O que esperar esta semana no julgamento do Dr. Conrad Murray
Após a pausa para o feriado, o julgamento do Dr. Conrad Murray será retomado na terça-feira às 12h45, quando o júri vai escutar o resto do áudio da declaração Dr. Murray gravado pela polícia. Há um número estimado de 45 minutos de áudio ainda a ser escutado.
Alguns dos momentos-chave ainda precisam ser ouvidos pelo jurados:
-Dr. Murray diz aos detetives que Joe Jackson nunca apareceu no hospital com o resto dos Jacksons no dia que Michael Jackson morreu.
-Dr. Murray diz que ele reuniu-se uns momentos com Katherine Jackson depois que ela ouviu que Michael Jackson tinha morrido. Ele diz que lhe disse que ele não sabia o que o matou.
-Dr. Murray explica porque as câmeras de segurança filmaram ele deixando o hospital às 4:30 horas no dia Jackson morreu.
Dr. Christopher Rogers, o patologista que realizou a autópsia de Michael Jackson, é esperado para depor nesta terça-feira. Dr. Rogers provavelmente vai enfrentar questões cruciais sobre a causa da morte e circunstâncias da morte. No relatório do legista, Dr. Rogers decidiu que a causa da morte foi intoxicação aguda por propofol e da forma de morte foi homicídio.
Ainda esta semana o estado também espera chamar para depor um anestesista que irá listar todos os padrões que Murray violou quando ele deu propofol a Michael Jackson. Durante interrogatórios das testemunhas, espera-se que a defesa tente fazer que a sua teoria de que havia lorazepam demais e propofol no estômago de Jackson teria sido administrada por IV.
A defesa deverá apresentar o seu caso durante alguns dias, então a promotoria deve apresentar um caso de contestação, que poderia incluir um farmacologista ou especialista em drogas, que poderão testemunhar sobre o metabolismo e a taxa de absorção.
CNN
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10° dia do julgamento inicia com júri escutando o final do depoimento de Murray á polícia
Em depoimento à polícia apresentado esta terça-feira, na retomada do julgamento contra Murray, após o feriado de segunda-feira nos Estados Unidos, o doutor disse ter percebido que ‘Jackson’ tinha outros médicos que receitavam remédios ao ídolo pop.
Murray, de 58 anos, contou que Jackson ia a um médico, um respeitado dermatologista de Beverly Hills, o doutor Arnold Klein, três vezes por semana, e às vezes voltava “esgotado” depois das sessões, com dificuldades para ensaiar a série de espetáculos previstos para Londres que ele preparava.
“Sua equipe de produção me disse recentemente que seu pior dia no set era quando ia ao consultório do doutor Klein, o que ocorria aproximadamente três vezes por semana”, disse Murray.
“E quando voltava, estava basicamente esgotado e demorava 24 horas para se recuperar”, disse no depoimento tomado pela polícia dois dias depois da morte do cantor.
“Sua visão estava muito, muito ruim. Portanto, calculei que podia ser legalmente cego”, continuou o médico, acrescentando que o astro usava uma lupa para ler.
Murray é acusado de homicídio culposo por ter supostamente dado a Jackson uma overdose de propofol, um forte sedativo. Seus advogados afirmam que ele era um dependente desesperado, que tomou sozinho a dose fatal enquanto Murray estava fora do quarto.
No julgamento, que entrou em sua terceira semana nesta terça-feira, já se soube que ao morrer, o cantor recebia por via intravenosa remédios para dormir e também tinha uma sonda para coletar a urina, bem como um tubo nasal para ajudá-lo a respirar.
“O senhor Jackson tinha problemas para urinar… No transcurso dos últimos meses, ele me explicou que quando ia ao banheiro, levava horas para urinar”, contou Murray à polícia.
“Na verdade, ele se molhava. As pessoas o deixavam lá (no toalete), voltavam e ele ainda não conseguia ir ao banheiro”, emendou.
Murray descreveu que tratou Jackson por desidratação e fadiga em momentos diferentes, explicando que o cantor não se alimentava muito bem.
“Ele não bebia, nem comia. Dizia que durante toda a sua vida a sua mãe teve que obrigá-lo a comer quando era menino. Ele não gostava de ingerir alimentos. E os alimentos que comia, quando comia, eram, na maior parte das vezes, frango e arroz”, explicou Murray.
Espera-se que o julgamento na Corte Superior de Los Angeles dure cinco semanas, até o final de outubro. Se Murray for condenado, pode pegar uma pena de até quatro anos de prisão.
Brasil MJJUndergroud
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Legista que fez a autópsia de Michael Jackson depõe no tribunal
Michael Jackson não podia ter provocado a própria morte, administrando a si próprio um poderoso sedativo, afirmou o médico que fez a autópsia no cantor, ao depor esta terça-feira, no julgamento de Conrad Murray, durante o qual foi exibida uma foto do cadáver do cantor.
Christopher Rogers, que examinou o corpo do “rei do pop” após sua morte, em junho de 2009, disse ser mais provável que Murray, médico pessoal de Jackson, tivesse dado a seu paciente uma dose alta demais do forte sedativo propofol tentando fazê-lo dormir.
“As circunstâncias, do meu ponto de vista, não sustentam a autoadminstração de propofol”, disse Rogers à Corte Superior de Los Angeles, onde esta terça-feira começou a terceira semana do julgamento de Murray.
O médico é acusado de homicídio culposo por dar a Jackson uma overdose de propofol. Seus advogados afirmam que o astro era um dependente desesperado que administrou a si próprio uma dose extra fatal, enquanto Murray estava fora do quarto.
Murray contou à polícia, em depoimento apresentado à corte na semana passada, que ficou longe da cama de Jackson durante apenas dois minutos em 25 de junho de 2009 para ir ao banheiro e, ao voltar, percebeu que o cantor não respirava.
Rogers afirmou que neste espaço de tempo tão curto Jackson, que já estava fortemente sedado, não teria sido capaz de injetar na própria perna mais propofol por via intravenosa rápido o suficiente para sofrer uma parada respiratória antes de Murray voltar.
“Para mim, este cenário parece menos razoável”, declarou Rogers à corte, acrescentando acreditar que Murray simplesmente errou na dose de propofol ao tentar manter Jackson adormecido.
Murray admitiu ter administrado a Jackson 25 miligramas da droga, um forte anestésico que o cantor chamava de “leite”, para ajudá-lo a dormir, e reconheceu que precisou aplicar doses adicionais para manter o cantor inconsciente.
No entanto, Rogers destacou que Murray não tinha equipamento de precisão, como uma bomba de infusão intravenosa, para comprovar a dose administrada.
“Essencialmente, o médico calculava a quantidade de propofol que estava administrando”, disse.
“Acho que seria fácil, nestas circunstâncias, que o médico calculasse mal e injetasse propofol em excesso”, acrescentou.
A promotoria exibiu uma foto do corpo nu de Michael Jackson, com os genitais tapados. Rogers chamou atenção para uma faixa de marcas de agulhas nos braços e pernas, onde a droga aparentemente foi administrada.
A mãe de Jackson, Katherine, que voltou ao julgamento depois de uma semana ausente devido a uma viagem à Grã-Bretanha para assistir a um show em homenagem ao cantor, deixou o recinto pouco antes de a foto ser exibida.
MJJUnderground