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Assunto: Quando conheci Michael Jackson - Depoimentos Qua Abr 06, 2011 1:18 pm
Confira alguns depoimentos de pessoas que conheçeram o Michael, são bem interessantes. A idéia original do tópico não foi minha
Fiquem a vontade para postar algum depoimento que não se encontre aqui..
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Quando conheci Michael Jackson - Por Tabitha Messick
Na foto, Tabitha, à esquerda, Michael e outra moça
“Também é um prazer conhecê-la…”, Michael Jackson me disse com sua bela voz, quando eu tive a incrível experiência de conhecê-lo, inesperadamente, em Orlando, Flórida, em 2002, quando, por acaso, fomos comer no mesmo restaurante. Eu estava competindo no concurso juvenil para Miss Estados Unidos, e na última noite, eu e minha família fomos comer numa churrascaria japonesa muito popular, a Benihana (que, posteriormente, Michael me disse que era um dos seus restaurantes favoritos). Eu e minha família levantamos de nossas cadeiras assim que ouvimos muito tumulto numa mesa próxima. Quando o nosso garçom nos disse que Michael Jackson estava comendo na sala ao lado, eu não consegui acreditar! Deixamos nossas cadeiras e nossa comida para trás e fomos lá ver se era verdade. E era! Michael foi tão gentil e generoso, às vezes até tímido! Os proprietários fecharam o restaurante para os clientes adicionais e Michael tirou fotos e conversou com as pessoas por mais de duas horas. Todos estavam na fila para conhecê-lo. Ele foi muito paciente e doce apesar de inúmeras pessoas e do caos extremo que tomou conta do lugar. Eu, particularmente, me lembrei das pessoas que estavam gritando e batendo na porta de vidro do restaurante, do lado de fora do restaurante, todos querendo entrar para tirar fotos com Michael. Eu vi algumas “rainhas da beleza” (garotas do concurso do qual Tabitha estava participando) todas descabeladas em questão de segundos, apenas pelo fato de vê-lo. Todos ao redor dele falavam alto ou gritavam, não só para obter sua atenção, mas também porque ficaram muito impressionados. Senti uma emoção natural, daquelas que sentimos quando o Natal e nosso aniversário está chegando… O Michael irradiava energia e empolgação! Enquanto saía do restaurante para entrar num carro que já o esperava, centenas de fãs se reuniram. Quando o carro partiu, eu vi duas mulheres desmaiando. Seus filhos, que usavam máscaras do homem aranha, estavam com ele, juntamente com uma comitiva de, aproximadamente, 10 pessoas. Michael falou com todos que estavam no restaurante, e levou horas para conseguir sair do estabelecimento. Ele deu autógrafos e abraços, estava muito relaxado e parecia genuinamente feliz. Eu não era exatamente uma ENORME fã de Jackson, somente sabia quem ele era e apreciava muito a sua música, até que o conheci (meu primeiro ano na escola) e desde então, tenho o defendido com unhas e dentes! Quando eu o conheci, ele não era nada parecido com o que relatavam pela TV e revistas sensavionalistas. Literalmente, o pandemônio presente no restaurante quando ele apareceu não parecia real! Foi quando pus em perspectiva os lados bom e ruim de ser uma estrela. E Michael ainda conseguiu manter a calma, composto e infantil. Foi realmente trágico saber de sua morte. Ele é a maior das estrelas que esse mundo já viu! Eu me sinto incrivelmente honrada por tê-lo conhecido. Há apenas algo sobre ele e estar com ele que é difícil de explicar, é simplesmente… especial.
Quantas chances você tem de bater um papo íntimo com o rei do pop? Numa típica manhã nublada de maio, eu recebi um telefonema muito animado do meu editor fotográfico do Daily Mirror, Ian Down, que me pediu pra correr para a Harrods (nota da tradutora: Harrods é uma famosa loja de departamentos em Londres), em Knightsbridge. Chegando lá, nós nos encontramos com o dono da loja, Mohammad Al Fayed, que acompanhou pessoalmente a mim e a repórter Fiona Cummins ao seu escritório privado. Eventualmente, iríamos encontrar lá a lenda da música, Michael Jackson, para uma entrevista exclusiva – e que acabou por ser um encontro muito bizarro e inesquecível. Inicialmente, Fiona e eu fomos deixados numa sala luxuosa de Al Fayed por mais de duas horas, sem termos idéia do que estava acontecendo. Eventualmente, fomos levados para outra sala onde tivemos que esperar mais 45 angustiantes minutos. Finalmente, Al Fayed apareceu com a notícia de que Michael estaria conosco em 10 minutos. O ar ficou pesado. Depois de tanto tempo de espera, ainda estávamos muito céticos, nos perguntando se aquela entrevista realmente sairia. Estávamos tensos para conhecer aquela estranha figura da história do pop, um homem que raramente dá entrevistas à imprensa. Mas, de repente, a porta se abriu e Michael Jackson entrou, olhando ainda mais confuso do que nós. Eu tenho que admitir, eu quase caí na gargalhada quando nós apertamos as mãos. Todo o cenário era extremamente surreal. Imediatamente, pedi a Michael para posar com a jornalista e, em seguida, com Al Fayed. Eu tinha feito um pequeno set num canto da sala para tirar mais algumas fotos de Michael, mas um maníaco Al Fayed interveio e me falou que não teria mais fotografias do Michael, “Por favor, deixe-o descansar”, ele vociferava . Michael então começou a circular pela sala, fazendo vários ruídos indistinguíveis. Fizemos algumas perguntas sobre sua viagem a Londres e outras gentilezas, tentando fazer ele se sentir um pouco mais confortável. É verdade, ele é tão criança assim como dizem. Até mesmo Al Fayed tentou fazer algumas piadas para relaxar Michael – cada piada mais sem graça que a outra, mas Michael sorria timidamente. Com a insistência de Al Fayed para que não tirar mais nenhuma foto, eu pensava na possibilidade de tirar uma outra foto de Michael sem causar muito alarde. Mas então, comecei a me perguntar: “Quantas vezes se tem a oportunidade de conhecer Michael Jackson?”. Decidi aproveitar a oportunidade e tirar mais umas duas ou três fotos. Surpreendentemente, Al Fayed não reagiu, eu consegui as imagens e todos nós apertamos as mãos de novo antes de Michael sair da sala. Surpreendentemente, as três fotos extras que consegui tirar no último minuto ficaram ótimas! Considerando que eu realmente não tive tempo suficiente para enquadrar as fotos tão bem quanto queria, fiquei muito entusiasmado com os resultados. Eu me arrisquei e valeu a pena. Michael Jackson é uma lenda viva da música, uma figura ímpar do nosso tempo e, pra mim, como um fotógrafo, ele foi uma das figuras mais interessantes que fotografei.
Nota: Nesse post, há dois textos sobre uma mesma história. Achei uma foto num site sobre o Michael, onde descobri que a moça abraçada com ele é uma jornalista, chamada Fiona Cummins. Como no tal site, o relato da moça estava resumido, botei seu nome no Google para encontrar o completo. A Fiona fez duas “versões”, uma ainda em 2006 e outra, em 2009, ainda no dia 25 de junho, ambas para o jornal Daily Mirror. Achei “interessante” a diferença dos textos, já que, no primeiro, apesar de não ser tão agressiva quanto outros jornalistas eram em relação ao Michael, Fiona usa bastante o termo Jacko, o qual todos os fãs do Rei simplesmente ABOMINAM. Já o segundo texto é muito mais detalhado e, quem sabe, até delicado e romântico. Não quero julgar ninguém – já fizeram isso demais com o Michael e cabe aos verdaeiros fãs NÃO repetirem o ato, mesmo que numa dose reduzida, com quem quer que seja, já que provamos o gosto amargo de ver, por anos, nosso ídolo difamado e agredido por tantas pessoas -, mas é interessante ver como as pessoas só dão valor a alguém quando o perdem. Boa leitura.
Nota feita por: Michael Jackson-Fotos&Fatos ______________________________________________
Michael Jackson Exclusivo: O Homem... E o espelho Por Fiona Cummins, 25/06/2006
Com um aperto de mão surpreendentemente firme – e um abraço totalmente inesperado – foi assim que a lenda do pop, Michael Jackson, me concedeu uma entrevista exclusiva. O cantor estava em clima de festa, ontem, quando nos reunimos na sede da Harrods em Londres, propriedade do seu amigo próximo Mohamed Al Fayed. Ele chegou às 13:05, sem alarde, sem guarda-costas, sem comitiva – e apenas um vestígio de maquiagem. Essa foi sua primeira entrevista cara-a-cara desde que foi absolvido da acusação de abuso infantil no ano passado – e eu não tinha certeza do que esperar. Mas Jacko – que muitas vezes passa a impressão de que prefere manter as pessoas à distância de um braço – cumprimentou-me como um velho amigo. Com um largo sorriso, ele me estendeu a mão, em seguida, jogou seus braços em volta de mim, espalhando sobre mim o cheiro de seu perfume adocicado. Ele parecia totalmente diferente da figura magra, encurvada que emergiu pesando apenas seis pedras no final de seu julgamento nos EUA ,em junho do ano passado. E a estrela de 47 anos de idade estava mais do que feliz em conversar após finalmente sair do seu exílio auto-imposto, no Bahrein. Ele parecia relaxado quando falou sobre a reconstrução de sua carreira manchada e seus planos para criar uma nova Neverland na Grã-Bretanha. Ele disse: “Estou aqui em Londres a trabalho por alguns dias, eu amo isso aqui.. Eu estou procurando um lugar para morar. Sempre gostei do Reino Unido e adoro os fãs daqui”. Michael sorriu e acrescentou: “Eu também estou visitando meu grande amigo Mohamed – Porque ele é O homem”. Jacko agendou uma série de reuniões de negócios no Reino Unido e vai dar uma olhada muma propriedade de luxo em torno da capital. Ele também planeja visitar lugares na Escócia e na Irlanda, numa tentativa de recriar o parque de diversões da Califórnia que já foi seu santuário. Perguntado sobre sua saúde, Jacko insistiu: “Eu estou bem – muito bem obrigado, eu estou me sentindo bem”. Ele diz que também está trabalhando em um novo álbum – o primeiro desde Invincible, em 2001. Então, com um gentil tapinha nas costas, disse adeus e seguimos nossos caminhos diferentes. Quando saí para pegar o metrô de volta para o escritório, ele se dirigia para sua limusine com motorista, e eu ainda podia sentir o leve aroma de seu perfume na minha mão. E acho que pude ter presenciado os primeiros passos da saída de Jacko das sombras.
Ainda me lembro de cada detalhe sobre a primeira vez que conheci Michael Jackson. O cheiro de lavanda de sua pele, sua voz macia, o jeito que ele me abraçou espontaneamente, embora nunca tivesse me conhecido antes. Enquanto me sento na minha mesa em casa e escrevo estas palavras, mal posso acreditar. O Rei do Pop está morto. Jackson sofreu um ataque cardíaco fulminante em sua casa em Los Angeles, mas morreu quando chegou ao hospital. Ele tinha apenas 50 anos. Numa ironia do destino, uma vida retirada antes que ele tivesse a chance de fazer sua tão esperada volta por cima e provar ao mundo que ele ainda era o Rei do Pop. Ele era um enigma, Michael Jackson. Nunca conseguiu livrar-se das acusações de abuso infantil, embora tenha protestado veementemente sua inocência, mas um dos maiores artistas de todos os tempos. Nós nos conhecemos no Harrods três anos atrás, quando ele foi visitar seu velho amigo Mohammed Al Fayed, e concordou em me conceder uma entrevista. Eu conheci um monte de celebridades ao longo dos anos, mas nenhuma delas gostava muito do status lendário de Jacko, provavelmente o homem mais famoso do mundo. Excepcionalmente, eu estava muito nervosa e não completamente certa sobre o que esperar. Eu tinha lido histórias sobre como suas cirurgias plásticas deram errado, sobre sua obsessão com máscaras, a síndrome de Peter Pan de um menino preso em corpo de um homem, então foi uma surpresa ser recebida com um aperto de mão surpreendentemente firme e um sorriso agradável. Na verdade, ele usava apenas um vestígio de maquiagem e esbanjava simpatia, atirando os braços musculosos em volta de mim em um abraço de boas-vindas. Nós conversamos por alguns minutos e ele estava atento, interessado e interessante. Eu sabia, desde então, que quando ele finalmente voltasse ao palco, seria para dar o show de toda uma vida. Michael nunca teve medo do trabalho duro e, quando ele começava algum projeto, dava tudo de si. Os detalhes completos da sua morte sairão no momento oportuno, mas sabendo o que sei sobre esse homem, temo que ele tenha colocado seu corpo através de um sistema de punição e não havia nenhuma maneira que pudesse lidar com a tensão. Ele não fez as coisas pela metade, você vê. Ele queria provar que ainda podia cantar e dançar como há 25 anos atrás. Mas agora ele nunca vai fazer o retorno triunfante aos dias de glória que todos estávamos esperando. O mundo perdeu uma de suas estrelas mais brilhantes, a família Jackson perdeu o seu filho mais famoso e três crianças perderam o pai.
[1984] A cozinheira brasileira, Remi Vila Real, conta como conheceu Michael Jackson Eu conheci Quincy Jones em um jantar, eu cozinhava para algum outro músico. Ele amava a minha comida e me perguntou se ele poderia vir e fazer algo muito importante. Ele me disse que queria ser produtor de Michael Jackson, mas toda vez que convidava Michael para a sua casa, Michael nunca ia para comer. Ele me perguntou se poderia trazer Michael para provar alguns dos meus pratos. Ele disse que Michael era vegetariano e muito exigente com o que comia. Eu disse que iria tentar. Fui à casa de Quincy e lá eu conheci Michael pela primeira vez. O puxei de lado e falei: “Deixe-me lhe fazer algo bem especial. Eu sei preparar comidas saudáveis do Brasil. Tudo natural, tudo vegetariano. Você vai gostar.”. Ele concordou. Então, fiz feijão preto, couve, farofa e algumas outras coisas e ele comeu quatro pratos cheios! Quincy me beijou durante toda a noite e, a partir daí, me chamou várias outras vezes para cozinhar para ele. Eu estava morando em West Los Angeles em um pequeno apartamento, quando eu recebi um telefonema. A pessoa no telefone me pediu para olhar para fora. Ele disse: “Vê a limosine? Entre nela agora”. Eu lhe disse que não podia porque estava cuidando de uma pessoa e não podia deixá-la sozinha em casa. Eles disseram que mandariam alguém para cuidar da pessoa pediram para que eu entrasse no carro. Eu lhes disse que tinha que trocar de roupa, já que estava toda suja por causa da faxina na casa. Eles não se importaram. Finalmente, eu concordei quando um homem chegou para cuidar da pessoa que estava em minha casa, e eu fui levada para um grande prédio em Beverly Hills. Fui até a cobertura, encantada com tanto luxo.
O homem do outro lado da mesa me entregou um papel e disse: “você está indo para o aeroporto agora. Aqui está a sua passagem”. Então, lhe perguntei porquê estava indo viajar. Ele me explicou que Michael Jackson estava tendo fortes dores no estômago e, especificamente, me convidou para ser sua “nutricionista” durante a turnê “Victory”. Ele estava se sentindo mal do estômago e se recusou a entrar no palco até que eles me mandassem para ser sua cozinheira particular. Estavam todos muito nervosos. Eles disseram que estavam perdendo milhões de dólares em shows cancelados e eu tive que ir imediatamente. Eu lhes disse que não podia e só poderia ir na parte da manhã. Depois de muita discussão, eles concordaram em me deixar ir para casa e me pegaram em casa no início da manhã do dia seguinte. Então, lá estava eu, viajando para Birmingham, Alabama. Passei oito semanas com Michael e sua família na estrada durante a turnê. Foi uma viagem incrível que nunca esquecerei. Michael e eu nos tornamos amigos e eu o vi várias vezes depois disso. Eu o visitei no hospital, quando seu cabelo pegou fogo e o via, vez ou outra, em shows e festas. Inclusive, eu até cozinhei para Michael Jackson e Elizabeth Taylor quando eles estavam sozinhos, na casa de Michael. Isso foi muito especial.
Fonte: http://www.mj-777.com/?p=5135
Super Michael!
2007 - Michael foi visto fazendo compras com seus filhos na Bic Camera, no Japão. Ele posou para fotos ao lado da estátua de tamanho real do Superman a pedido de seus filhos. Michael perguntou se a estátua estava à venda para levá-la para Neverland, e os funcionários da Bic ficaram felizes por vendê-la ao Rei do Pop. Infelizmente, a estátua do Superman foi uma das muitas recordações de Michael que foram leiloadas.
Fonte: http://love4mj.wordpress.com/page/4/
CRÉDITOS: fotos&fatos/ Mirella Oliveira
Continua...
Neila Jackson
Amigos
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Assunto: Re: Quando conheci Michael Jackson - Depoimentos Qua Abr 06, 2011 3:34 pm
Jantando com Michael
Em março de 1992, Michael estava gravando seu novo vídeo-clipe, “In The Closet”. Pouco antes disso, a MTV fez uma grande promoção pelo mundo, cujo prêmio seria um jantar com Michael, vocês devem lembrar. A vencedora australiana da concurso foi Paula Katsikas. Aqui está a história de Paula:
(Na foto, Paula aparece, à direita, ao lado do marido, com outros vencedores da promoção feita pela MTV)
“Foi em março de 1992, ainda me lembro como se fosse ontem. Eles [a MTV] estavam estreando o novo clipe de Michael, “Remember The Time”, aqui na Austrália, assim como foi feito em todo o mundo, com a promoção da próxima turnê, “Dangerous”. Também foi feita uma competição, em que o vencedor e um acompanhante iriam aos Estados Unidos para jantar com Michael. A expectativa para esse clipe foi enorme e eu me lembro de ter assistido ao vídeo atônita, várias e várias vezes, espantada com o fato de que, quando você pensa que já viu tudo que há para ver de Michael, ele traz algo ainda mais brilhante do que antes! Na noite seguinte, ainda na mesa de jantar, e enquanto anotava os últimos dados para o concurso de uma vida, uma competição que nada nem ninguém poderia me impedir de entrar, me lembro de virar para a minha família e dizer, ainda que um pouco céptica: “Só esperem e verão, eu vou ganhar isso!” O engraçado é que eu ganhei e nem sabia disso ainda! Na segunda-feira seguinte, liguei para o meu trabalho para informar que não iria naquele dia, já que não estava me sentindo bem. Meu supervisor comentou alguma coisa sobre Michael Jackson, mas como eu estava indisposta, acabei não dando muita atenção e desliguei. Alguns minutos depois, recebi outra ligação do trabalho, de algumas garotas histéricas gritando no telefone: “Paula, você ganhou! Você ganhou!”. Precisei de mais dois telefonemas do meu trabalho e outros dois da MTV para acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Juro que, quando desliguei a última chamada, toda a vizinhança deve ter me ouvido gritar! Eles já sabiam que o vencedor da Austrália era eu, já que o resultado foi divulgado no sábado anterior, mas eu e meu marido estávamos num casamento e não pudemos ver TV naquele dia. Quer dizer, numa promoção dessas, você não acredita MESMO que vai ganhar. Enfim, cerca de uma semana ou duas depois, meu marido e eu estávamos indo rumo aos Estados os Unidos para jantar com Michael Jackson. Fomos recebidos no aeroporto por uma limosine linda, e levados ao hotel La Belage, em Hollywood, onde nos encontramos com alguns representantes da MTV e os outros vencedores. Todos os 30 ganhadores e seus acompanhantes estavam lá. Eles [a produção da MTV] fizeram uma festa naquela noite para que todos nós nos conhecêssemos, e, na manhã seguinte, fomos de ônibus até o hotel Marriott Palm Desert, em Palm Springs, onde tivemos tempo de nos arrumar para que fôssemos, naquela noite, levados ao local do jantar para conhecer o Michael. Nos levaram à um local secreto, onde Michael havia filmado algumas cenas para “In The Closet” durante o dia. Quando chegamos no set do vídeo para tirar fotos e conhecer o cenário, antes de Michael chegar, a sensação foi surreal! Eu vejo essas fotos hoje, depois assisto o clipe com Michael e Naomi, e ainda é difícil acreditar que cheguei a ir naquele mesmo local!
(Foto do cenário de In The Closet, tirada por Paula)
(Paula e os outros vencedores da promoção no set de In The Closet)
Havia um grande letreiro na entrada do local do jantar, e, quando chegamos ao restaurante, vimos que o clima era realmente de um carnaval tropical! Ficamos muito, muito animados naquela noite, vimos animais maravilhosos, como um elefante, um guepardo, um camelo, uma lhama, um chimpanzé, e um puma – que me fazia sentir que, a qualquer momento, se levantaria e se transformaria no Michael, como acontece em “Black or White” -, um mágico, cuspidores de fogo e dançarinos do Rio de Janeiro. O ambiente estava fantástico e Michael não poupou despesa! O lugar tinha sido criado como um restaurante com pequenas mesas redondas. Nós estávamos sentados à direita e, à nossa frente, havia uma mesa vazia, com um papel escrito “Reservada”. Para a nossa alegria, nos informaram que aquela seria a mesa do Michael! Àquela altura do dia, já estávamos sendo esmagados pela emoção de imaginar que, a qualquer minuto, Michael entraria pela porta e se sentaria ao nosso lado. Nós mal podíamos nos conter e a agonia da espera estava nos matando! Lembro-me de irmos lá fora para esperar Michael chegar de helicóptero, mas logo fomos informados que tínhamos que voltar para dentro e nos sentar antes que ele chegasse. Voltamos ao restaurante, até que, finalmente, Michael apareceu na porta! Era como se a Terra simplesmente parasse. A mídia tem sido muito cruel, principalmente naquela época, afirmando Michael era estranho e esquisito, mas deixe-me dizer: eu não vi nada de estranho ou esquisito. Eu vi um homem bonito e bem vestido atravessar a porta, sendo incrivelmente educado e gracioso como sempre foi, e eu nunca vou esquecer aquele sorriso, que, de tão hipnotizante, chegava a me tirar o fôlego. Ele realmente parecia incrível! A única coisa estranha que me lembro é de como tudo parecia se iluminar quando ele passava e de como você simplesmente não conseguia tirar os olhos dele. Michael cumprimentou todas aquelas pessoas e depois foi se sentar. Lembro de ter ido ao seu encontro com o meu marido, lhe dando um abraço e um coala (não de verdade, é claro), que ele colocou em seu colo e começou a dar tapinhas. A visão daquele momento era impagável! Nós lhe agradecemos o jantar e lhe perguntei se ele iria à Austrália em breve. Michael respondeu “sim” e disse que iria fazer alguns shows da turnê lá. Ele se referia à sua próxima turnê, “Dangerous”. (Os shows da “Dangerous Tour” na Austrália, posteriormente, foram cancelados, e tivemos que esperar até a turnê “History” para ver Michael novamente.) Eu tinha gravado na minha cabeça todas as coisas que iria dizer à ele, mas, quando estava na sua frente, as palavras simplesmente NÃO SAÍAM! Ele literalmente me deixou sem palavras. Eu me lembro que Michael se levantou e foi dançar a Conga. Ele e Naomi foram puxados por um dos dançarinos cariocas e todo mundo entrou numa fila atrás deles. Lá estávamos nós, dançando a Conga com Michael Jackson… Não é algo que se faz todos os dias! Também me lembro de quando a produção chamou a gente para a sessão de fotos com Michael; de como meu marido, que foi posicionado diretamente atrás dele para as fotos, colocou as duas mãos nos ombros de Michael e as manteve ali, mesmo depois do fotógrafo ter dito para tirá-las. Michael apenas virou a cabeça e deu aquele sorriso adorável! Também me lembro de Michael se virando para nós, uma vez que as fotos tinham sido tiradas, agitando as mãos e inclinando a cabeça para nós, num gesto de reverência. Ali estava aquele grande astro, o maior entertainer do mundo, que permanecia com sua essência humilde. A única coisa que eu não me lembro sobre aquela noite, mesmo que tenha sido um jantar, é de ter comido qualquer coisa. Eu sei que havia muita comida lá, tudo preparado pelo chef pessoal de Michael, e me lembro de Michael dar a primeira colheirada para iniciar o jantar, mas não me lembro de ter comido uma só coisa. Acho que, pelo fato de o Michael estar tão perto de mim, comida era a última coisa que vinha em minha mente naquela noite.
(Michael, Naomi e os participantes da promoção dançando a Conga)
Era para Michael ter ficado no jantar apenas por meia-hora naquela noite, mas ele acabou ficando por cerca de duas horas e meia. Estas foram as duas melhores horas e meia da minha vida e que serão lembradas e valorizadas junto com Michael para o resto da minha vida. Nós não estávamos autorizados a tirar fotos de Michael com nossas próprias câmeras, tinham nos dito que se fizéssemos isso, Michael provavelmente apenas se levantaria e iria embora, e ninguém queria isso. Acho que, desta forma, ele poderia relaxar mais um pouco e curtir a noite sem que se sentisse invadido pelos flashes dos chatos paparazzis, com câmeras constantemente em seu rosto. De qualquer maneira, a MTV nos enviou as fotos que foram tiradas e um rápido vídeo de Michael conosco. Freqüentemente, eu olho essas fotos e assisto ao vídeo para me lembrar que realmente aconteceu, que não foi apenas um sonho. Michael pode ter sido tirado de nós fisicamente, mas ele está tão profundamente guardado no meu coração e no de meu marido que ninguém pode tirá-lo de lá sem arrancar nossos corações fora também. Obrigada, Michael, por esta lembrança tão linda! Obrigada, Michael, por tudo o que você tem nos dado e por tudo o que você foi. Você sempre será amado e nunca será esquecido!”
O vídeo abaixo só reproduz no Youtube, então cliquem no link pra ver. Ele não está desativado.
https://www.youtube.com/watch?v=wOrQeh73qj0
Michael vai ao dentista
(Na foto, Michael e o Dr. Randy Goldfarb)
“Foi uma experiência incrível, quase surreal, ter passado um dia com o Michael, que sempre foi especial e memorável, mas agora é sagrado. Era 2004, e Michael estava precisando de cuidados dentários. Ele entrou pelo consultório como se fosse um cara comum que eu nunca tinha ouvido falar. Fala mansa, gentil e amável, falou muito de sua família e tinha o maior apreço por aquilo que eu estava fazendo por ele. Ele deu autógrafos, tirou fotos com a gente, e até cantou! Um show particular que eu tenho que relembrar várias vezes na minha mente egoísta. O efeito que teve sobre todos na sala foi intenso, e ainda mais agora. Foi um privilégio tê-lo encontrado e eu só espero que ele saiba que mudou as nossas vidas para sempre. Nunca haverá outra pessoa tão talentosa quanto Michael tanto na música quanto na vida”.
Conheci Michael Jackson há quase 20 anos. Eu estava na equipe de produção da turnê Rhytm Nation, da sua irmã Janet e nós estávamos em LA. A maioria de seus irmãos já tinha ido aos shows e eu estava na expectativa de que Michael fosse também, esperava encontrá-lo. Meu chefe, Benny, tinha trabalhado com ele e me garantiu que ele iria. Eu estava tão animada! Eu conheci muitas celebridades, mas aquele era MICHAEL JACKSON! O que mais me lembro é da sua voz, suave e melodiosa, como a de uma criança. Ele foi incrivelmente gentil e nosso encontro foi simples, mas eu fiquei impressionada com sua presença. Parecia que eu estava em outro mundo, realmente. Anos atrás, eu entrei na “Michael Jackson mania”, escutava Thriller toda hora, o vi vencer todos os Grammy daquele ano… Me lembro até de ter escrito no meu diário o quanto eu o amava e era alucinada por sua música. Eu era uma enorme fã! E agora, ele se foi… Tanta coisa aconteceu em sua vida desde aquele dia! Ele já havia começado a mudar seu olhar, dias obscuros se aproximavam… Muitas tristezas para um homem tão bom! Também me lembro de que, em 1992, eu estava grata por estar grávida e acabar não trabalhando em sua turnê, como o previsto. “Dangerous” terminou de forma tão abrupta, feia! No entanto, depois disso, Michael ganhou o que pareceu ter sido a sua maior alegria – seus filhos. Meu coração está com eles e com o resto da família de Michael. Sinto por Janet, que sei que deve estar arrasada. É chocante. E, no entanto, não é surpreendente o fato de que ele não vai envelhecer. Como tantos outros grandes talentos antes dele, Michael estava destinado a passar por essa Terra por um tempo e sair de repente. Adeus, Michael. Descanse em paz, sabendo que lembraremos sempre do seu verdadeiro dom para a música.
- Por Lisa Dalton
Fonte: http://rockstarcoach.wordpress.com/
O nascimento de uma Estrela
Katherine Jackson narra o dia em que Michael nasceu
Minha complicada experiência com Marlon e Brandon (os gêmeos tiveram um parto difícil que acabou resultando na morte de Brandon após poucas horas do nascimento*) não me dissuadiu de ficar grávida novamente. No ano seguinte, em 29 de agosto de 1958, dei a luz à outro filho. Lembro-me bem desse dia porque a minha bolsa estourou quando meu vizinho, Mildred Branco, e eu estávamos indo ver a nova escola em construção, Garnett Fundamental. “Oh, meu Deus, Mildred, eu não posso sentar em seu carro desse jeito!”, exclamei. “Menina, não se preocupe com isso”, Mildred disse, me ajudando a entrar no carro. A meu pedido, Mildred me levou para casa. Liguei para minha mãe e ela e meu padrasto me levaram para a Santa Casa de Misericórdia. Logo depois que eu cheguei lá, comecei a ter contrações. Mais tarde, naquela noite, meu filho nasceu. “Eu quero dar um nome a ele…”, minha mãe falou. Eu odiava a primeira sugestão: Ronald. “Que tal Roy então?”, ela perguntou. “Oh, meu Deus, mamãe! Não!” Ela pensou mais um pouco e então disse: “Já sei! Michael!” “É isso!”, eu falei. Até então, eu já estava acostumada a ver meus bebês nascendo com cabeças grandes, olhando engraçado, então, não estava alarmada com Michael. As duas outras coisas que eu lembro sobre ele quando o segurei pela primeira vez, foram os seus grandes olhos castanhos e as mãos longas, que me fez lembrar do meu padrasto. “Eu aposto que eu fui um acidente!”, Michael sempre me provoca. Mas ele não foi.
- Katherine Jackson
Fonte: Livro “My Family”, de Katherine Jackson, publicado em 1990.
*Observação da tradutora
Butterflies: um encontro com o Rei
(Na foto, Marsha Ambrosius, cantora, compositora e produtora, com Michael no primeiro dia de gravação de Butterflies)
Estou nervosa. Animada, mas muito nervosa! É uma tarde suave em Nova York e eu estou andando em direção ao estúdio Hit Factory para conhecer Mr. Michael Jackson. Hoje, seria o primeiro dia de gravação de seus vocais em uma música que eu escrevi. Uma música chamada Butterflies. Em meio aos pedestres e o barulho do trânsito. Nenhum som, por mais barulhento que fosse, poderia interromper a minha voz interior gritando “Calma! Você merece isso! Você vale isso!!!”.
Eu entrei pelas portas envidraçadas em frente à recepção. Me pediram para dar meu nome completo e solicitaram também a minha carteira de identidade. Como esperado, era eu! Um porteiro me levou até o elevador e fui escoltada até seu andar. “Michael Jackson & Friends” era o que estava escrito em um pedaço de papel branco A4, colado na porta. Fui levada para dentro. Meu coração está literalmente batendo forte no meu peito e eu dei dois suspiros que chegavam perto de um ataque de pânico! Tudo o que eu lembro é o som de um piano de cauda tocando em uma escala harmônica, alguém cantando… Era ele. O Rei do Pop! O maior artista de todos os tempos. Da sala, ele sorriu para mim e fez o sinal de “paz-e-amor”. Ele continuou aquecendo a sua voz, enquanto eu estava quase apavorada, e, em seguida, se encaminhou até mim. Ele disse o meu nome e me deu um abraço acolhedor. “Obrigado”, Michael falou. Não, Michael! Obrigada VOCÊ!!!!!!!!! Eu aprendi muito com Michael Jackson. Ter a oportunidade de ser tanto observadora como escritora/produtora vocal foi algo incrível demais para descrever. Observei suas técnicas de respiração, as escalas vocais que ele repetia tantas e tantas vezes antes mesmo de pisar na cabine de gravação do estúdio durante todos os dias que nós gravamos. Michael estava perfeito! Ele era tão determinado! Ele deu tudo de si. Esta é a coisa que mais me inspira à respeito dele. Ele se importava muito por tudo e todos. Ele deu tudo de si em tudo o que fez. Seu legado foi deixado para o nosso estudo. É uma prova de quão grande ele era e sempre será. Eu escrevi “I Want You To Stay” para Michael Jackson, algumas semanas antes de ele falecer. Eu estava indo para Londres na semana anterior do início dos shows. Poucas semanas antes da turnê, eu voei para Londres e durante a minha permanência, escrevi a música na casa da minha mãe, em seu piano. Eu fiz uma versão de estúdio que estará no Late Nights & Early Mornings (o mais novo CD de Marsha*) - a influência de Michael Jackson pode ser vista e ouvida não apenas nas músicas que eu faço, mas na maior parte dos artistas. Eu não posso ajudá-la! (I Can’t Help It – música de Michael do CD Off The Wall, usada aqui, com duplo sentido pela autora) Sem trocadilho. Por que não lutar pela grandeza?
Marsha Ambrosius relembra Michael Jackson: "Eu era sua bezerra cantando "
Não são muitos artistas que podem se gabar de ter colaborado com um legado musical antes mesmo de molhar seus pés na música, mas entre eles não está Marsha Ambrosius. Há dez anos, a cantora Inglêsa trabalhou ao lado de Michael Jackson para criar Butterflies, um hit single do álbum Invincible do Rei do Pop, e tem boas recordações para uma vida inteira de experiências. Ela desempenhou um papel fundamental na evolução da música, mas estava apenas feliz por fazer parte do processo. "O registro original foi quem produziu e escreveu," diz Marsha . “ Eu trabalhei com Michael Jackson na gravação aqui em Nova York em março de 2001. Uau, 10 anos mais tarde, meu álbum estaria sendo lançado. ” É uma loucura. " Como sinal de agradecimento ao ícone pop, mais tarde Marsha oferece uma versão remixada de "Butterflies" na sua estréia solo do LP " Late Nights & Early Mornings". A cantora de 33 anos de idade é grata pelas memórias, mesmo anos mais tarde. "Tive a oportunidade de trabalhar com o melhor artista do planeta Terra, é uma bênção", ela diz. Para quem não sabe, eu trabalhei com ele, mas eu sabia quem ele era na música. Eu o tinha como um pai, como um amigo. Tenho respeito por ele e quero agradecê-lo por ter feito algo para mim tão cedo em minha carreira, coisa que eu nunca esperava. Quando cheguei na indústria, tinha entre 20 e 21, era uma maneira precoce de ser empresária e ter Michael Jackson como um dos primeiros artistas a trabalhar como produtor e escritor, Eu só acho que é uma bênção. " Embora o público conhecesse Jackson por ser reservado e de fala mansa em entrevistas, por trás das portas do estúdio ele não era nada disso. "Michael Jackson era um brincalhão", revela Marsha. "Ele era muito engraçado. E sua risada só te fazia rir. Quando estávamos no estúdio, seu empresário continuava a chamar-me de uma bezerra a cantar. E [Michael] dizia ao empresário, "Você sabe que uma bezerra é uma vaca, que é uma vaca." Eu nunca vou esquecer isso. Então, eu vou ser sempre a bezerra de Michael Jackson cantando ". Por Georgette Cline
Fonte: Rap-Up.com
Continua...
Neila Jackson
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Assunto: Re: Quando conheci Michael Jackson - Depoimentos Ter Abr 12, 2011 10:37 pm
O verdadeiro Homem-Menino por trás da máscara
(Nas fotos acima, Michael aparece com um grupo de pessoas no Lanesborough Hotel, na época narrada abaixo)
A ligação veio às 2 da manhã. Dizem que a única coisa pior que um número errado no meio da noite é o número certo, porque invariavelmente traz uma tragédia. Nesse caso, entretanto, um número certo nas poucas horas do dia trouxe uma das mais inacreditáveis oportunidades imaginadas para um jornalista. “Você gostaria de vir e encontrar Michael Jackson quando ele descer do avião em Heathrow às 9h e passar um pouco da semana com ele?”, perguntou-me uma familiar voz norte-americana. Quem ligava era Shmuley Boteach, meu hiperativo amigo rabino que, em uma das mais imprevisíveis duplas do showbusiness, tornou-se o amigo e guru da lenda viva do pop, Michael Jackson – e, na semana passada, parceiro na fundação de uma instituição de caridade para crianças. Naturalmente, eu aceitei a oferta e, horas depois, entraria pela segunda vez em poucos meses, naquilo que é a vida do cantor de 42 anos, uma vez descrito por Bob Geldof como “o homem mais famoso do planeta, Deus o ajude”. Por trás das cenas de uma das mais extraordinárias histórias de celebridades, eu me encontrava no meio de tudo, desde ouvir Michael colocando os toques finais no seu discurso de Oxford vestido nos seus pijamas, a fazê-lo rir com uma piada na parte de trás do seu carro, a ouvi-lo fazer uma das mais emocionantes ligações de sua vida. Michael Jackson estava vindo para a Inglaterra para lançar sua Fundação Heal the Kids, com um discurso na Universidade de Oxford, e para ser o padrinho do casamento do paranormal Uri Geller, como um agradecimento a ele por tê-lo apresentado a Shmuley 2 anos atrás. Tinha sido uma semana tensa para o rabino. A viagem de Michael, planejada há tanto tempo, estava ameaçada no último minuto, pois ele havia quebrado 2 ossos do pé ao cair de uma escada, depois por uma greve de companhia aérea – e finalmente, por uma tempestade de neve em Nova York. Então, não foram apenas os cínicos que duvidavam que o Rei do Pop chegaria a Oxford. O rabino também estava ficando indiscutivelmente nervoso. Ele tinha passado quase um ano tentando fazer com que Michael falasse em Oxford, contrariando o conselho de que um megastar poderia receber uma recepção difícil dos estudantes. Mas poucos minutos antes de me ligar, o rabino Shmuley tinha recebido a confirmação dos EUA. Michael Jackson estava engessado, com dor e muletas – mas também em um vôo saindo do aeroporto JFK. Em novembro, eu tinha passado uma semana com Michael em Nova York, para um artigo de uma revista. Agora, Shmuley me convidava para testemunhar ainda mais, fazendo-me ir mais perto, como Michael, que nesse mês vai se tornar um Embaixador Especial das Crianças das Nações Unidas, está se transformando de um artista para uma figura séria mundial. Shmuley fez sua missão de convencer o mundo de que esse Michael, duplamente divorciado, possa ser não-convencional de certas maneiras, mas tem bom coração e é um homem inocente que deseja sensibilizar os adultos para as necessidades das crianças e merece ser ouvido. Agora estávamos lá, saindo do aeroporto. O pessoal do Michael, uma tribo de sujeitos robustos, já estava lá, é claro. Eles eram o esquadrão silencioso e observador, e os motoristas, todos ingleses e com experiência em fazer celebridades escaparem em comboios com Mercedes de vidro fumê. Havia até mesmo um fotógrafo contratado para filmar e fotografar todo e qualquer movimento de Michael para o arquivo pessoal dele. E então outra parte chegou – um jovem empresário de Michael, seu médico libanês já de idade, que estava lá para cuidar do pé machucado, e mais um bando de homens robustos. Normalmente, haveria também a babá dos filhos de Michael, uma senhora gentil, sensata e de meia idade, que olha tudo e cuida dos dois pequenos, Prince e sua irmã Paris. Não há nenhuma tropa de 12 babás como frequentemente é falado por jornais – apenas uma. Os filhos de Michael, e também de sua segunda esposa, a enfermeira Debbie Rowe, são um par impecável; não são mimados e são assustadoramente espertos. O pai deles tinha decidido por não trazê-los na viagem, porque temia que fossem fotografados, algo que ele evita depois de serem constantemente caçados por paparazzis. Assim que Michael e seu pessoal saíram da alfândega, a comitiva de quatro carros ficou em posição numa parte pública do aeroporto, perto de pessoas saindo dos carros para passear. Para minha surpresa, Michael estava vestindo sua máscara de seda preta, um item com o qual eu não o havia visto, tanto em particular quanto quando saímos em Nova York, ou quando o encontrei no Japão alguns anos atrás. Na verdade, eu sempre falei para as pessoas que a máscara é um outro mito, junto com a câmara de oxigênio e os rumores de que Michael manda que os brinquedos de Prince e Paris sejam jogados fora depois do uso por medo de germes, ambos os quais eu sei que são mentira. A estória da câmara, Michael me contou quando tivemos o jantar de Ação de Graças na casa de Boteach em Nova Jersey, saiu de uma piada que ele fez para um fotógrafo depois que ele tinha entrado em uma que havia comprado para um hospital de crianças e ter saído falando: “Nossa, se eu tivesse uma dessas, eu poderia viver até os 150 anos”. Um tablóide pegou o fato e o rótulo de “Wacko Jacko”, que ele abomina, havia nascido. O cansaço físico de Michael em Heathrow era visível. Ele estava estressado e exausto, cambaleando de muletas e colocando todo seu esforço para ficar em pé. Ele estava muito centrado em puramente caminhar do que falar “oi” para alguém que não fosse o rabino Shmuley e, infelizmente para mim, suas muletas e a perna esticada tomaram aquele que seria o meu lugar no seu carro. Então eu segui o comboio para o Lanesborough Hotel de Londres com um motorista de 67 anos, Stan, que é o chofer de Michael desde que ele era adolescente. Stan estava me falando sobre o assunto da máscara: “É para os fãs e vocês todos da imprensa, não é?”, ele disse, rindo. “Vestindo-a, fotos são garantidas nos jornais de amanhã. Nunca se esqueça que Michael é um showman“. Os fãs compareceram em massa ao hotel de Michael, dúzias deles acampando em sacolas de plástico no chão, para conseguirem ver o ídolo. Assim que Michael se estabeleceu na suíte, eu fiquei vendo o seu cameraman andando em volta da multidão, que gritava e mandava mensagens para Michael a serem gravadas pela filmadora. Era emocionante. Lá em cima, na suíte, Michael estava com o seu médico. Eu ficava me perguntando se quando ele aparecesse teria alguma idéia de quem eu era. Entretanto, ele me viu e me saudou com um gesto militar engraçado. Eu não tenho idéia se ele realmente me reconheceu, mas fez um trabalho convincente, fazendo-me acreditar que sim. A maquiagem de Michael e seu comportamento quieto e tímido, fazem com que parecesse que ele está longe e sem saber o que acontece em sua volta, mas ele tem uma visão de 360 graus e raramente perde algo. Todo mundo, é claro, quer saber como realmente é esse homem misterioso. Para mim, ele é como uma criança, engraçado, com espírito generoso, amável, bem exigente, e infalivelmente educado. Ele também é inesperadamente fofoqueiro, embora nunca seja malevolente. Ele tem, por exemplo, uma cobra carinhosamente chamada de Madonna – mas está sempre ansioso para dizer como acha que é o mundo da sua rival pelo posto de superstar número 1 do mundo. Sua voz é leve e ele tem um distinto sotaque do noroeste, embora ele fale em voz baixa e doce. Mas ele também ri alto e com freqüência. Pessoas trombando em coisas e brincando com comida fazem-no dar gargalhadas. Ele odeia até mesmo o mais leve dos xingamentos e está sempre fazendo perguntas. Ele ouve com atenção e fica te observando sempre com os olhos ligeiramente suspeitos, te assegurando que está ouvindo intensamente pelo fato de não falar muito. À respeito da aparência, eu não vou fingir entender completamente o porquê dele cultivar a imagem que tem, mas eu tenho certeza que tem a ver com timidez e por querer se esconder. Bem de perto, as cirurgias plásticas são óbvias e agora ele parece estar competindo com o processo natural de envelhecimento. Eu não tenho razão alguma para não acreditar (e algumas para acreditar) na sua alegação de que sofre de uma doença que clareia a pele, e eu sei com certeza que ele tem orgulho de sua herança negra. Ele contou a Jackie Onassis, que o ajudou com sua autobiografia, “Moonwalk”, que ele usa máscaras para se esconder, e é também sabido que o pai, o famoso severo e exigente Joseph Jackson, falou repetidamente quando ele era criança que ele era feio – um trauma assustador. Michael me lembra um adolescente anoréxico que nunca está satisfeito com a imagem que vê no espelho e tem que seguir mudando-a. Michael queria dormir por algumas horas e concordamos em vê-lo mais tarde, já que Shmuley tinha uma lista de problemas relacionados à caridade para discutir. Eu fui permitido me juntar a ele como observador, novamente. Bateram na porta da suíte enquanto Michael e seu mentor estavam em sérias discussões naquela noite. Michael me perguntou se eu não me incomodaria em ir atender. Lá fora estava Macaulay Culkin, em Londres para sua peça de West End, que estava aqui para sair com Michael. “Oi, e aí, sua cabeça gorda de macaco?”, disse Culkin ao amigo. Ou você entende o negócio de Peter Pan de Michael Jackson ou não, mas ele é honesto sobre isso e diz que não gosta muito de adultos e que não gosta de ser um deles – por isso sua simpatia por pessoas que foram estrelas quando crianças, como Culkin, que como ele, perderam a infância. Deixamos Michael e Macaulay em paz e, de acordo com um tablóide, eles sentaram na cama de Michael e assistiram a filmes infantis. É interessante que quando se refere a Michael, as pessoas dizem que o que as decepciona são as (absolutamente sem sentido e sem provas) acusações de que no começo dos anos 90 ele teria molestado um garoto e teria feito um acordo de US$18 milhões para calar seu acusador. Quando eu lembro que o Procurador local buscou outras acusações mais tarde, e que nenhuma apareceu apesar de tanto dinheiro ter sido investido, e que como é surpreendente isso, considerando que cerca de 10.000 crianças visitam a casa de Michael todo ano, as pessoas mudam as objeções para o fato de que ele parece um pouco estranho – uma culpa menor. Mas talvez eu já teria me tornado um bom entendedor de Michael depois que passei um tempo em Nova York. Eu o vi trabalhando sem cansar no planejamento da Heal the Kids, uma campanha mundial para que pais passem mais tempo útil com os filhos. Ele fez isso, apesar de estar sob pressão da gravadora para continuar gravando o álbum, o primeiro com músicas totalmente inéditas em uma década. Eu o vi conversando com psiquiatras infantis, banqueiros, escritores e membros da alta-sociedade, e também em uma ligação com o ator Denzel Washington e Nelson Mandela, o qual ele pediu para ser membro do conselho da Heal the Kids – “Eu faço o que você quiser, Michael”, disse Mandela. “Você sabe o tanto que eu te respeito”. Eu também ouvi Michael em encontros de negócios, onde um homem diferente apareceu – focado, amante dos números, econômico e imaginativo. Ele tinha vários planos para seu futuro, de aquisições de propriedades à direitos autorais e empreendimentos de lazer. Também testemunhei por inteiro o que eu penso ser a verdadeira dedicação de Michael às crianças. A filha mais velha do rabino Shmuley, Mushki, tinha reclamado chorando para Michael, em uma das suas freqüentes visitas à casa dos Boteach, que ela estava sendo incomodada por um garoto na escola. Michael propôs a ela organizar um encontro de paz, conduzido por ele, com os pais do garoto, para resolver o assunto. Isso não era uma promessa qualquer. Durante uma semana, Michael ligou diariamente para Shmuley e Mushki, perguntando como estava indo a organização do encontro. Quando o dia chegou, Michael descobriu que era o mesmo da sessão de fotos para a capa do seu novo CD. Então, em vez de mudar a data, ele começou a sessão de fotos às 5 horas da manhã para conseguir terminá-la. Ironicamente, o garoto e a família acabaram não aparecendo para o encontro. Shmuley também me contou, das centenas de horas de entrevista que ele gravou com Michael para um livro que estão escrevendo juntos, sobre o jeito que Michael ficou atormentado com o caso do assassinato de Jamie Bulger em Merseyde, com o qual ele surpreendeu a platéia de Oxford, mencionando-o. Tal referência foi interpretada por alguns como uma tentativa de injetar uma cor local no discurso, mas na verdade, a preocupação de Michael com o caso volta ao tempo de seu primeiro casamento, com Lisa Marie Presley, filha de Elvis. Eles acabaram discutindo sobre Jamie Bulger em uma viagem a Londres, quando Michael causou indignação na esposa, dizendo que, assim como estava arrasado por Jamie e seus pais, ele também estava preocupado com os assassinos dele, porque ele tinha certeza que eles deveriam ter tido uma infância ruim – o que na verdade tinha acontecido. Michael se recusa a acreditar no princípio de que uma criança possa ser absolutamente malvada. No final do ano passado, Michael perguntava o que havia acontecido aos assassinos e dizendo o quanto ia gostar de escrever para eles, mas não ousaria fazê-lo porque sua fama o faria pensar que eles haviam sido recompensados, o que ele sabia que seria inaceitável. Ele estava, diz Shmuley, meio depressivo quando percebeu o quanto seu status de celebridade poderia ocasionalmente ser ruim na sua missão de ajudar crianças. Eu me juntei a Michael novamente na terça-feira à tarde na sua suíte, enquanto ele fazia uma performance de seu discurso de Oxford, no qual ele estava trabalhando com Boteach por uma semana. Eles já estavam atrasados, devido ao pé de Michael. Ele insistia em fazer a palestra de pé como faria em Oxford, com a diferença de que usava na hora um pijama cinza listrado com um Mickey Mouse no bolso. Seu foco e atenção aos detalhes eram impressionantes. O discurso era para ter o perdão de Michael ao pai como clímax. Havia uma frase na qual ele falava que se o Jackson 5 tivesse feito um grande show, Joseph falava que tinha sido normal, e que se eles tivessem feito um show normal, ele falava que tinha sido fraco. “Você sabe”, disse Michael, “eu estou errado aqui. Ele nunca disse que tinha sido fraco, ele apenas não falava nada. Isso tem que ser honesto”. Ele ficou quieto por um tempo e se sentou, segurando uma tulipa do vaso e parecendo perdido no pensamento. Michael mudou a frase, e aquele solitário “nada” foi bem a palavra que, naquela noite, fez Michael cair em choro e soluçar por cerca de um minuto. Alguns acharam que isso foi teatro; tenho certeza que foi de verdade, assim como muitos dos estudantes de Oxford que estavam perto de mim. Quando Michael estava se vestindo e vendo seu médico outra vez, as horas passavam assustadoramente rápido, e eu fui dar uma volta na suíte. Por todos os cantos, estavam os resultados da falada farra de compras de Michael na HMV, de £2.000, com Macaulay e uma bonita loira estudante de 20 anos, filha de uma família amiga em Londres, a qual Michael conhecia desde quando ela era jovem. Espalhados pela suíte, estavam DVDs de vários filmes infantis, a coleção de vídeo sobre vida selvagem de David Attenborough (com preço de £59.99 caindo para £49.99) e dúzias de CDs, incluindo o álbum “1″ dos Beatles, do qual Michael tem os direitos autorais, e comprando, estava pagando a si mesmo os royalties. De repente me veio na cabeça que não é correto dizer que Michael Jackson apenas gosta da companhia de crianças, como dito frequentemente. O que ele gosta é de se cercar de pessoas de cerca de 20 anos que ele conhece desde que eram crianças – nas quais pode, portanto, confiar, assim como a amável estudante. Antes de sairmos, ficando ainda mais atrasados, Michael pegou frutas para a jornada até Oxford (2 maçãs, uma banana, 2 ameixas e uma laranja) e freneticamente cambaleava com suas muletas procurando por coisas para ler – uma pilha de revistas requintadas mais uma cópia do catálogo de £25 da Royal Academy para a atual exibição deles, “The Genius of Rome, 1592-1623″, um presente da sua amiga estudante. Entramos no carro com o empresário, um médico, um guarda-costas e Shmuley, uma hora antes de termos que estar em Oxford para o jantar. Michael colocou o livro de arte sobre o seu colo, na parte de trás do carro, onde ele sentou comigo e o médico e conversou sobre arte renascentista. Ele explicou que Diana Ross tinha o ensinado muito sobre arte, mas que também seu pai era um pintor talentoso. Foi o rabino Shmuley que sugeriu que Michael telefonasse para o pai em Las Vegas. “Você está fazendo um discurso o perdoando. Acho que agora é a hora, Michael”. Michael pensou na idéia em silêncio durante todo o caminho a Hammersmith, quando de repente ele pediu o telefone celular mais próximo e ligou. “Joseph”, ele disse, enquanto andávamos pela hora do rush de Londres. “Sou eu, Michael. Estou em Londres. Estou bem, quebrei o pé e dói muito, mas eu queria que você soubesse que estou a caminho da Universidade de Oxford para fazer um discurso, e você é mencionado nele… Não, não, não se preocupe, é bem positivo… Claro… Como você está?… Hum Hum… Claro, claro que vou. Eu te amo, papai. Tchau”. Depois de dizer isso, ele ficou olhando pela janela durante um longo tempo. “Você sabe”, ele disse para todos nós, radiante, “é a primeira vez que eu digo isso. Não consigo acreditar”. Shmuley deu um abraço apertado e o cumprimentou. Michael continuou a ler. Foi uma viagem feliz, apesar do tráfego. Michael reclamou que todos os CDs que seu empresário havia escolhido eram muito barulhentos. Em certo ponto, houve silêncio, e eu soltei uma daquelas piadas que você gostaria de não ter feito. “Está ficando chato agora”, eu disse. “Eu acho que deveríamos cantar. Alguém aqui pode cantar?”. Normalmente, fazer piadas sobre celebridades não é muito sensato, mas a atmosfera estava tão alegre e leve que eu não pude evitar. Para meu delírio, Michael teve a generosidade de gargalhar. Michael começou a entrar em pânico à medida que nos atrasávamos cada vez mais. Ele queria ligar para todo mundo que ele tinha atrapalhado por estar atrasado. Para uma estrela que não precisa se preocupar, é difícil não ficar surpreso com sua solicitude. O discurso de Michael foi impressionante. Sabíamos que os estudantes, jornais e TV ficaram cativados, mas eu queria saber qual era a reação de Trevor Beattie, o criativo guru da propaganda, que estava na lotada câmara de debates victoriana, com suas estátuas de Asquith e Gladstone. Beattie é provavelmente o mais conhecido homem da propaganda no Reino Unido, e já trabalhou em comerciais para a UNICEF com Mandela, e com todo mundo, desde Muhammad Ali a Tony Blair, cujos comerciais para a TV para a próxima campanha eleitoral ele acabou de fazer. Beattie, em outras palavras, sabe um pouco sobre apresentações. “O que eu vi hoje à noite confirma o que sempre acreditei sobre Michael”, ele disse. “Todas essas teorias sobre ele tentar virar branco vão para o espaço. Eu acredito que o seu ponto alto é não se parecer com o pai em nada e, naquela noite, ele matou o fantasma de Joseph e pôde recomeçar. Isso é o que acho triste em tudo até agora, todo mundo fica concentrado em coisas como sua aparência e excentricidades, e se esquecem da sua instabilidade pessoal. Ele fez uma coisa brilhante, com óbvia sinceridade. Eu não posso o admirar ainda mais”. Fomos para um incrível, enorme, chique jantar para 40 pessoas no Blenheim Palace, onde fiquei impressionado ao ver Richard E. Grant, uma estrela de Hollywood, se perguntando como cumprimentar Michael. “Assim… O que tem que fazer? Você finge o conhecer e diz oi, e se apresenta? Eu não tenho certeza”. E no próximo dia veio o extravagante casamento de Uri Gller. Michael estava atrasado de novo (mais problemas com o pé, exacerbados quando ele tropeçou sobre o próprio – acredite ou não – em um restaurante em Marylebone). As pessoas ficavam com pena, especialmente pela esposa de Uri, Hanna, mas então Michael teve que cancelar também uma viagem de helicóptero para a casa de George Harrison. Harrison, ele me contou, é o Beatle do qual ele é mais próximo. Minha filha de 11 anos trocou um aperto de mão com Michael e disse sobre ele: “Não é tão assustador quanto nas fotos, bem bonito, na verdade”. E me pediram para dançar debaixo da tenda do casamento com Uri, Shmuley e David Blane, o mágico americano, e com o homem da canção e dança número 1 do mundo, Michael Jackson, sentado em uma cadeira a alguns passos de mim, batendo palmas. Percebendo meus movimentos de hipopótamo acompanhando o ritmo, o Rei do Pop ficou me olhando. Eu não espero ser contratado para o seu próximo vídeo tão cedo. Ele, por outro lado, parecia feliz, como se um peso tivesse sido tirado de seus ombros.
- Por Jonathan
FONTE: MJBeats
Michael & Bubbles - Por Kenny Rogers
Em 1987, o cantor country Kenny Rogers lançou o livro, “Your Friends and Mine”, o qual mostrava a coleção de fotografias que ele próprio tinha tirado de alguns de seus amigos famosos. Rogers relata a história da idéia por trás da criação e edição do livro. Em uma das fotos, Jackson posa com o chimpanzé Bubbles em seus braços. O cantor aparece vestido de forma casual, com jeans usados e uma camisa simples. Rogers ainda têm várias outras fotos em estilo preto e branco de Jackson sentado no chão e segurando um chapéu perto de seu rosto. Abaixo, um trecho do livro em que Rogers fala sobre como conheceu Michael e sobre sua impressão agradável da estrela, a quem ele chamaria de amigo:
“A primeira pessoa que convidei para tirar uma foto para o livro foi Michael Jackson. Em 1986, eu participei da 28ª edição do Grammy Awards, em Los Angeles. Naquela noite, meu filho Christopher conheceu Michael nos bastidores. Christopher é seu fã há anos, o ama e o admira muito, e ainda se veste como Michael! [...] Nessa mesma noite, Marianne [esposa de Rogers] me mandou algumas flores juntas com uma imitação da estatueta do Grammy feita de plástico. Sem o conhecimento de ninguém, Christopher pegou a estatueta de plástico, foi até Michael e a entregou a ele. No dia seguinte, Michael ligou para Christopher, dizendo o quanto ele tinha apreciado aquele ato. Ele também o convidou para ir conhecer os exóticos animais que tinha em sua casa. Então, Marianne e Christopher foram para Encino. Michael sabia que eu era fotógrafo, ele mencionou que gostaria muito que eu tirasse uma foto dele e Christopher juntos. Liguei para ele no dia seguinte, marcando um encontro, e Michael aceitou vir ao meu estúdio. Durante a primeira sessão de fotos, eu contei ao Michael que estava pensando em fazer um livro de retratos e chamá-lo de “Your Friends and Mine”. Eu tinha ouvido falar sobre o seu chimpanzé Bubbles, e nós fizemos algumas fotos com o chimpanzé. Mais tarde, Michael e eu fizemos outra sessão dele sozinho, a seu pedido. Esse foi o começo de tudo. Michael Jackson havia concordado em fazer parte do meu livro, e isso, de fato, foi uma bela injeção de ânimo em mim. O Michael é único, como pessoa e como artista. No entanto, muitas vezes, enquanto eu estava perto dele, eu sinceramente não sentia que o conhecia até passamos um dia juntos no estúdio fotográfico. Como expliquei anteriormente, Michael tinha convidado Christopher, meu filho mais novo, a sua casa para ver o seu zoológico. Eles tiveram um bom e divertido tempo juntos e Michael, que tinha ouvido que eu era fotógrafo, pediu a mim que tirasse fotos dele com Christopher no meu estúdio. Eu contei a ele as minhas ideias para este livro e o pedi para que trouxesse seu chimpanzé, Bubbles. Naquele dia, havia quase umas 25 pessoas no estúdio e o chimpanzé foi o centro das atenções. Isso significava que Michael não era o foco e eu acho que aquele relativo anonimato lhe deu uma chance de relaxar um pouco mais. E Bubbles parecia tão humano que chegava a ser assustador! Ele pegava Christopher pela mão, ia até a geladeira e o fazia pegar uma banana para ele! Christopher ficou surpreso – na verdade, todos nós ficamos. No dia dessa sessão de fotos, foi a primeira vez que tive a oportunidade de ficar cara a cara com Michael. Significa muito para mim dizer que não só amo sua música, mas eu também gosto muito dele como pessoa e o considero um amigo”.
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Michael já havia colaborado com o cantor country para um dueto chamado “Going Back To Alabama”, do álbum de Rogers lançado em 1981, “Share Your Love”, já que Michael era um grande fã de música country. A canção conta uma breve história de um homem forte que têm que lidar com as atribulações da vida – o que também poderia ser a história de Jackson. Os caminhos dos dois artistas também se cruzaram em 1985, na ocasião das edições do projeto “USA for Africa”, com a canção “We Are The World”.
Fonte: MJJCOMMUNITY
Going Back To Alabama
https://www.youtube.com/watch?v=-n0nS2AnoII
Meu mentor, Michael Jackson
Eu costumava falar com Michael durante três horas por dia. Nunca descobri como ele conseguia arranjar tanto tempo, já que parecia tão ocupado, mas ele sempre me telefonava e nós conversávamos, conversávamos e conversávamos. Ele tinha um celular que usava para falar comigo e me mandar mensagens. Tudo isso fazia parte de uma amizade que durou mais de 20 anos. Conheci o Michael quando ele estava começando a turnê Bad, em 1987. Eu tinha 5 anos nessa época, e a equipe de Michael organizou uma competição de dança em todos os países, então, eu decidi participar em Brisbane (*cidade australiana). Me lembro de dançar “Thriller” enquanto assistia ao clipe quando tinha apenas 2 anos de idade! A minha mãe tinha uma fita e, quando assisti, simplesmente enlouqueci! Eu costumava correr assustado para a cozinha toda vez que o lobisomem aparecia na tela. Quando eu fiz 3 anos, já tinha aprendido a coreografia inteira da música. Eu acabei ganhando a competição de dança. Fomos ver um show do Michael em Brisbane e fui apresentado a ele no “meet and greet”. Me lembro de estar usando uma roupa personalizada de “Bad” – peguei o cinto da minha mãe e dei umas cinco voltas ao meu redor. Michael ficou impressionado e me perguntou se eu dançava. Eu respondi a ele que sim e então, ele me disse: “Você gostaria de dançar comigo no show de amanhã?”. Eu não conseguia acreditar. Ele se referia ao grande show da noite seguinte, em Brisbane. Sua ideia era de que eu apareceria no palco para dançar Bad, a última música do show. Ele tinha trazido algumas crianças órfãs, por isso, achou que seria legal que eu também aparecesse no final da apresentação de Bad. No final da música, estávamos todos no palco, Stevie Wonder também estava lá, Michael veio até a mim e disse: “Vamos lá!”. Levei um tempo para entender que aquilo significava algo como “Dê o seu show!”. Então, corri para a frente do palco e joguei o meu chapéu pro público, que, imediatamente, começou a delirar! Quando me virei, Michael já estava dizendo adeus para a multidão, as outras crianças já haviam ido embora e Stevie Wonder estava sendo dirigido aos bastidores. Quando percebi que Michael estava me chamando, saí correndo. Depois, minha mãe e eu passamos duas horas no hotel com Michael e nos tornamos seus amigos. Ele nos mostrou seus novos clipes para o filme Moonwalker e nós conversamos muito. Nós realmente não pudemos manter contato após isso, mas eu entrei numa companhia de dança – literalmente, no dia seguinte ao show de Michael -, e, dois anos depois, eu fui aos Estados Unidos para conhecer a Disneylândia. Entrei em contato com Michael através de pessoas de sua equipe, e ele se lembrou de mim! Eu e minha família fomos ao estúdio Record One, onde seu próximo álbum, Dangerous, estava sendo mixado. Mostrei a ele alguns dos meus vídeos de dança e ele me perguntou: “Você e a sua família gostariam de ir à Neverland essa noite?”. Claro que todos nós fomos de acordo e acabamos ficando no rancho por duas semanas. Nossa amizade floresceu. Durante aqueles 14 dias, ele me levava ao seu estúdio de dança, colocava alguma música e nós dançávamos por horas! Nós costumávamos sentar lá e assistir a filmes como As Tartarugas Ninjas. Uma vez, saímos de Neverland no carro de Michael, escutando música no último volume! Ele ainda me ensinou a fazer o moonwalk. Nós estávamos em seu estúdio de dança, e Michael me mostrou passo por passo. Eu não conseguia dormir a noite toda… A emoção de deslizar para trás ao lado do cara que fez tornou esse passo famoso era indiscritível! Anos mais tarde, eu e minha mãe nos mudamos para os Estados Unidos para que eu conseguisse realizar o meu sonho de trabalhar com a dança, e Michael nos ajudou muito! Ele me deu a oportunidade de começar bem me colocando num de seus clipes mais famosos, Black Or White. O papel que ele assumiu comigo era de um verdadeiro mentor. Quando eu tinha 7 anos, ele me disse que eu seria um diretor de cinema, e realmente foi isso que me tornei. Michael criou uma sede de conhecimento em mim. Certa vez, um mini estúdio de gravação apareceu na minha porta, mas o mais legal foi que Michael me impediu de me tornar uma criança mimada. Ele dizia: “Isto é para você, mas eu quero ver você fazer algo com isso. Não é pense que é um dado adquirido ou eu vou levar de volta”. A última vez que o vi foi em julho de 2008. Eu estava em Las Vegas, trabalhando num programa e ele estava morando lá. Eu, minha esposa, Michael e seus três filhos fizemos um churrasco. Foi a coisa mais normal do mundo. Eu e minha esposa fomos à Whole Foods (* supermercado da cidade) e compramos coisas para cozinhar. Mas quando chegamos lá, ele já tinha improvisado tudo. Eu disse: “Cara, por que você trouxe tanta comida? Nós já temos o suficiente aqui”. Me lembro de ter cozinhado no lado de fora da casa, enquanto Michael estava sentado, embaixo de um guarda-chuva. Tivemos grandes momentos, ele era uma pessoa tão carinhosa! Acima de tudo, sentirei falta dessas conversas pelo telefone. Eu ainda tenho o telefone que usávamos para conversar. Simplesmente não suporto a ideia de apagar aquelas mensagens… Michael Jackson mudou o mundo – e, pessoalmente, a minha vida – para sempre. Ele é a razão pela qual eu danço, a razão pela qual eu faço música, e uma das principais razões para eu acreditar na bondade pura da espécie humana. Ele foi meu amigo por mais de 20 anos. Sua música, sua dança, suas palavras de inspiração e encorajamento e seu amor incondicional vão viver dentro de mim eternamente. Vou sentir muita saudade dele, mas sei que agora ele está em paz e encantando os céus com belas músicas e um moonwalk .
- Por Wade Robson
Fonte: waderobson.com
Gabyy
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Assunto: Re: Quando conheci Michael Jackson - Depoimentos Seg maio 16, 2011 10:28 am
Que interessante os depoimentos. Eu não sabia que Katherine havia publicado outros livros...
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Assunto: Re: Quando conheci Michael Jackson - Depoimentos
Michael Joseph Jackson(Gary, 29 de agosto de 1958 — Los Angeles, 25 de junho de 2009) cantor, compositor, filantropo, dançarino, multiinstrumentista e produtor norte-americano.
Começou a cantar e a dançar aos cinco anos de idade, iniciando-se na carreira profissional aos onze anos como vocalista dos Jackson 5...Conheça o Legado de Michael clicando aqui!.