiçais e até mesmo coisas que nem sequer sabiam o que era. 

Nada tinha preço. Eu só tinha que perguntar e eu poderia regatear um pouco, mas os preços eram ajustados. Eventualmente, eu conheci cada comerciante e cada loja de antiguidade em Guadalajara.''

Michael estava sentado escutando educadamente enquanto eu falava sem parar, até que finalmente me disse: "Eu amo carrosséis, também. Na verdade, eu tenho um no rancho."

Eu perguntei: "Ele é realmente feito com cavalos de madeira?"

"Sim, eu comprei em Los Alamo", disse ele. Ele estava se referindo a uma cidade a cerca de 15 minutos de seu rancho em Los Olivos. "Eu gostaria que você visse. Creio que se encantará.''

Você pode estar se perguntando se eu estava animado, tenso ou sem palavras por ficar sozinho em uma sala com o Rei do Pop. De fato, após a surpresa inicial quando a enfermeira me disse que Michael Jackson era o próximo paciente, e depois de falar com ele por um tempo, me senti como se eu tivesse voltado a falar com um velho amigo.

No final da visita, Michael me convidou para jantar naquela noite em Neverland. Eu perguntei se eu poderia levar meu filho Mason, de nove anos.

"Claro, traga-o. Vai ficar muito bem", disse.

Quando Michael se levantou para sair, ele apontou para uma revista - People - que estava sobre a mesa e disse: "Não deveria comprar essa. É uma revista horrível.''

Lhe disse rindo: ''Ok.''

continua...
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joanajackson

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MensagemAssunto: Re: Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson Icon_minitimeSeg Jul 07, 2014 10:07 pm


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O jantar na casa de Michael

''Quando terminei de atender meus pacientes deste dia, eu chamei minha esposa Criss. Eu disse a ela que eu tinha conhecido Michael Jackson e eu tinha sido convidado para o jantar, juntamente com Mason, naquela noite.

Pedi-lhe para não contar a Mason para onde estávamos indo, apenas para se vestir, porque teria uma surpresa para ele. Quando cheguei em casa, ele estava pronto para sair com calças cáqui, uma camisa branca e uma gravata.

"Vamos a um lugar incrível esta noite, Mason."

Quando saímos da estrada, Mason me olhou sorrindo e disse: "Vamos para a casa de Michael Jackson, certo, pai?

Não estou muito certo porque ele adivinhou, exceto porque na realidade, havia apenas um lugar incrível onde você poderia ir nesta área: Neverland.

Mason conhecia a generosidade de Michael com as escolas de Santa Ynez Valley. Ele costumava convidar a vários cursos de escolas da região para seu rancho, para o almoço ou jantar, entrar nas atrações, visitar o jardim zoológico e assistir a um filme. Ele fazia isso muitas vezes. Nos anos seguintes, muitas vezes, ouvi Michael dizer: "Ninguém paga nada em Neverland.''

Olhei para Mason com um sorriso e acenei com a cabeça, dizendo: "Sim, nós vamos lá." E assim começou: quase cinco anos de amizade, como nenhuma outra.

A entrada de Neverland ficava cerca de seis quilômetros de minha casa em Ballard [uma parte da cidade de Solvang]. Você tem de dirigir através de Los Olivos na Rodovia 154, passar pelo rancho Chamberlin até aos portões exteriores que levam para o rancho de Michael. Um rancho de 2.800 acres.

O caminho até sua casa serpenteia através de um campo aberto cheio de colinas, carvalho e artemísias e havia sempre javalis, lebres e cervos cruzando a estrada.

A casa de Michael não era visível da porta da frente, onde nos foi solicitado que parássemos e assinássemos antes de entrar no rancho. Era um formulário sobre o comportamento dentro do rancho, quando você fosse convidado e o aviso de que as fotografias eram totalmente proibidas no interior.

Portanto, todas as câmeras e telefones celulares que pudessem tirar fotos teriam que ficar lá para ser retirados no momento da partida.

Desde a porta de entrada, havia uma estrada com cerca de um quilômetro e meio até os portões de ferro forjado de Neverland. Essas portas não eram visíveis até que se subisse uma colina de onde se vê um dos lagos da casa, dando uma ideia da grandiosidade do lugar.

Os animais vagavam livremente e, por vezes, me encontraria no meio do caminho tendo que afugentá-los, a fim de continuar. Michael me disse durante a consulta que eu fosse cuidadoso e ''dirigisse lentamente."

Enquanto me aproximava, as portas se abriram automaticamente. Elas eram enormes e muito ornamentadas. Acima das mesmas e em forma de arco, se lê em letras douradas "Neverland" e sobre elas, o nome de Michael Jackson escrito horizontalmente em um laço dourado.

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Passando os portões, a estrada se dividia em direita e esquerda ao longo do lago. Disseram-me para seguir o caminho à direita. No final se atravessava uma ponte de pedra onde havia uma cascata sobre um segundo lago, quase do mesmo tamanho que o primeiro e, por baixo, passava uma corrente que ligava ambos os lagos.

Espalhadas ao longo do lago havia estátuas de bronze em tamanho natural de crianças brincando. Do outro lado da ponte vi um motorista próximo a quatro limusines Rolls Royce pretos, que nos fez sinal para que estacionássemos ao seu lado.

Quando saímos do carro, a porta principal da casa estava aberta e oito serviçais se alinharam nas escadas para nos dar as boas vindas.

Michael estava no topo da escada na entrada. Cada funcionário havia recebido a instrução para acenar com as mãos e se apresentar enquanto nós passássemos.

Este era um Michael diferente do que eu tinha visto no meu consultório, mais cedo. Ele estava muito no controle. Ele parecia acostumado a estar no comando na forma como instruía sua equipe, que agora voltava para suas funções regulares.

Depois que eles foram embora, eu apresentei Mason para Michael, que por sua vez nos apresentou ao Prínce - com três anos - e Paris - dois anos - que estava de pé atrás dele, enquanto ele saía para nos receber.

Paris estava bastante tímida e abraçava a perna direita de Michael, enquanto nos olhava através dele. Prínce foi bastante cavalheiro ao se aproximar, apertou nossas mãos e disse que ele teria o prazer de nos conhecer. Michael tentou fazer com que Paris nos dissesse ''oi'', mas tudo o que ela fez foi esconder a cabeça em seu pijama.

Isto fez Michael rir um pouco e ele disse: ''Paris, sua applehead.''

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Eventualmente, depois de ouvir essa palavra usada em uma série de momentos diferentes ao longo do próximo mês, eu descobri que applehead [cabeça-de-maçã] era na verdade um termo carinhoso que Michael usava com quem estava sendo bobo.

Sem ninguém de sua equipe em torno dele, Michael era muito suave, como a pessoa que eu havia conhecido em meu consultório.''

Ao entrar pela porta da frente, a primeira coisa que notei foi um aroma adorável de perfume no ar, eu supus que veio de uma tigela com potpourri que estava em uma mesa à esquerda de uma porta. A segunda coisa que notei foi que eu estava cercado por uma música clássica calma. O sistema foi cuidadosamente projetado de modo que parecesse que a música estava no ar, sem nenhum alto-falante visível em qualquer lugar.
A porta à esquerda que leva para a sala de jantar era um manequim em tamanho real vestido como um mordomo Inglês com braço estendido e a palma de sua mão ele segurava uma bandeja de biscoitos recém-assados ​​e fresco. À minha esquerda, um corredor, que soube mais tarde,que era o quarto de Michael. À minha direita, havia uma escada com corrimão de carvalho esculpidas que levava ao segundo andar. Na parede em frente à escadaria, tinha pendurado uma grande pintura que mostrava Michael sentado em uma cama de flores com uma longa fila de crianças a segui-lo. Havia várias pinturas similares pela casa, todos do mesmo artista, com um estilo inconfundível. Eu senti como se estivesse caminhando por um museu.

Michael, Prince e Paris dirigiu-se ao caminho para a sala de jantar, onde Michael sentou-se à cabeceira da mesa. Mason sentou-se à direita de Michael, Prince para a esquerda, eu me sentei ao lado de Mason vs Paris que passava pouco tempo em sua cadeira preferindo sentar-se no colo de Michael. Em seguida, uma mulher veio da cozinha com uma bandeja em que fumegava toalhas perfumadas, para limpar as mãos antes do jantar.

Ele nos deu um menu para cada um de nós com silhuetas crianças de saltando na grama, feitos especialmente para aquela noite. Lembro-me muito bem naquela noite. Apesar de um novo menu ser impresso diariamente, os pratos não mudou muito no seguinte  jantar. Sempre tinha cachorros-quentes, hambúrgueres, palitos de peixe e frango chimichanga. Os pratos veio guarnecido com feijão verde, milho e cenouras. Naquela noite, comemos bastante cachorro quente cachorros-quentes. Eu não me lembro muito de Paris comer qualquer coisa, o tempo todo sentado ao lado de Michael. Michael levou palitos de peixes com feijão verde e milho.

Enquanto estávamos jantando, Michael e eu estávamos conversando e Prince, estava ouvindo a nossa conversa, ele disse: "Ei, Barney, você sabe que nós iremos depois do jantar para a sala de jogos" Antes que Michael pudesse responder, disse: "? Prince, o que você fez", e Prince, parecendo confuso primeiro virou-se para Michael e disse com um sorriso: ". Ah, sim, me entrometí" e Michael disse: "Exatamente, então eu fiz. ? Agora, o "Prínce, ainda sorrindo e orgulhoso por ter respondido bem a pergunta, ele se virou para mim e disse:" Desculpe, me entrometí, Barney "Eu disse que o pedido de desculpas foi aceito e falaria com ele. em um minuto. Eu voltando para Michael me disse: "Você está animado porque estamos indo para a sala de jogo esta noite." Depois Michael me disse que o quarto era restrito, exceto para ocasiões especiais.

Todos os copos sobre a mesa estavam o que parecia ser cubos de gelo, mas eles eram de plástico com luzes vermelhas e azuis dentro. Michael era muito orgulhoso deles e nós fomos os primeiros a usá-los. Qualquer bebida que você quizesse ou que você poderia imaginar, encontraria na cozinha. Lembro-me de tomar suco de maçã Michael Martinelli. Como de costume, para o jantar. Eu nunca o vi beber chá ou café. Nem o vi beber cerveja, vinho ou outra bebida alcoólica.
Michael estava vestido com as mesmas roupas que usara para a minha consulta. Para outros jantares no rancho seu traje não difere muito daquela noite. A maioria de suas roupas eram próprios, mas qualquer coisa que ele usava lhe convinha.

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MensagemAssunto: Re: Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson Icon_minitimeQua Jul 23, 2014 7:41 pm


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''Ao entrar pela porta da frente, a primeira coisa que notei foi um aroma adorável no ar e eu supunha que viesse de uma tigela com potpourri que estava em uma mesa à esquerda de uma porta.

A segunda coisa que notei foi que eu estava cercado por uma tranquila música clássica. O sistema foi cuidadosamente projetado de modo que parecesse que a música estava no ar sem nenhum alto-falante visível em nenhuma parte.

Na porta à esquerda que dava para a sala de jantar havia um manequim em tamanho real vestido como um mordomo inglês com o braço estendido e na palma de sua mão havia uma bandeja de biscoitos frescos e recém-assados.

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À minha esquerda, através de um corredor, estava o que soube mais tarde que era o quarto de Michael. À minha direita, um pouco mais adiante havia uma escada com corrimão de carvalho esculpido que levava ao segundo andar.

Na parede oposta â escadaria, estava pendurada uma grande pintura que mostra Michael sentado em um leito de flores. com uma longa fila de crianças a segui-lo e rodeando-o. Havia várias pinturas similares pela casa, todos do mesmo artista, com um estilo inconfundível. Eu me senti como se estivesse passeando por um museu.

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Michael, Prince e Paris lideraram o caminho para a sala de jantar, onde Michael sentou-se à cabeceira da mesa. Mason sentou-se à direita de Michael, Prince à esquerda, eu me sentei ao lado de Mason e de frente à Paris, a qual passava pouco tempo em sua cadeira, preferindo sentar-se no colo de Michael. 

Em seguida, uma mulher veio da cozinha com uma bandeja onde havia toalhas de mão perfumadas para nos limparmos antes do jantar. Nos deram um menu para cada um de nós - com silhuetas de crianças saltando na grama - feito especialmente para aquela noite. 

Lembro-me muito daquela noite. Apesar de um novo menu ser impresso diariamente, os pratos não mudaram muito nos jantares seguintes, em relação ao primeiro.

Sempre havia cachorros-quentes, hambúrgueres, palitos de peixe e de frango e chimichangas* [tortilhas mexicanas - nota do blog]. Os pratos vinham guarnecidos com vagens, milho ou cenouras.

Naquela noite, eu escolhi chimichangas e Mason e Prince comeram cachorros-quentes. Eu não me lembro muito de Paris comer qualquer coisa, o tempo todo sentada junto de Michael. Michael pegou palitos de peixe com ervilhas e milho.

Enquanto estávamos jantando, Michael e eu estávamos conversando e Prince, que estava ouvindo a nossa conversa, disse: "Ei, Barney, você sabe que depois do jantar nós estamos indo para a sala de jogos?''

Antes que eu pudesse responder, Michael disse: "Prince, o que foi que você fez?" e Prince, parecendo primeiro confuso, virou-se para Michael e disse com um sorriso: ". Ah, sim, eu me intrometi."

E Michael disse: "Exatamente, e agora o quê?''

Agora, Prínce ainda sorrindo e orgulhoso por ter respondido bem à pergunta, virou-se para mim e disse:

"Desculpe-me, eu me intrometi, Barney.''

Eu lhe disse que o pedido de desculpas foi aceito e que falaria com ele em um minuto. Voltando-se para mim, Michael me disse: "Está animado porque estamos indo para a sala de jogo esta noite."

Depois Michael disse-me que a sala lhes era restrita, exceto para ocasiões especiais e disse: "Se eu não fizer assim, logo se entediam e não a verão como algo especial. Não quero que lhe deem como certa.''

Todos os copos sobre a mesa estavam com o que pareciam ser cubos de gelo, mas eles eram de plástico com luzes vermelhas e azuis em seu interior. Michael estava muito orgulhoso deles e nós fomos os primeiros a usá-los. Qualquer outra bebida que você pudesse querer ou pudesse imaginar, você poderia encontrar na cozinha.

Lembro-me que Michael tomou suco de maçã Martinelli. Como quase sempre, para o jantar. Eu nunca o vi beber chá ou café. Nem tampouco o vi beber cerveja, vinho ou outra bebida alcoólica.

Michael estava vestido com as mesmas roupas que usara para a minha consulta. Para outros jantares no rancho seu traje não diferiu muito daquela noite. A maioria de suas roupas era de sua própria criação, mas qualquer coisa que colocasse lhe cairia bem.

A sala de jogos

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Depois do jantar, a sobremesa foi servida na sala de jogos logo atrás da casa. Eu tinha estado naquela construção há muitos anos atrás, logo depois que a casa foi construída por um amigo da família, chamado Bill Bone. Foi construída entre a piscina e o campo de tênis.

Quando eu vi a quadra de tênis, me lembrei de ter jogado lá há alguns anos. Ao entrar na sala, eu vi que havia um segundo andar, o qual eu não me lembrava de ter visto antes. Na verdade, a única coisa que eu reconheci foi a escada que leva para baixo, para o que era então uma adega bem abastecida.

Agora, cada tipo de vídeo game que vocês podem imaginar ocupava cada centímetro de espaço dentro da casa. Havia máquinas de pinball, uma cabine de fotos e até mesmo uma daquelas máquinas para gravar moedas. 

Soava música rock em todas as máquinas e o barulho no local era tal que você tinha que gritar para falar com alguém ao seu lado. Lembro-me de pensar que a conta de energia elétrica devia ser enorme.

Havia um grande jogo de vídeo, no qual de fato subímos, que ocupava o espaço que tinha sido a entrada do campo de tênis. Uma vez dentro do jogo, era como se fosse um piloto de caça em uma cabine da aeronave.

Quando você colocava seu cinto e a porta se fechasse, havia uma tela na minha frente na qual eu poderia visualizar os aviões inimigos em voo.

Se você virasse o volante para a esquerda ou direita, todo o aparelho fazia o mesmo. Se você se jogasse para trás, a máquina inteira girava e te colocava para trás, de modo que um pouco mais e teria dado a volta inteira!

Tão divertido como parecia ser, te deixava tão desorientado que me fez sentir um pouco mal e tive que parar e sair. Eu disse para Mason que o experimentasse, mas eu acho que era um pouco intimidador para ele porque se recusou.

Havia um bar em uma das paredes que servia sorvete de chocolate, baunilha e uma mistura dos dois sabores, se quisesse. Também um refrigerador com portas de vidro para poder se ver no interior. Havia todos os tipos de sorvete, Eskimo Pies, Big Stcks e Haagen Dazs. Perto dele estava um balcão com frente de vidro, atrás do qual estavam todos os tipos de presentes que você pode imaginar.

Fomos todos de um lado para o outro experimentando diferentes jogos.

Lembro-me de ter olhado para Michael em um determinado momento em que a música estava tocando em alto volume e ele estava fazendo o moonwalk e dançando como se fosse a única pessoa na sala. Ele não estava se exibindo, apenas apreciando a música. Seria a única vez que o vi fazer isso.

Em futuras visitas lhe pedi em diferentes ocasiões para me mostrar como ele fazia isso, mas sempre tinha uma desculpa para não fazê-lo [os sapatos não eram adequados, seus pés estavam doendo, o piso era era impróprio, etc]. No final eu me dei conta de que provavelmente lhe haviam pedido para fazer isso demasiadas vezes.

Uma vez eu lhe perguntei o que aconteceria se fizesse o contrário e ele me perguntou: ''O que você quer dizer?"

Eu disse: "Bem, quando você faz o moonwalk parece que você está tentando andar para trás em uma esteira rolante do aeroporto, indo no sentido oposto. E se você tentar fazer o contrário... o que pareceria se você tentasse andar ao contrário? Pareceria que você está andando para trás em uma esteira indo para a frente.''

Michael pensou por um minuto e disse:"Eu não sei. Vou ter que pensar sobre isso."

Eu nunca perguntei a ele se o havia tentado alguma vez.

Acho que a única razão pela qual eu pedi para ele me ensinar o moonwalk tantas vezes foi porque Michael era famoso por este movimento. Apesar de nunca ter concordado em fazê-lo, tenho algo a acrescentar à história.

Em uma de nossas conversas o tema ressurgiu e lhe perguntei:

''Como é que surgiu o moonwalk para você? Você estava trabalhando em movimentos de dança e teve alguma faísca que fez você pensar sobre isso?''

Ele sorriu e me olhou de frente, dizendo: "Você realmente acha que eu o criei?"

Eu sorri de volta e disse: "Claro, eu sempre imaginei, porque eu nunca vi ninguém fazer isso."

Michael disse: "Bem, eu nunca o fiz até que um dia na cidade de New York. Eu estava sentado na parte de trás de uma limusine, olhando pela janela. Nós estávamos em uma rua quando vimos alguns caras dançando e girando e foi aí que eu vi. Um deles estava fazendo o moonwalk. Eu tive que sair e vê-lo de perto, então eu disse ao motorista para parar e recuar. Eu saí e atravessei a rua até a esquina e pedi-lhe para mostrar-me como ele fazia isso e ele o fez. Eu não posso me dar o crédito por isso. Foi este grupo de crianças que me ensinou. Depois eu tentei no palco e a multidão foi à loucura, e assim eu continuei a fazê-lo como parte do show."

Quando eu lembro-me da história que Michael contou-me, eu não posso deixar de sorrir enquanto eu penso naqueles meninos; no que deve ter sido para aqueles meninos quando Michael Jackson se aproximou deles na rua, dessa maneira. Provavelmente eles ainda contam essa história.''

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MensagemAssunto: Re: Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson Icon_minitimeQua Jul 23, 2014 7:59 pm


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No piso superior


''Depois de passarmos quase uma hora na sala de jogos, Michael me disse que queria nos levar para casa para nos mostrar algo. Para entrar novamente na casa teria que pressionar um código eletrônico a fim de abrir a porta.

Nos levou até uma [outra] grande sala de jogos acima da sala de jantar. Ao fundo, havia uma figura em tamanho natural de Darth Vader feita totalmente de Legos.

Depois de nos contar a sua origem - a qual eu esqueci - Michael foi para os armários e gavetas que tinha na sala e começou a puxar brinquedos e dar-lhes a Mason. Michael estava tão animado tirando os brinquedos do armário quanto Mason que observava os que ele retirava.

Lembro-me dele puxando uma máscara de borracha de Darth Maul e a dando para o meu filho, dizendo: 

"Pegue, Mason, eu quero que você fique com isso. Você sabe quem é Darth Maul?"

Mason respondeu: "Sim, eu sei, mas não posso aceitá-la. Sei o quanto custa e é muito cara."

Michael disse: "Não, está tudo bem, de verdade. Eu insisto que fique com ela."

Mason olhou para mim e eu sorri, consentindo. Ele se virou para Michael e disse:

"Ok. Eu vou aceitá-la com uma condição."

Michael perguntou: "Qual?''

Mason disse: "Que você a autografe no seu interior.''

Michael riu, olhando para mim, abriu os olhos um pouco e balançando a cabeça, disse: "Menino esperto.''

Michael virou a máscara de dentro para fora e começou a assiná-la. Ele escreveu: "Para Mason, seu amigo Michael Jackson."

Embora Michael tenha tentado lhe dar muitos mais brinquedos, Mason estava completamente satisfeito com a máscara de Darth Maul* [personagem do filme Star Wars - nota do blog].

Depois de deixarmos a sala de jogos, Michael nos levou para o cinema, a meia milha da casa. Era uma grande habitação com um caminho circular em frente a algumas estátuas de bronze representando crianças junto a um dos lados da porta de entrada.

Nós fomos para dentro, onde havia um balcão de vidro repleto com todos os tipos de guloseimas que se possa imaginar. Atrás do balcão estava uma máquina de pipoca e uma máquina de sorvete, ao lado.

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Também havia outro grande congelador com portas de vidro de correr e cheio de sorvete. Servimos-nos de um pouco de sorvete com alguns dos acompanhamentos que estavam disponíveis. Michael chamou o operador para que viesse preparar um pouco de pipoca.

"Eu mantenho tudo isso abastecido para que as crianças que vêm das escolas para passar o dia em Neverland possam ter tudo o que quiser. Não há caixa registradora aqui, porque ninguém paga nada em Neverland", disse Michael.

Em cada lado do balcão havia portas que direcionavam ao teatro. As cadeiras poderiam se inclinar para trás e você pode balançar sobre elas. Elas eram tão grandes e confortáveis ​​quanto os assentos de salão. 

A sala da frente tinham grandes cortinas que se abriam, revelando a tela atrás. Esta levantou-se a revelar um palco com piso de madeira, onde Michael disse que praticava suas danças para os seus vídeos.

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Na parte de trás do teatro havia duas grandes janelas de vidro na parede. Através delas poderia se ver uma cama em cada uma. Michael disse que foi incluído no projeto do quarto para crianças acamadas poder desfrutar de um filme em um cinema real. Nesta noite nós vimos um filme, mas [também] vimos muitos desenhos animados e alguns dos vídeos de Michael.

Eventualmente vimos neste teatro muitos filmes que estavam sendo projetados simultaneamente nos cinemas. Michael tinha algum tipo de acordo para obter cada novo lançamento. Na verdade, para o teatro havia cartazes anunciando novas versões ou lançamentos futuros em Neverland, pendurados em grandes painéis de vidro, em ambos os lados da estrada.

Depois de sair do cinema fomos a uma enorme feira cheia de cerâmicas, como as que podem ser encontradas em um parque de diversões. Toda a área estava iluminada com luzes coloridas brilhantes. 

A música soava em todas as atrações e Michael nos levou primeiro para os carrinhos de choque. Dois jovens estavam sempre lá para nos levar para a atração que quiséssemos. Os carros de choque eram, de fato, um dos mais engraçados e Michael era selvagem, indo o mais rápido que pudesse, tentando acertar alguém que estivesse desprevenido. Então ele se virava e saía assobiando e rindo.

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Fora da casa de carrinhos de choque tinha um monte de telões com pelo menos três metros de altura, nos quais Michael disse que ele poderia jogar com os jogos do XboxGame Cube ou mesmo assistir a filmes. Eles haviam sido utilizados na primeira etapa de sua turnê mundial como parte dos adereços, bem como telas para assistir ao concerto.

Passamos por este lugar e subimos umas escadas para o lado das colinas, carregando alguns sacos de algodão, sobre os quais deslizamos por um tobogã com altos e baixos e muito parecido com o que você veria em uma feira do condado, só que muito maior. Era engraçado o suficiente para repetirmos várias vezes e Michael parecia passar tão bem como nós.

De lá, ele me levou para ver o carrossel sobre o qual tinha falado comigo antes. Era todo uma beleza. Havia animais e assentos de madeira esculpidos à mão, que pareciam trenós e tinham cabeças de dragão esculpidas nas laterais.

Ao redor de toda a atração estavam os cenários originais pintados à mão e espelhos. Havia espelhos também no centro, onde você poderia se olhar enquanto dava voltas, e saía música através deles. A música soava como um Calliope, mas não lembro de ter visto as flautas que poderiam produzir esse som único.

Fomos para o Sea Dragon que era, na verdade, um navio Viking que subia tão alto que parecia que iria te deixar cair. Mason subiu nele com reservas e cobriu os olhos o tempo todo. Na verdade, a atração parou mais cedo porque ele estava com medo. 

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Havia sorvetes e barracas de pipoca espalhados entre as atrações. Outra atração na qual estivemos foi ''As Cadeiras Voadoras''. Uma coisa boa sobre as atrações de lá é que não havia limite de tempo. Apenas se fazia um sinal ao operador para que parasse ou continuasse.

Quando nos cansamos das atrações, Michael chamou uma das limusines Rolls Royce para nos pegar e nos levar de volta para casa. Michael disse adeus da porta da frente e disse: "Obrigado por ter vindo. Eu tive um grande momento."

Respondemos o mesmo, agradecendo pelo tempo tão maravilhoso e fomos para o nosso carro. Enquanto nos conduzíamos à saída, Mason disse, "Ei papai, o que é isso?"

Olhei no banco de trás e havia três sacolas grandes cheias de todos os brinquedos os quais Mason tinha educadamente recusado ​​na sala de jogos. Isso incluia um Xbox e un Game Cube com alguns jogos cada. Em outras visitas ao rancho, acontecia sempre a mesma coisa.

Ao sairmos, Michael sempre fazia encher o banco de trás do carro com presentes. E com o tempo, quando Michael começou a vir à nossa casa, nunca chegava sem uma porção de DVDs.

No dia seguinte, Mason foi à escola e durante o recreio contou à classe que havia estado na casa de Michael Jackson e jantado com ele.

Muitos na classe riam e riam, dizendo: "Sim, certo. Claro que estava, Mason."

Eles não iriam acreditar nele. Desde então, Mason nunca mais falou disso. Guardava para si mesmo todas as visitas de Michael e todas as viagens ao rancho. 

Eventualmente eu ia para a casa de Michael [sozinho ou com minha família] e ele vinha à minha casa, muitas vezes acompanhado de Prince e Paris. Nós víamos um ao outro ou nos falávamos ao telefone quase todas as semanas por todos os próximos quatro ou cinco anos, exceto quando ele estava em viagem de negócios.''

Continua...

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MensagemAssunto: Re: Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson Conversas Privadas em Neverland Com Michael Jackson Icon_minitimeSex Ago 08, 2014 9:22 pm


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A fama e Deus

''Um dia, Michael me ligou e perguntou se eu queria sair com ele. "Sim", eu disse, como sempre. Quando cheguei ao rancho me levaram para a biblioteca onde Michael me esperava, como de costume. Quando nos sentamos, Michael tinha a sua habitual revista sobre as pernas e enquanto conversávamos, folheava a revista.

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Havia um grande álbum de fotografias de couro sobre a mesa de café e eu sorri ao ver as fotos de Michael com o presidente Ronald Reagan, a princesa Diana, Elizabeth Taylor e outras celebridades.Também vi Michael marchando à frente de alguns desfiles militares.

Fiquei chocado que essa era, na realidade, a única coisa na casa a indicar quem ele era ou o nível de sua fama. O mobiliário elegante ou a propriedade tão bem cuidada apontavam para um homem muito rico.

Eu nunca vi recortes de jornais, troféus, discos de ouro e outros prêmios que você espera ver em algum lugar da casa. Eu perguntei sobre isso e ele disse, sorrindo: "Tudo isso eu tenho em uma outra casa, ao lado da propriedade.''

Eu perguntei: "Por que você não coloca algo aqui, onde todos podemos ver?"

"Bem, eu não gosto dos arrogantes e não quero ser um deles. Se eu mantiver todas essas coisas ao meu redor, onde todos possam vê-los, acabará por ser o tema da conversa e há muitas coisas mais interessantes para se falar. Eu não quero que me lembrem quem eu sou e o que eu tenho feito, e acabar pensando mais em mim mesmo do que seria bom'', disse ele.

Eu pensei sobre isso por um minuto e lhe disse:

''Você vê Michael, você tem mais direito de ser presunçoso, egoísta e impossível do qualquer outra pessoa no mundo - embora ninguém realmente tenha o direito de sê-lo - e você não é um desses. Sempre ouço sobre como é impossível de se tratar alguns atores ou pessoas famosas ou trabalhar com eles, exigentes como eles são. Você ouve falar de quão cruéis podem ser, ao lhes pedir ajuda. Minha irmã Jewel, que é comissária de voo em Delta, uma vez me contou sobre uma senhora que voava pela primeira classe e não falava com as funcionárias, quando lhe perguntavam se ela precisava de alguma coisa. Uma delas perguntou ao marido:

"Desculpe-me senhor, a sua esposa é surda?''

"Não, é que ela não fala com as comissárias de bordo", ele respondeu. É a isso que eu me refiro. Você parece ter saído disso completamente ileso. Como você conseguiu isso?"

Michael olhou para mim e disse simplesmente: "Porque não sou eu."

"O que você quer dizer?" eu perguntei.

"Quero dizer que é um dom que eu tenho. É um presente de Deus. Ele me deu tudo isso e não é realmente meu. Eu decidi há muito tempo que seria melhor conceder a Ele o crédito que [supostamente] deveria conceder a mim mesmo. Dessa forma eu não estarei tentado a fazê-lo. quase todas as coisas que eu tenho que me lembram a mim mesmo eu as mantenho longe dos meus olhos nesta casa'', ele respondeu.

Eu me lembro de pensar que era uma resposta perfeita. Sorrindo, eu lhe disse: "Michael, me leva um dia desses para me mostrar esta casa?" Ele olhou para mim sorrindo e disse: "Um dia desses,''

Michael me faz uma visita

Às vezes eu abria a porta da minha casa para ir ao trabalho e Michael estava lá de pé, na frente dela. Ele não tinha ligado, o que era engraçado, mas era típico dele. Ele esperava do lado de fora até que alguém saísse. Dizia: "Oi Barney" com sua voz calma e suave: "Posso entrar?"

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"Claro," eu dizia, "mas eu tenho que ir trabalhar. Eu tenho pacientes à espera da consulta. Entre e sinta-se em casa. Vou dizer a Criss que você está aqui."

Eu sempre lhe perguntava por quanto tempo ele estava esperando e ele sempre dizia: ''alguns minutos" ou "acabo de chegar''.

Naquele dia em particular eu me lembro de ao sair, perguntar ao motorista que se chamava Manuel Rivera, por quanto tempo eles estavam esperando. Olhando para o relógio, ele me disse que estavam sentados no carro há cerca de trinta minutos.

Michael entrou, pegou uma revista da mesa e sentou-se no que se tornou o seu canto favorito da sala. Era uma cadeira muito simples, sem braços, de cor creme e estofada em veludo preto. Eu fui para acordar minha esposa e dizer-lhe que Michael estava na sala.

Ela disse: "Diga-lhe que já vou vê-lo'', o que eu fiz e eu me despedi para ir ao trabalho. Criss disse-me mais tarde que ela desceu as escadas, cumprimentou Michael e lhe perguntou: "Você está com fome, Michael? Posso preparar algo para o café da manhã... uma tigela de cereais...?''

"Não, obrigado, Criss", disse Michael. Mas ao deixar a sala pareceu ter mudado de ideia e disse com um sorriso: "O que você tem?'' Ela sorriu de volta e respondeu: ''CornflakesRaisin BranAlpha-Bits…”

"Vou ficar com esse [último]'', disse ele.

Minha esposa me ligou ao meio-dia para me dizer que Michael ainda estava lá. As crianças tinham levantado e o encontraram na sala de estar e ela decidiu deixá-los em casa para brincar com ele e lhe fazer companhia. Ela disse que eles estavam todos assistindo a um filme e comendo pizza. Michael tinha enviado Manuel para buscar o almoço e alguns lanches.

Quando cheguei em casa cerca de seis da tarde, seu carro ainda estava estacionado na frente da cerca. Manuel estava sentado e lendo um livro, esperando pacientemente as instruções de Michael.

No interior, Michael e a minha filha Bianca estavam sentados no chão, jogando Monopólio. Havia almofadas espalhadas pela sala. Caixas de pizza aqui e ali e algumas garrafas vazias de suco de maçã Martinelli sobre a mesa. 

Além deste, havia outros jogos deixados de lado, significando que eles poderiam ter ficado desinteressados em algum outro momento. Colocaram desenhos animados na televisão.

Quando entrei na sala, Michael sorriu para mim e disse: "Oi Barney. Como foi seu dia? "

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"Bem, obrigado. Como o seu?", eu disse.

"O melhor de todos!'', respondeu.

Em uma de suas muitas visitas à casa, recordo que ele ne perguntou: "Barney, o que devo fazer para que os meus filhos cresçam igual aos seus?''

Eu lhe disse que ele não tinha que se preocupar, que ele estava fazendo muito bem. Na verdade, eu lhe disse que estava fazendo um trabalho melhor do que o meu, a julgar pelo bom comportamento de Prince e Paris [Blanket ainda não tinha chegado].

Eu disse: "Seus filhos são incrivelmente bem comportados. Sempre dizem ''obrigado'' e ''desculpe'', quando apropriado. Eu acho que eles são um bom exemplo para os meus.''

Se Michael viesse à minha casa, trazia com frequência Prince e Paris e por vezes, Grace [a babá] vinha com eles para ajudar. Ela era como uma mãe para Prince e Paris e estava quase sempre com eles quando eu ia ao rancho. Era muito boa cuidando deles e muito atenta às suas necessidades, como uma mãe teria sido.

Quando eu perguntei a Michael porque ele abandonou o rancho pela nossa pequena casa em Ballard, a cada nova visita ele sempre dava a mesma razão:

"Tenho companhia no rancho e eu não quero estar com eles. Eu sei que eles vão estar bem atendidos pelo meu pessoal e estão livres para usufruir o rancho como se estivessem em sua casa. Eu só quero ficar aqui.''

Michael parecia curioso sobre como outras pessoas viviam e ainda que eu nunca lhe tivesse perguntado a respeito, acredito que se perguntava se fazíamos coisas diferentes das que ele fazia. Digo isso por conta de algumas perguntas que ele fazia.

Especificamente, quando ir ao banheiro costumava olhar nas gavetas dos móveis que estavam lá. Certamente curioso para saber o que tínhamos em relação ao que ele tinha. Sentia o perfume de algumas das colônias que ficavam em um armário, dizendo: 'Nunca podemos sair por aí cheirando mal.' E claro, ele nunca o fazia.''

Continua...
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