De acordo com duas fontes distintas no círculo de Jackson, o cantor
tinha posto em prática um plano de contigência muito bem montado
para assegurar que seus filhos fossem bem cuidados no caso de uma falência.
-Ele tem mais 200 canções inéditas que está planejando deixar para os
filhos quando morrer. Não podem ser tocadas pelos credores, mas
poderiam valer cerca de de 100 milhões ou mais. Isso irá assegurar que
seus filhos tenham uma existência confortável, não importa o que
aconteça - revelou um de seus colaboradores.
Outro produtor com quem Jackson colaborou disse que algumas das canções que ele tinha escrito e produzido eram de estilos muito
diferentes daquele que seus fãs estavam acostumados a ouvir.
- Quando ele morrer, seu catálogo de canções inéditas vai consistir de muitas surpresas - disse o produtor. - Há muitas baladas,
cantigas de ninar, batidas africanas e até mesmo música "country".
Michael gostava de experimentar quando perambulava pelo estúdio.
Deixará para trás canções inéditas que qualquer astro do rock alguma vez
deixou. É o único meio de assegurar que seus filhos sejam
cuidados para sempre.
O produtor acrescentou que o catálogo de inéditas de Jackson também consistiria de inúmeros filmes caseiros e ilustrações.
- Michael tem uma biblioteca inteira de filmes que fez, muitos deles com câmera de vídeo doméstica. Sempre estava criando coisas
novas. Também desenhava, mais sempre foi relutante em lançar seus esboços com medo de que fossem criticados. Era o artista mais
sensível que já conhecí. E o mais excêntrico. Com Michael, nunca se sabe o que esperar quando chega a hora de criar. Uma vez me
disse que se pudesse começar tudo de novo, ele se concentraria em arte visual em vez de música. Realmente, tinha um olho para
filme e arte. Muitas vezes comparou-se a grandes artistas como Van Gogh e Rembrandt. Você nunca ouvia Michael comparando-se
com músicos. O produtor recordou-se de uma conversa de sete horas que uma vez tivera com Michael sobre a arte da Renascença.
- Michael era um verdadeiro homem da Renascença - disse. - Certa noite, a gente tnha de fazer uma gravação em estúdio. Michael
disse que tinha algumas batidas novas que iria experimentar. Em vez
disso, passamos a noite inteira conversando sobre história da
arte. Ele sabia de tudo. Nunca conheci alguém mais educado em arte e suas origens. Terminamos não gravando uma nota
naquela noite. Nem fizemos uma pausa para um copo dágua. Veja como a coisa foi intensa.
Por JoanaJackson
Number Ones
Trecho do Livro: Revelados - Os Últimos Anos de Michael Jackson
Autor: Ian Halperin