Recomeçou nesta terça-feira, 11, às 12h48 (horário de Brasília), o
julgamento de Conrad Murray em um tribunal em Los Angeles. O médico é
acusado pelo homicídio culposo - quando não há intenção de matar - de Michael jackson, em 25 de junho de 2009.
O julgamento, que começou no dia 27 de setembro, segue com a reprodução
da gravação feita com Murray pelos policiais Scott Smith e Orlando
Martinez, dois dias depois da morte do cantor. O áudio começou a ser apresentado na última sexta, 7. Nesta segunda, 10, o tribunal ficou em recesso por ser um feriado americano.
Na gravação, Murray conta que Paris, a filha de Michael Jackson, ficou
muito desesperada ao receber a notícia da morte do pai no hospital e
disse que não queria ser uma órfã. "Ela disse para mim: 'Você salvou
muitas vidas. Por que não salvou meu papai?'. Respondi que tinha feito o
meu melhor", afirmou Conrad na gravação.
No áudio, ele também contou aos policiais que a menina e os outros
filhos do artista, Prince e Blanket, viram o corpo do pai morto, o que
foi permitido pelos assistentes sociais do hospital. O médico também
revelou que segurou a mão de Katherine Jackson ao contar que Michael
havia morrido. Ela perguntou se ele sabia como o filho havia morrido. O
médico respondeu que não tinha ideia.
Ainda na gravação, os policiais contaram a Murray que haviam encontrado
maconha no quarto de Michael e perguntaram se ele sabia se o popstar
fumava a erva. O médico respondeu que não. Ele também afirmou para os
policiais que o cantor enxergava tão mal que ele podia ser considerado
"legalmente cego".
Após uma pausa na reprodução do áudio, o promotor David Walgren voltou a
interrogar Scott Smith. Ele questionou o policial sobre a reação de
Murray ao saber que a polícia havia recuperado a sacola com os remédios -
entre os quais, frascos do anestésico Propofol - que ele havia pedido
para o segurança Alberto Alvarez recolher do quarto de Michael antes de ligar para a emergência. "Ele arregalou os olhos", falou Smith.
Fonte: Ego