Paul McCartney e a Sony/ATV Music chegaram a um acordo confidencial para finalizar uma batalha judicial, na qual o artista reclamava os direitos autorais de canções dos Beatles. Em janeiro, o ex-integrante dos Fab Four processou a gravadora, pedindo uma declaração que dissesse que ele poderia reivindicar mais de 260 produções, incluindo algumas creditadas a si e John Lennon, como "I Want to Hold Your Hand", "Yesterday" e "Hey Jude". Entretanto, documentos registrados na última quinta-feira, na Corte Distrital de Manhattan, encerram o esforço preventivo do músico de 75 anos.

De acordo com o site Hollywood Reporter, o advogado de McCartney escreveu um comunicado ao juiz distrital Edgardo Ramos, no qual alegava que ambas as partes haviam chegado a um acordo em relação ao processo. “As partes resolveram este assunto ao acertar um acordo confidencial e, conjuntamente, solicitarem que o Tribunal insira a proposta proposta anexa, rejeitando a ação acima mencionada sem prejuízo”. A ordem ainda afirma que o tribunal federal de Nova Iorque “irá fazer com que as partes cumpriam os termos do acordo, caso surja uma nova disputa”.

Mais detalhes sobre o acordo, porém, ainda não foram divulgados, portanto ainda não é possível saber o que tal decisão acarretará aos direitos de uso das canções. Esses direitos, inclusive, já pertenceram a Michael Jackson. Em 1985, o Rei do Pop deu um lance maior do que o ex-Beatle pelos direitos autorais da banda, que mais tarde foram absorvidos pela Sony/ATV. O espólio de Michael vendeu os direitos por 750 milhões de dólares no ano passado.

O Ato de Direitos Autorais de 1976 determina que os proprietários de obras que assinaram o documento em ou antes de 1 de janeiro de 1978 não podem recuperá-los após um certo período de tempo. Para Paul McCartney, esse ínterim dizia respeito a cinco anos a partir do final de 56 anos contados da data em que os direitos autorais foram originalmente garantidos. No caso dos Beatles, a data seria 5 de outubro de 2018.

Fonte: correiodopovo